𝑰𝒎𝒂𝒈𝒊𝒏𝒆𝒔 𝑨𝒄𝒐𝒕𝒂𝒓 𝟐

𝑷𝒐𝒂𝒄𝒉𝒆𝒅 𝒑𝒆𝒂𝒓𝒔 - 𝑳𝒖𝒄𝒊𝒆𝒏

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Lucien x reader

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"Não entendo por que você insiste em estar aqui fora a essa hora do dia, não, estação. Elas são apenas peras." Lucien respira nas palmas das mãos para evitar que seus dedos fiquem dormentes, mas é uma causa fútil. Você parece totalmente despreocupado, apesar do rubor em sua pele.

Juntos, vocês passeiam pelo pomar. De vez em quando, você sai do lado dele para verificar as árvores, coloca a palma da mão contra a casca e inspeciona as frutas congeladas envoltas em uma camada de gelo muito parecida com uma concha; uma coisa boa que você disse a ele. Embora ele admire sua dedicação, ele se arrependeu de sua decisão de ir junto com você. Ele não consegue mais sentir os dedos dos pés. Ele mal consegue sentir os dedos e, se não fosse pela luz e pelo fogo dentro dele, ele poderia ter congelado há um tempo.

Ele realmente não vê como você consegue e se pega desejando que você enrole os braços dele em volta de você quando você se afasta, e mantenha você ao lado dele em vez de acumular cada pedaço de calor que ele puder obter. Ele se abstém, mas principalmente porque você nunca o deixará ouvir o fim disso e ele tem certeza de que seu cérebro virou gelo porque ele não consegue nem começar a formular um comentário espirituoso ou uma piada. Mãe, ele teme que até mesmo seu sarcasmo possa estar além dele neste momento. O que você fez com ele? As coisas que ele faz por amor.

"Gosto de garantir a qualidade da minha comida antes de comê-la. E elas são mais do que 'apenas peras'. Deixe essa atitude blasfema de lado." Você soa como se ele pudesse muito bem ter mijado no seu vinho. Você o faz rir. Claro que você o faz rir. Quando você dá um tapa no ombro dele, ele mal sente e isso faz você ferver um pouco mais enquanto balança a cabeça. Felizmente, você passa o braço em volta do dele e o guia de volta para a casa da fazenda para pegar suas preciosas peras e, finalmente, você o deixa levá-la para casa.

Lucien nunca pensou que sentiria tanta falta dos raios de sol no dia claro como naquela época, trocando as nuvens escuras e carregadas de neve pelos raios de sol de inverno um pouco mais quentes, mas ainda frios, sangrando pela névoa. Sua misericórdia não tem limites hoje. Você o ajuda a tirar o casaco e o senta no sofá com um cobertor. Você coloca lenha fresca na lareira e dá a ele o sinal para acendê-la. O calor enche o ambiente quando você dá um beijo em sua bochecha e vai trabalhar no que quer que esteja tramando. Lucien teme que você não seja tão misericordioso no futuro e debate se ele deve manter sua inteligência sob controle, mas, novamente, quando ele já fez isso?

Ele ouve você cantarolando da cozinha, as panelas e frigideiras se movendo e enxaguando os pratos entre o que quer que esteja fazendo. Ele se ofereceu para ajudar. Você não quis saber disso alegando que ele só arruinaria sua magia. Ele perguntou no que você estava trabalhando, mas você disse que era uma surpresa. Ele se sente seguro em assumir que tem a ver com peras. Seu cérebro está derretendo de volta ao normal novamente, não mais em estado de gelo. Ele pode pensar corretamente novamente.

Conforme o tempo passa, o cheiro de canela, açúcar e uma mistura de vinho preenche seus sentidos. Você sai da cozinha tendo descartado suas camadas mais pesadas e, em vez disso, optando por roupas mais casuais e confortáveis. Você se junta a ele no sofá com duas taças de vinho, entregando-lhe uma e tilintando suas taças. Você parece satisfeita. Você enrola suas pernas sob você e Lucien estica as dele para que elas caiam em seu colo. Você revira os olhos e decide arrastar sua unha ao longo da parte inferior agora que a sensibilidade voltou a elas. Ele se contorce e lhe dá um olhar brincalhão. Desta vez, você alega inocência.