Capítulo 10 - Kociel?

1.6K 166 142
                                    

Aquelas mãos grandes e geladas vão ao meu torso, me fazendo arrepiar por completo com a súbita mudança de temperatura. Seus lábios vão aos meus mamilos, os chupando, fazendo com que eu agarrasse seus cabelos negros, e me perdesse em gemidos.

Meu celular toca.

Posso notar o olhar de nojo de Sebastian para o aparelho. Ele o pega com desprezo de um canto da cama.

– Alois – diz olhando o nome de quem esta ligando. Sinceramente só mesmo aquele ser gay, para conseguir atrapalhar num momento desses.

– Desligue.

Ele o faz, ele fica por algum tempo encarando a tela do meu celular, seu cenho vai se franzindo aos poucos, seus lábios arqueando mostrando um certo ar de ódio, ele olha para mim, então novamente para tela, esse movimento se repete pelo no mínimo 4 vezes.

Ele agora, apenas olha para mim, não o conheço há muito tempo, mas sei o que aquele olhar quer dizer, não é nada mais que um "fudeu para você Phantomhive", e parece que realmente dessa vez fudeu. Com apenas uma de suas mãos ele bate meu corpo contra uma parede e logo após deixa minhas duas mãos acima da minha cabeça.

– Achei que tinha dito que não queria você com outros homens – seu olhar se assemelha com o qual ele me olhou na nossa primeira vez, mas agora ele parece muito mais irritado. –Mas eu não estou com outros homens – respondo provavelmente já tremendo.

Ele arqueia as sobrancelhas parecendo ainda mais irritado, como se eu tivesse dado a resposta errada.

–Se você esta dizendo – diz dando com os ombros, apesar de seu olhar continuar parecido com um de um assassino.

Ele tira agora a minha (dele) calça e minha box,sem a menor delicadeza que existia em seu toque minutos atrás. Ele aperta com força minhas cochas e pernas, evitando que eles se debatam apesar de continuarem a tremer. Ele tira também suas calças, e posiciona seu membro em frente a minha entrada.

Ele coloca seu pênis lá, sem a menor menção de gentileza, fazendo com que eu me contorcesse por completo, algumas lágrimas escorrem pelo meu rosto,eu cerro os dentes ao ver o sangue que escorre da minha entrada para o seu membro,manchando parte do lençol da cama de vermelho,mordo parte do lençol tentando quase que em vão conter meus gritos de dor,e emitir palavras desesperadas para que ele pare.

Ele começa a se movimentar um ritmo frenético, sem a minha permissão, invadindo sem pudor o meu interior, mordo meus lábios até os mesmos sagrarem para tentar evitar gritos.

Paro de tentar me deter deixando minha boca livre para gritar o máximo que ela quiser, mas agora eu só consigo gemer,gemer pedindo mais,chamando seu nome, ou até ansiando para que ele me machuque mais.

Chego ao meu limite várias vezes, apesar de ele parecer pouco se importa continuando a me penetrar loucamente, assim como me levava à loucura. As estocadas são fortes e rápidas, colocando sempre todo o seu membro dentro de mim e depois o tirando. Eu estou abaixo dele, não paro para pensar o quando o meu rosto deve estar constrangedor agora, e que ele estava olhando para ele, apenas deixo que um pouco de saliva caísse pelo um canto da minha boca,e que minhas bochechas e orelhas estejam completamente vermelhas . Ele apoiava suas mãos em meus ombros, os pressionando com força,como se fosse quebrá-los, não consigo ver direito seu rosto, mas acredito que aquilo esta enlouquecendo ele também.

Meus gemidos saiam cada vez mais altos, clamando o seu nome como se fosse o de um deus, o deus que mais estava para um demônio, que tirava minha sanidade e pouca inocência a cada beijo agressivo, e cada estocada. Sebastian depois de chegar ao seu limite, morde meu lóbulo fazendo que do mesmo escorra algumas gotas de sangue. Ele se levanta da cama, pega suas roupas pelo carpete e pela cama, as vestindo,ele não espera que eu faça o nó em sua gravata,apenas vai embora,como se nada tivesse acontecido.

