A Máfia de Nova Orleans

Capítulo 57

Rose narrando:

     Algumas semanas depois do acontecido com Mercier, a festa seria no dia seguinte. Eu estava no apartamento, Susan estava dormindo, o funcionário do alfaiate havia acabado de entregar nossos vestidos, eu agradeci e fechei a porta.

     Dei uma olhadinha neles e percebi um bilhete em cima da embalagem que envolvia meu vestido, peguei o bilhete e comecei a ler.

"Plano monstrinha, não se esqueça! Amanhã à noite, queremos perfeição, não aquela coisa que você chama de 'eu'. O vestido está lindo, mas você? Bom, é o que temos. Sonhe comigo e talvez seus sonhos valham a pena. E lembre-se, eu sou o incrível!"

                                          Ass: James Stuart.

      Bufei e revirei os olhos. O tanto que eu odiava James Stuart não estava escrito, além de ser o ser humano mais traiçoeiro do mundo, ainda era o mais egocêntrico. Amassei o bilhete e o joguei no lixo, depois disso, fui dormir.

       No dia seguinte, acordei cedo e Susan também, trabalhamos apenas pela manhã, Íris nos deu folga pela tarde e pela noite. A pedido de Simon, nós nos arrumaríamos na mansão Stuart, era mais seguro, segundo ele.

      Assim que anoiteceu, eu comecei a me preparar, meu vestido era azul escuro com alguns detalhes brilhantes, mangas bufantes, longo e rodado. Eu estava em um dos quartos de hóspedes, terminando de me ajeitar, quando alguém escancarou a porta, e esse alguém, era James.

- Sua mãe não te ensinou a bater na porta?! - Perguntei irritada.

- Essa casa é minha. - Disse ele.

    Revirei os olhos e o olhei, ele já estava todo preparado, usava um elegante terno branco e sem nenhum fio de cabelo fora do lugar.

- Eu estou lindo, eu sei. - Disse ele.

- O que você quer? Fala logo!!

- Calma, trouxe sua máscara, você deixou cair. - Disse ele.

- Obrigada. - Respondi.

   Ele ficou me olhando de um jeito estranho, depois, simplesmente virou e saiu. Fiquei confusa, mas, enfim, cansei de tentar entender esse homem.

   Saí do quarto já completamente pronta, encontrei com Susan no corredor, ela estava linda.

- Você está perfeita amiga. - Disse Susan.

- Você também, minha amiga. - Respondi, sorrindo. - Vamos que a noite só está começando.

   Eu não havia contado sobre o plano para Susan, eu odiava mentir para ela, mas era mais seguro que ela não soubesse de nada.

   Descemos as escadas juntas, já estavam todos esperando. Fomos para o cassino, momentos depois os convidados começaram a chegar, todos mascarados como o esperado, Íris e Jordan cumprimentavam todos eles.

    James se aproximou de mim e sussurrou em meu ouvido.

- É agora, se misture.

    Me misturei no meio da multidão e olhei ao redor. Apesar de Mercier ter o rosto coberto em todos os momentos em que o encontrei, eu poderia reconhecer os seus olhos de longe, por que eu já o havia olhado no fundo dos olhos.

Com os Stuarts...

   Todos os irmãos estavam dispersos em lugares diferentes. James estava atento a tudo, até que Julian, don da Máfia russa, se aproximou para falar com ele.

- Senhor Stuart! Que prazer vê-lo.

- Igualmente, Julian. - Respondeu James.

- Obrigado pelo convite. - Disse Julian. - Não acredito que os gêmeos já estão com 19 anos.

- Muito menos eu, acredite.

- Você é um don muito respeitado, James, assumiu essa responsabilidade tão jovem e ainda teve que cuidar de seus irmãos. Tenho que admitir, isso é admirável.

   James deu um sorriso debochado.

- O que pretende me bajulando assim, Julian? - Perguntou James, desconfiado.

- Você me pegou. - Confessou Julian. - Sua irmã, Íris, gostaria de propor um acordo para que ela seja esposa do meu filho, Rúben.

    James riu em descrença.

- Há tantas coisas que poderia me pedir, Julian, tinha que me pedir logo isso?

- Por favor, pense sobre isso, meu amigo. Pela amizade que tive com seu pai e pela amizade que mantenho com você.

- Pensarei a respeito. - Disse James.

   De repente, uma mulher misteriosa, que usava uma máscara branca, se aproximou deles.

- Boa noite, senhores. - Disse ela.

- Boa noite. - Responderam eles.

- Bom, vou voltar para minha esposa. - Disse Julian. - Aproveitem o resto da noite.

   Julian se afastou, deixando os dois a sós.

- Senhor Stuart, é um grande prazer conhecê-lo. - Disse a mulher. - Ouvi falar muito do senhor.

- Interessante, por que eu não ouvi nada sobre você. - Disse James.

- Pergunte o que quer saber. Mas, antes permita-me que pegue uma taça de champanhe para nós. - Disse a mulher, indo até o garçom.

   James olhou ao redor outra vez, pacientemente. Ao longe, Simon conversava civilizadamente com o vice-prefeito, Íris conversava com um rapaz, animada, Jordan cumprimentava o delegado e sua esposa e Íris conversava com um rapaz, animada. Assim que pudesse, James mandaria investigá-lo, não havia nenhum sinal de Rosalie.

    A mulher misteriosa voltou com duas taças na mão.

- Aqui está.

   James recebeu a taça. Ele e a mulher começaram a conversar, ela disse que seu nome era Anne, logo começou a rolar um clima entre eles.

- O que acha de terminarmos essa noite em seu quarto? - Perguntou a mulher.

- Acho uma excelente idéia. - Disse James, levando ela dali.

   James levou ela até um dos quartos do cassino, ela entrou primeiro, enquanto ele se virou para fechar a porta, ela tirou uma faca de dentro do vestido para atacá- lo, mas, James foi mais esperto e se virou com rapidez, pegou no braço dela, que já estava erguido, a desarmou e a prensou contra a parede, apertando seu pescoço.

- Achou mesmo que iria me enganar tão fácil assim, vagabunda?! - Gritou James. - A propósito, a droga que colocou no champanhe não faz efeito algum em mim.