Vinicius me encarava incrédulo, mas sua feição logo mudou após dar dois passos para trás. Um grande sorriso formou em seu rosto me assustando ainda mais. Eduardo havia saído logo atrás de mim, ele o encarava como se estivesse disposto a enfrentá-lo ali mesmo, e isso também me assustou. Sua risada foi intensificando cada vez mais, logo se transformando em uma gargalhada. Ele estava debochando da gente? não havia entendido o motivo da graça
_Quem diria em Caleb, nunca imaginaria que você seria gay, muito menos você Eduardo - falou ainda com o largo sorriso no rosto - _Dele é até de se esperar algo inovador, mas você, uma pessoa tão "hétero" - disse enquanto fitava Eduardo, que não parecia estar gostando nem um pouco
_Vinicius.. - tentei argumenta mas ele não deu espaço
_E seu pai? já sabe? - tornou a me encara, o olhei assustado e ele compreendeu o meu espanto, falando em seguida - _Ele não sabe, não é? Sera que ele desconfia que o filho dele na verdade é "Filha"? - tornou a fazer as aspas - _Que o filho dele gosta mesmo é de... - disse enquanto fazia um gesto com as mãos como se estivesse chupando algo
_Vinicius por favor.. - e outra vez tornou a me interromper
_Bixa, gay, homossexual, qual o termo correto para definir vocês dois? - perguntou enquanto fingia contar nos dedos as opções. Eduardo ao meu lado já bufava e se os dois começassem a brigar justo naquele momento, minha vida acabaria de vez. Outra vez Vinícius começou suas ofensas enquanto o sorriso não se desfazia de seu rosto, tentei controlar a situação mas o mesmo não me dava chance de explicar
_Sua mãe então, ficara muito decepcionada, ela não te criou para você gosta da mesma fruta que ela - e outra vez gargalhou - _Agora me fala, quando resolveu virar viado? - perguntou mantendo o sorriso - _E quem come quem, entre vocês dois? Quem é o "macho" dominante? - tornou a fazer suas series de perguntas, até que Eduardo, ao meu lado, ameaça ir para cima dele mas o impeço segurando teu pulso. Ele me olhou com toda a raiva do mundo em apenas um olhar. Fiz um gesto com a cabeça para que ele voltasse para trás e ele apenas concordou, voltando para onde estava
_Vinicius por favor, não conte nada para eles - falei tentando ser o mais compreensivo possível
_Não irei contar - disse ele desfazendo de seu sorriso
_Obrigado. Isso é muito.. - ia falando mas ele me corta, completando sua fala
_Se... - falou prolongando a palavra
_Se, o quê? - perguntei desviando meu olhar para Edu, mas logo voltei a encara-lo
_Você terá que me fazer um favor - falou trocando o peso de uma perna para outra. Ele me olhava com certo mistério, seus olhos azuis estava mais intensos, o que me fez tremer por dentro. Com o cabelo impecável e uma blusa jeans azul clara, sua aparência enganava qualquer que se dispunha a cair ao seus encantos
_Que favor? - Perguntei firme enquanto Edu se matinha serio e calado
_Você ira saber depois, até lá manterei seu segredo - fez um sinal de silencio para mim e logo após piscou - _Agora me empreste teu carro que preciso comprar roupas novas, em breve terei um encontro - passou entre nós, trombando seu ombro no de Edu, o que o fez bufar outra vez de raiva
_As chaves estão na ignição - disse vendo-o abrir a porta do carro, mas parar e se virar para nós
_Agora as duas bixas podem voltar a se pegarem - falou voltando a sorrir. Entrou dentro do carro e logo deu a partida. Apenas o observei arrancar e quase atropelar um menino que havia parado no meio da rua para pegar sua bola
Olhei para Edu e ele ainda observava o carro virar a primeira direita. Por um lado havia sido bom ele ter nos visto, já que poderia ser meu pai a ter nos pego. Mas por outro lado não era nada bom. Estava devendo um favor a ele, e vindo de Vinicius não seria boa coisa. Talvez não precise fazer nada do que me pedir, mas para isso teria que assumir meu namoro para todos, e está é uma coisa que não estava preparado. Por mais que já tenha feito meus dezoito anos e já tenho minha certa liberdade, acho que não estou pronto para enfrentar meus pais, eu dependo deles e teria que seguir suas regras independente de quais for. Arriscar a questiona-las seria loucura, eles poderiam simplesmente por impulso tentar nos separar e em consequência disso teria que me mudar outra vez. Seria muito colocar nosso namoro em risco, então a melhor opção a seguir seria fazer o tal favor para Vinicius, se isso significava manter minha relação.
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Nicotina (Romance gay)
Roman d'amourPLÁGIO É CRIME COM A FORÇA DA LEI N° . 9.610/98 Já se imaginou dependente químico alguma vez? E que tal descobrir que as pessoas no qual você mais ama e confia não são realmente quem diziam ser. Já imaginou ver sua vida desabar na sua frente enquant...