Encarei suas iris esverdeadas e logo voltei meu olhar para Edu, trocando o peso de uma perna para outra. Ele fez o mesmo e me encarando em seguida , mas nossa troca de olhares não durou muito tempo, pois logo fomos interrompido por Thomas, que continuava ali parado, de braços cruzados
_Garotos? - Chamou nossa atenção. Abri minha boca para falar algo, enquanto minha mente formulava alguma ideia que me livrasse de Thomas e conseguisse chegar até Isabela sem que ele descobrisse, mas no momento não consegui pensar em nada. Ao contrario de mim, Eduardo foi mais rápido. Um leve sorriso se formou no canto de sua boca e logo ele se pronunciou
_Thomas, amigão! - falou passando um de seus braços em volta do pescoço do mesmo - _Era com você mesmo que queria falar - completou, puxando-o para a calçada. Observava tudo, um pouco desorientado. Eduardo parecia tão natural, que até mesmo eu, cheguei a acreditar em seu teatro. Ele caminhou com Thomas até certa distancia, onde não podia mais o ouvir e se virou para mim; gesticulando a palavra "vai" com a boca
Sem pensar duas vezes entrei na casa e corri em direção ao quarto de Isabela, onde provavelmente ela deveria estar. Apos subir as escada, me deparei com sua porta fechada. Toquei a maçaneta e já ia entrando, mas antes que isso viesse a acontecer, pensei nas consequência que poderia causar, então optei em avisa-la. Bati duas vezes na porta e logo ela gritou
_Pode entrar Thomas - falou. Rodei a maçaneta e empurrei a porta com o corpo, pois minha outra mão estava ocupada com o presente. Ela estava de frente para um espelho e admirava seu reflexo com as duas mãos na cintura - _Estou começando a engor... - parou de falar assim que me me viu. Logo um sorriso brotou em seu rosto e a primeira coisa que fez foi se virar para mim e caminhar em minha direção - Caleb! - completou
_Oi - disse colocando os presentes em cima de sua cama. Ela observou o ato, diminuindo a intensidade de seu sorriso e me encarou outra vez
_De quem é isso? - perguntou. A olhei e antes que visse lhe contar tudo, caminhei em direção a porta e a fechei
_Esses presente são para você - falei. Ela abriu o sorriso e já vinha me agradecer - _Mas não fui eu que comprei - completei a interrompendo. Ela mudou sua expressão, agora um pouco mais seria, e encarou as sacolas
_Então foi quem? - perguntou - _Eu conheço essa loja, é uma das mais cara da região. Espera... Foi o vini... - ia falando, mas a interrompi
_Sim, foi ele - disse - _Ele pediu que a entregasse - completei
_Não posso aceitar! isso é muito caro - falou, já vasculhando as sacolas
_Mas vai ter que aceitar, pois ele viajou e não tem como você devolver - falei. Ela me encarou e abriu a boca, mas antes que ela viesse a pronunciar-se, tornei a falar - _Sim, ele viajou. Foi para a casa dos país e não sabe quando volta - completei
_Mas e se Thomas descobre? Você sabe como ele é. É perigoso, ele mata seu primo de ciumes e eu por ter aceitado - disse ela sorrindo de leve
_Esse é o meu maior medo. Ele me viu entrando com as sacolas e provavelmente irá te questionar sobre isso - falei me sentando na cama. Ela abaixou seu olhar e fiz o mesmo, enquanto um pequeno silencio tomava conta do quarto - _Fala que foi eu que te comprei em pedido de desculpas pelo bolo que te dei naquela noite! - me pronunciei
_Acho que ele vai cair nessa? - me encarou com uma de suas sobrancelhas erguidas
_É melhor tentar - disse
_Mas não quero mentir para ele - falou
_Ou você pode lhe contar a verdade, mas já sabe que ele não irá reagir muito bem - falei me levantando - _Não posso ficar aqui por muito tempo, tenho muitas coisas a fazer ainda - completei caminhando em direção a porta. Ela afirmou com a cabeça e me acompanhou
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Nicotina (Romance gay)
RomancePLÁGIO É CRIME COM A FORÇA DA LEI N° . 9.610/98 Já se imaginou dependente químico alguma vez? E que tal descobrir que as pessoas no qual você mais ama e confia não são realmente quem diziam ser. Já imaginou ver sua vida desabar na sua frente enquant...