A Máfia de Nova Orleans

Capítulo 62

Com os Stuarts...

   Após um tempo, Simon subiu até o quarto de Íris para ver como ela estava. Ele bateu na porta, mas ninguém atendeu, bateu outra vez e foi entrando, lentamente.

- Íris? - Chamou ele.

   A luz do banheiro estava acesa. Quando ele levou o seu olhar para a cama dela, viu um caderno em cima da cama, mas, antes que ele pudesse ver o que era, Íris saiu do banheiro, completamente vestida e com os cabelos molhados.

- O que você quer, Simon?! - Perguntou ela, irritada.

   Quando viu o caderno nas mãos dele, a garota se irritou ainda mais e tomou o caderno dele.

- Isso aqui é particular. - Disse ela. - É meu e ninguém pode pegar.

- Calma. - Disse Simon, surpreso pela atitude da irmã. - Desculpe.

- Fale logo o que quer, Simon. - Falou Íris.

- Vim ver se você está bem.

- Claro que não estou bem. Meu irmão morreu!

- Eu também estou mal com isso, Íris, James também era meu irmão.

- Ahh, agora ele era seu irmão. Você sempre o desprezou!

- E você não fica para trás, até parece que nunca sentiu vergonha dele.

  Íris o encarou.

- Ele pode ter feito tudo o que fez, e eu nunca vou defendê-lo por isso, mas não podemos negar que os negócios dessa família só não afundaram por causa dele. - Disse ela, o encarando. - Agora, sai, me deixe sozinha, por favor.

   Simon virou de costas e se dirigiu até a porta, mas parou e disse a Íris:

- Se eu pudesse, Íris, eu teria impedido isso, você sabe.

   Íris não disse nada, apenas permaneceu calada. Simon saiu, a deixando sozinha. Ela sentou na cama, pensativa, ela ainda estava em choque, e o pior, é que nem tinha tido a chance de dizer ao irmão que o amava. Apenas uma coisa se passava na cabeça dela: Como?

- Como? Como? - Se perguntou ela. - Éramos uma elite imbatível porque você era o cabeça James, o que faremos agora? Simon é o segundo mais velho, o conselho vai obrigá-lo a assumir.

    Depois de tanto chorar e pensar, Íris adormeceu.

Na sala de estar...

   Jordan havia subido para tomar um banho e tentar se acalmar, ele também estava muito abalado. Simon se jogou no sofá, ao lado de Rose, se sentindo derrotado, ela tentou ao máximo consolá-lo.

- Agora sou eu quem vai ter que cuidar de tudo. - Disse Simon. - Não só de meus irmãos, o conselho vai me obrigar a assumir a Máfia.

- Sei que é uma grande responsabilidade e além disso, você não queria isso, nunca quis, mas, acredito em seu potencial, meu amor. - Disse Rosalie.

- Obrigado por estar ao meu lado. - Disse Simon, beijando a mão dela. - Eu te amo tanto, minha rosa.

- Eu também amo você e sempre estarei aqui para te apoiar. - Disse Rose, o abraçando.

  No dia seguinte, era o velório e o enterro. Todo o Conselho da Máfia havia sido avisado da morte de James, houve uma grande comoção em Nova Orleans. O cassino e todos as outras empresas Stuart haviam fechado naquele dia, como um sinal de respeito.

   Antes das pessoas chegarem, os irmãos Stuart se reuniram no escritório da mansão. Simon, vestido em seu elegante terno preto, olhou para os irmãos caçulas e os falou:

- Bom, agora que somos apenas nós três, vamos dividir as tarefas. - Disse Simon.

- E como você pretende fazer isso? - Perguntou Íris.

- Eu já selecionei as funções de cada um de nós.

- Será que pode esperar, ao menos, o enterro passar para resolvermos isso. - Disse Jordan.

- Claro, tem razão. Mas, escutem, ninguém pode saber que James foi morto por Mercier, se perguntarem a causa da morte, digam apenas que foi um terrível acidente. Ele não iria suportar ser visto como um fraco.

- Ele não era fraco! - Disse Íris. - Nunca foi.

    Depois disso, eles todos saíram.

    Do lado de fora, vários líderes de diferentes Máfias davam seus pêsames aos irmãos Stuart. Íris estava sentada em uma cadeira, ainda com os olhos levemente inchados de tanto que chorou, bebendo um copo de whisky, quando Julian, don da Máfia Russa e seu filho, Rúben, se aproximaram dela.

- Senhorita Stuart, sinto muito pela sua perda. - Disse Julian, apertando a mão dela. - James era um dos meus grandes amigos, eu não acredito que isso aconteceu.

- Obrigada, senhor. - Respondeu Íris, educadamente. - Nem mesmo nós acreditamos.

   Rúben se aproximou de Íris e deu um abraço nela, surpreendendo a jovem Stuart.

- Eu sinto muito, Íris, sei que seus irmãos são muito importante para você.

- Obrigada.

    Após uma hora, o caixão fechado foi levado até o cemitério, onde havia uma área particular reservada exclusivamente para a família Stuart, o corpo foi enterrado e a lápide foi colocada em cima.

    Íris leu aquela lápide várias e várias vezes, ainda em tranze, " James Issac Stuart ". Ela foi a primeira a se retirar dali.