Capítulo 2 - Since I'm not perfect, I'll be a bitch

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– Finalmente você acordou! Seja bem-vindo ao Pleasure Maddening.

– Bem-vindo o caralho! Onde eu estou?

– Parece que você pegou um espécime agressivo Sutcliff... – diz se virando para o ruivo.

– Não fale "espécime" faz parecer que eu sou um tipo de animal!

– Me desculpe, não era minha intenção ofendê-lo...

– Isso não importa agora!Onde eu estou?

– Eu não disse antes? Está no Pleasure Maddening.

– Tá... Mas o que é isso?

– Deixe-me explicar – ele arruma os óculos no rosto – Eu pedi a essa pessoa ruiva que está ao meu lado para conseguir mais pessoal para o local. Nosso estabelecimento consiste em satisfazer a população homossexual de São Francisco, obviamente satisfazendo sexualmente... E para isso nós recrutamos jovens de boa aparência para fazer esse trabalho, eles ficam com nossos clientes de acordo com o contrato que cada um faz, tendo controle total sobre essa pessoa, pelo tempo que foi determinado no contrato podendo fazer o que quiser com ela. Obviamente certificamos se a pessoa é um maníaco ou algo assim.

– Basicamente, vocês saem por ai sequestrando homens para eles servirem de prostitutas para caras gays com dinheiro, nesse cabaré gay?

– Resumindo de uma maneira bem vulgar...

– Se me dão licença eu estou saindo desse lugar. Nem sei por que fui levado para cá.

– Não tão rápido meu rapaz! Você não quer trabalhar aqui?

– Olha cara eu não sou gay, muito menos uma "vadia".

– Não foi uma pergunta que possa ser respondida dessa maneira olha as opções são: sim ou sim.

– Acha que pode me obrigar? - digo dobrando os joelhos, já pronto para sair correndo dali com as minhas pernas frágeis.

– Na verdade posso! Esse estabelecimento é do governo, nós temos um contrato que nos permite usar quem quisermos de São Francisco, então você não tem muito que possa fazer geralmente quem escolhemos fica.

– Eu tenho outra escolha?

– Bem se não aceitar o governo tirara sua casa até porque se assina um contrato quando se entra nessa cidade dizendo que se deve obedecer a qualquer estabelecimento do governo e caso não o faça será deportado de São Francisco.

– Ah puta que pariu... Se caso eu venha a aceitar... De quanto é o salário?

– 13.000 dólares por mês - tento não exclamar um "UAU", mas UAU quer dizer isso é muito dinheiro.

Paro por um instante a observo a decoração daquele lugar, pelo que da para perceber é muito bem cuidado, e sem dúvida é um lugar grande, pelo menos maior que o meu apartamento – não que isso seja difícil – as paredes em tons de rosa e carmim contendo quadros com desenhos de flores e corações, ao pelo que eu posso ver a algo que parece ser um caixa perto da onde estou e logo em seguida um mini-bar, há uma parede à esquerda e depois disso minha visão se limita, todos os móveis são aveludados e de cor branca e o que mais chama a minha atenção é um lustre enorme de cristais bem acima da onde estou - que no caso é deitado sobre um dos sofás felpudos do local. Paro para pensar na oferta do moreno. Não que eu tenha muita escolha se não aceitar, mas não acredito que o governo de São Francisco desceu tão baixo desse jeito a ponto de sequestrar pessoas, mas tenho que admitir que os caras desse lugar são bestas insaciáveis por sexo, então acho que eles não tinham escolha a não ser "dar ao povo o que eles querem".De um jeito ou de outro o salário não é ruim e o ambiente de trabalho também não, mas mesmo assim não quer dizer que faça a pena transar com homens que eu nunca vi na minha vida, principalmente por serem homens. Paro e começo a rever minha situação atual. O dinheiro da herança está acabando. Meu apartamento é uma merda. Não tenho vida social ou amorosa. Não vai fazer diferença, é só mais um passo longe da perfeição, não vai mudar nada, só estou me garantindo, isso não é nada mais que um emprego imperfeito, assim como eu. Não há problemas em fazer algo que combina com você. Ninguém vai se importar com o que eu venha a fazer."Vai ser só um emprego" repito para mim mesmo,"eu posso ir para a faculdade depois" falo dentro da minha cabeça,"Fique calmo Ciel não é como se você estivesse louco para trepar com homens", "A convivência no The Castro não esta me influenciando tanto assim, eu sem dúvida não sou gay"

– Vou aceitar.-digo por fim.

– Ótimo! Não que você tivesse escolha... Bem desculpe por isso mais nós mexemos na sua carteira,claro que não tiramos o dinheiro,só queríamos ver sua identidade. Seu nome é Ciel Phantomhive certo? Alias fiquei surpreso quando li que tem 19 anos, realmente não parece... Eu te daria no máximo uns 10 - devo estar fazer um rosto muito mal-humorado porque ele para com esse assunto assim que olha para mim - Bem... Eu sou William T. Spears, sou seu patrão e esse ser desprezível ao meu lado é Grell Sutcliff,ele vai ser seu colega de trabalho.

– Hmm... Prazer em conhecê-los... Eu acho... Bem... e o que eu tenho que fazer nesse lugar?

– Que tal sentar no pau dos clientes? Acho que já está de bom tamanho – diz num tom sarcástico – venha, vou te apresentar aos outros.

– E eu tenho escolha?

– Não, me siga – eu o acompanho até o interior do estabelecimento e descubro que ele é maior ainda do que eu pensei, passamos por vários cômodos desnecessariamente coloridos, até chegarmos numa sala inteiramente rosa choque desde os móveis até as paredes, reparo nas pessoas lá dentro sendo ao todo seis: Um loiro de olhos azuis claros e pele tão branca quanto a minha (sentado sobre o colo de outro homem tão branco quanto, de aparência inexpressiva, olhos dourados cobertos por óculos e cabelos negros); em seguida pude notar três garotos quase completamente iguais, eles são jovens de olhos vermelhos e cabelos curtos, cor de ameixa. As franjas dos seus penteados são organizadas de forma diferente; a de um cai ao centro, a do meio é penteada à esquerda, e a de outro na direção oposta ao último, o rapaz que parecia ter mais ou menos a minha idade seu cabelo de um tom amarelo, olhos verdes e grandes, magro e com a pele um pouco mais morena que a dos outros – Bem o loiro é Alois, o moreno Claude, os trigêmeos são: Thompson, Timber e Canterbury, e o de olhos verdes é Finn.

– Prazer em conhecê-los sou Ciel Phantomhive.

Desculpe pai, mãe eu não sou o filho que vocês queriam e sem duvida acho que o plano para o futuro que vocês tinham para mim não era que eu saísse trepando com caras. Nem o meu, até por que eu odeio contato humano e estou prestes a conhecer o mais intimo deles.

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