𝑰𝒎𝒂𝒈𝒊𝒏𝒆𝒔 𝑨𝒄𝒐𝒕𝒂𝒓 𝟐

𝑵𝒊𝒈𝒉𝒕 𝒕𝒆𝒓𝒓𝒐𝒓 - 𝑬𝒓𝒊𝒔

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Eris x Reader

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Um mensageiro chegou tarde da noite. Ele não queria te acordar nem te deixar. Eris acendeu uma vela com um simples estalar de dedos lendo as correspondências entre alguns de seus capitães da guarda enquanto você dorme na mesa perto da janela. Ele sabe que é longe o suficiente de você para que a luz não te incomode se você se virar. Ele puxou o cobertor mais para cima de você para que você não ficasse exposto ao ar mais frio e fez questão de aquecê-lo. Se não fosse pelo conteúdo desta mensagem, ele poderia realmente ter sorrido. Ele lê e delibera pela próxima hora, silenciosamente pegando seu papel de carta; uma caneta chique, ponta afiada de metal precioso, papel e cera prontos para derreter acima da vela. Ele trabalha em sua resposta. Você murmura durante o sono. Você até murmura o nome dele. Ele já pensa em maneiras de segurar isso sobre sua cabeça quando estiver acordado, para perguntar sobre o sonho maravilhoso que você deve estar tendo e como você simplesmente deve satisfazê-lo, mesmo que seja apenas para inflar seu ego. Ele mal pode esperar para que você responda e talvez até o faça engolir suas palavras. Ele ama o desafio, ele ama você.

O que ele não vê é que sua testa franze e você se encolhe mais para dentro de si mesmo. Ele não percebe seu aperto mortal nos lençóis. Ele não percebe seus dentes cerrados quando você está de costas para ele. Ele não tem razão para acreditar que você não esteja tendo sonhos afetuosos sobre vocês dois, ou talvez até mais do que afetuosos. Ele não tem razão para acreditar que você está chamando por ele por causa dos horrores que você enfrenta com os olhos fechados. Você o chama para apagar as chamas, quando elas ameaçam sufocá-lo, mas ele não ouve seus apelos. Você o chama quando ele está ao lado de seu pai com uma faca em suas entranhas e seus irmãos sorrindo maliciosamente para ele. Mas então não se torna apenas seu nome que você chama. Você implora. Você implora. Seus gritos se transformam em gemidos e palavras abafadas no mundo desperto. Não são mais os sinais de um sonho inocente, não quando aqueles gemidos se transformam em soluços.

É então que Eris percebe a diferença. "Por favor", "não", "pare", "vá embora"; essas não são as palavras de alguém que está vivenciando as maravilhas do mundo dos sonhos. Essas são as criações de um pesadelo. Sua forma também mostra isso, incapaz de resistir ao movimento, ao estremecimento, especialmente quando os soluços vêm. Eris não poderia se importar menos com aquela carta agora. Ele não poderia se importar menos com o pedido do capitão da guarda por mais forças para lidar com os bandidos, ou os desertores causando tumulto no outro posto avançado. Ele também não poderia se importar menos com as repercussões de uma resposta tardia. O que ele se importa é com você. Ele larga a caneta e se afasta da cadeira. Ele pega outra vela e a leva para sua cabeceira. É quando ele vê seu desconforto, suas feições enrugadas, tensas e doloridas. Ele vê as manchas de lágrimas escorrendo até a mancha em seu travesseiro. Ele vê você tremer e o movimento frenético dos seus olhos atrás das pálpebras.

"Shhh. Está tudo bem." Ele afasta seu cabelo e acaricia sua bochecha, traçando o polegar sobre sua pele o mais gentilmente que pode, ajoelhando-se. Gentilmente, ele tenta incitá-la a voltar aos sonhos agradáveis. Durante o sono, seus dedos se desembaraçam do lençol e apertam sua mão com um aperto mortal. Eris nunca vacila. Ele deixa você.

"Você está segura aqui. Eu estou aqui. Você está segura. Eu vou mantê-la segura." Ele tranquiliza e enquanto você se acalma um pouco, seus gemidos diminuem e o movimento frenético dos seus olhos cessa, seus olhos se abrem lentamente. Eles estão vermelhos e inchados e você respira fundo e trêmula. Você vê o rosto dele, vê a pena e a preocupação, mas ele força um sorriso para lembrá-la de onde você está, o que é real. Aqueles sonhos pareciam tão reais e você se sentia tão impotente, mas eles eram apenas ilusões. Você está aqui. Você está no seu quarto. Eris está ao seu lado. Ele segura você. Ele ajuda você a se sentar e não reclama quando você o agarra com tanta força. Em vez disso, ele sussurra palavras doces.