Eu fico parado olhando para a porta por alguns segundos, sentindo meu rosto corar cada vez mais, o suor cair pela minha testa e o resto do corpo, meu cabelo meio molhado pouco causa do mesmo, e uma dor insuportável na minha bunda.

Ele já havia ido embora, mas meus gemidos continuavam a sair de meus lábios, ofegantes, causados pelo eu me lembrar do que tinha acabado de acontecer, e por sentir seu sêmen quente dentro de mim, me corrompendo cada segundo mais (não que eu já não esteja corrompido).

Eu provavelmente nunca me senti tão excitado assim como antes, e por mais que não quisesse admitir queria que ele me violasse mais. Eu queria ser usado até que ele não me quisesse mais. Não conseguiria dizer isso a ninguém, até porque não conseguia convencer nem a mim mesmo, mas a verdade era que não importava o jeito que ele me tratasse, não precisava ser doce ou gentil – apesar de eu adorar quando ele era – tampouco agressivo e grosso, eu só precisava que ele me tocasse, eu já tinha me apaixonado pelo corpo daquele homem, tinha se tornado um vício, o qual eu queria saciar a todo o momento.

Ele não esta mais aqui. Volto ao meu passa-tempo de horas atrás: Olhar para o teto. Penso sobre o que vem acontecendo comigo nos últimos dias, penso também que no momento eu devo estar parecendo uma perfeita puta.

Pego outras das camisas de Sebastian que tem o costume de ficar no chão, e depois de um bom tempo a cheirando, a visto. Pego o meu celular.

"Achei que tinha dito que não queria você com outros homens" lembro. Procuro no celular alguma coisa que me dê uma pista.

Bem sem falar a foto de Claude no meu papel de parede, e outras fotos dele sem roupa no celular, não nada de mais.

"Eu. Vou. Te. Matar. Alois" - mando em mensagem.

"O que eu fiz?"

"Você vai descobrir, quando eu aparecer na sua casa para te castrar e der seu corpo para os cães comerem."

"Ciel você esta me assustando"

"Você ainda não viu nada" – falo essa frase em voz alta para mim mesmo, e fazendo uma tentativa falha de copiar a voz do Sebastian.

Desligo o celular. Levanto-me da cama com dificuldade – mais que antes – e saio a procurar a cozinha, novamente olho para aquela porta vermelha, eu pego na maçaneta, me pergunto se deveria virar ou não, por fim acabo o fazendo, provavelmente foi a minha pior escolha do dia.

–-----Algumas horas depois-------

–O que aconteceu com você garoto? – pergunta Sebastian entrando como um furacão dentro da casa a me ver jogado na cama – você esta fervendo – diz depois de colocar a mão sobre a minha testa.

–Idiota, se tem gato, custava me avisar?

–Ninguém mandou você abrir a porra do armário, espera você só achou o gato?

–Eu também vi uma caixa escrita o meu nome, só não consegui prestar atenção nisso,não quando tinha um gato louco pulando na minha cara. Alias qual o nome dessa coisa? – digo olhando com desprezo para aquela bola de pelos que agora esta no colo de Sebastian.

–*Kociel

–Você deu o meu nome para essa coisa?

–Ele não é uma coisa – diz abraçando o gato, eu apenas viro o rosto para o lado,tanto para não ter mais que olhar para cara daquele bicho,e para conter um ataque de espirros.

Quando eu abri aquele armário à primeira coisa que eu vi foi aquele gato preto, me encarando, uma de suas orbes era azul enquanto a outra roxa. Por inicio pensei que ele só não queria que eu abrisse o armário porque tinha um gato lá, e que sabia que eu era alérgico a aquelas coisas, pela a minha ficha na Pleasure, mas logo após percebi algo como um fundo falso naquele armário, juntamente com uma caixa enorme que tinha o meu nome escrito nela. Toda a vez que eu tentava chegar perto a porra do gato me arranhava.

Eu ainda vou descobri o que tem de verdade naquele armário,mas por enquanto,eu tenho que me livrar desse gato.

Did you Say Bitch?Onde histórias criam vida. Descubra agora