Capítulo 18

1.3K 96 57
                                    


Seus dedos envolveram minha cintura e quando seus lábios se chocaram contra os meus, pareciam que alguma corrente elétrica havia caído sobre o meu corpo, arrepiando cada fio de cabelo que nele havia. Coloquei minhas duas mãos em seu peitoral e tentei o empurra-lo, separando-o de mim, mas foi em vão. Por algum motivo, ele parecia mais forte e insistia em manter-se ali. Talvez efeito da bebida ou não.

Não correspondia seu toque enquanto ele insistia em pedir passagem, até que consigo empurra-lo alguns centímetros de distancia do meu corpo e tento caminhar para o lado até que me depara com Eduardo. Ele se mantinha parado, com duas taças na mão direita enquanto me encarava com seu mais profundo e sombrio olhar. Tentava decifrar sua expressão facial quando outra vez sinto Bruno se aproximar de me pescoço e deslizar seu nariz sobre o mesmo. Me virei de frente pra ele rapidamente e quando ira afasta-lo, ele me puxou outra vez contra si. Antes que o ato viesse a acontecer, ouço o barulho das taças se chocando contra o chão e Eduardo caminhando em nossa direção com toda fúria possível. Sua mão, tocou meu peito enquanto a outra fazia o mesmo com o de Bruno e em apenas um movimento, brusco e veloz, ele nos separa com um forte empurrão

_TIRE SEUS LÁBIOS IMUNDO DELE! - gritou enquanto apontava o dedo indicador para o mesmo, deixando toda tensão sair apenas naquele comando

Com o choque que levou do empurrou, Bruno parecia ter voltado para si, alternando agora olhares entre mim e Edu. Ele encarou o dedo que estava apontado para sua cara e então fechou o rosto, mostrando que não havia gostado nem um pouco disso. Foi ai que percebi que ele não havia retomado a consciência. Ele subiu seu olhar outra vez e com as sobrancelhas franzidas ele empurrou Eduardo com força, que se moveu para trás em minha direção

_QUEM ACHA QUE É PARA NOS ATRAPALHAR? - gritou de volta. Eduardo bufou e antes que ele partisse para cima dele, entrei entre os dois, impedindo-os de uma futura pancadaria.

_Eduardo! por favor, ele está bêbado - falei afastando-os com as mãos. Ele me encarou um pouco incrédulo e então desfez o punho cerrado, encarando Bruno pela ultima vez. Voltei meu olhar para bruno que também me encarou e me recompus, ouvindo Edu se afastar com os olhos em chamas de raiva

_Tire esse imbecil daqui! - falou, exalando o álcool que havia em seu corpo

_Venha, vou te levar embora - o puxei pelo braço

_Ainda não terminamos - argumentou, sem se mover do lugar

_Não temos nada para terminar Bruno. Você está bêbado e é melhor você ir embora - disse. Ele abriu a boca para retrucar, mas pensou antes de dizer algo e a fechou em seguida. Olhei por ultima vez Eduardo, que estava de costas para mim, apoiado na varanda de cabeça baixa e tornei a puxar Bruno, que dessa vez não resistiu.

O guiei até o andar de baixo, onde o barulho e agitação estavam menor e procurei por sua mãe, já que Lorenzo não estava em estado de dirigir, devido a grande quantidade de álcool ingerido.

A encontrei no quarto de Vinicius, onde observava minha mãe colocar Lucas para dormi. Com um largo sorriso no rosto, aquela parecia ser sua primeira vez fazendo aquilo. Ela colocou a criança na cama e com todo cuidado levantou, voltando seu olhar para mim, junto com Ana

_Preciso do seu endereço e a chave de sua casa - disse, colocando as mãos em meu bolso

_Algum problema? - perguntou ela, se levantando da poltrona que ali havia e pegando a mamadeira que não tinha observado

_Na verdade sim. Bruno está um pouco bêbado e fora de si, acho que ele precisa descaçar - falei, vendo-a ergue as sobrancelhas

_Bêbado? muito bêbado? - perguntou. espremi os labios e afirmei com a cabeça

Nicotina (Romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora