Capítulo 13

1.6K 97 30
                                    

_Como é? - perguntei elevando meu tom de voz, ainda com a esperança de ter ouvido errado

_É isso mesmo que ouviu. Quero que me ajude a separar Thomas da isabela - falou mantendo a expressão facial que não sabia decifrar no certo

_Você deve estar brincando! - falei enquanto via minha paciência se esgotar, junto com meu humor que acabava de mudar drasticamente

_Estou tentando me aproximar dela, mas com aquele imbecil sempre na cola não da para arriscar nada - falou com total seriedade - _Vou acabar com aquele romance adolescente de uma vez, ou melhor, você irá acabar! - completou com um meio sorriso

_Você acha que eu te ajudarei nisso? - perguntei incrédulo enquanto apoiava minhas mãos na cintura sem acreditar no que estava ouvindo

_Não, não - falou balançando a cabeça - _Acho que entendeu errado - disse dando alguns passos em volta de mim - _Não foi um pedido, foi um ultimato - Forcei uma pequeno gargalhada e me virei para ele

_Você acha que tenho medo de você? - perguntei poucos centímetros de seu rosto

_De mim? Claro que não. Mas do seu pai, talvez - falou brotando outro sorriso em seu rosto, o que só ajudou a piorar meu estado

_Se eu não te ajudar você ira contar para o meu pai? - perguntei devolvendo o sorriso - _Você acha mesmo que tenho medo que ele descubra sobre mim? - Ele apenas me olhou serio por um estante e deu outra grande gargalhada, desfazendo meu sorriso

_Apesar de parecer uma pessoa forte e durona, sei que você se treme todo quando pensa na reação do seu pai. Agora imagina se toda sua família souber sobre você - falou enquanto não tentava mostra muito o meu espanto - _Que vergonha o seu pai ira sentir, ou a sua mãe quando todos o culparem por não ter te criado direito. Você não ira ser o único rejeitado, eles também serão. E agora, ainda não está com medo? - perguntou. O olhei nos fundos dos olhos e serrei meus punhos. Aquilo foi a gota d'água. Ele nunca deveria colocar minha família no meio, ainda mais envergonha-la. Já estava pronta para lhe acerta um soco quando seu celular toca e ele se vira para atende-lo no mesmo estante que partiria para cima dele

Minha veia pulsava fortemente em meu pescoço, parecia que qualquer momento ela iria romper, enquanto minha adrenalina só subia. Ainda não estava acreditando naquilo que se passava. Vinicius sempre foi uma pessoa egoísta e egocêntrica, mas nunca achei que seria capas de tal atitude. Ele estava passando dos limites e minha unica saída era... Não havia saída. Não poderia simplesmente acabar com o relacionamento de um primo para construir o de outro. Isabela ama Thomas, e o que Vinicius senti por ela é nada mais do que desejos, ele nunca entenderia isso, levará muito tempo para que saiba o que é amor de verdade ou talvez nunca. Ele não ficou muito tempo no celular, sua conversa foi curta e nada animadora. Enquanto ele trocava pequenas palavras serias e pesadas com a outra pessoa do outro lado da linha, ele se virou para mim e sorriu, me fazendo bufar. Logo ele encerrou a ligação e voltou a falar

_Desculpe, um problema na obra em que estou dirigindo - se desculpou na maior cara de pau enquanto guardava o aparelho em seu bolço - _Onde paramos mesmo? - perguntou refazendo seu sorriso. O apenas o encarei sem dizer nada e desviei meu olhar, enquanto cruzava meus braços - _Ah é, me lembrei. Você tem duas escolha, me ajudar ou enfrentar mais problemas - falou

_Mais problemas? - perguntei bufando

_Sim, acha que não sei que está doente também? - disse - _Alem desse problema, você terá que enfrentar outros e olha, não será nada fácil pra você - completou enquanto eu apenas negava com a cabeça

_Como sabe que estou doente? - perguntei elevando meu tom voz outra vez. Como ele sabia que eu estava doente se nem ao menos tinha certeza disso. Afinal, ele havia me visto passando mal apenas uma vez e isso não é suficiente para tira conclusões

Nicotina (Romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora