s e s s e n t a e c i n c o

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[ analovesboo no 8tracks: playlist drunk again ♡ ]

[sessenta e cinco] "estou meia doente"

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[ h a r r y ]

"Daisy, por favor... Estás com dores de ouvidos há horas! Deves ter apanhado frio ontem (e porquê? Porque não levaste um casaco, como eu te disse para fazer!)." Resmungo, tentando não falar muito alto, para não piorar a situação em que a pequena rapariga na nossa cama embrulhada em imensos cobertores se encontra. "Deixa-me ver a tua temperatura, pelo menos, por favor."

Ela acaba por ceder e eu apresso-me a ir buscar o termómetro que já tinha ido procurar há algum tempo, enquanto ainda tentava convencer a Daisy de que há algo de errado com ela. Coloco a ponta do termómetro na sua boca e espero alguns segundos.

"Estás com febre." Abano a cabeça negativamente, afastando alguns cabelos do seu rosto. "Vamos tomar um banho e depois vamos ao centro de saúde?"

A minha mulher geme e remexe-se na cama. "Não posso tomar apenas um xarope qualquer?"

"Vou ligar à minha mãe; ela deve saber o que fazer, quase de certeza. Também não quero que apanhes frio ao ires ao centro de saúde." Anuncio, pegando no seu telemóvel da mesa-de-cabeceira.

Procuro pelo número da minha mãe nos contactos e rapidamente lhe ligo, levando o telemóvel à minha orelha.

"Tenta dormir um pouco." Peço, deixando um pequeno beijo na sua testa.

Afasto alguns cabelos do seu rosto, mais uma vez, e saio do nosso quarto, calmamente; fecho a porta atrás de mim, cuidadosamente, para não fazer muito barulho.

"Estou, querida?" A voz da minha mãe soa, do outro lado da linha.

"Mãe, sou eu. (Ainda não comprei um telemóvel novo.)" Afirmo. "A Daisy está doente e eu estou a ficar mesmo preocupado com ela! Ofereci-me para encomendar uma pizza e ela não quis!"

"O que é que lhe dói?"

"Os ouvidos e um pouco a cabeça. E também tem febre e está com frio." Mordo o meu lábio inferior, em preocupação.

"Deve estar com uma otite. Normalmente, isso acontece às crianças mas-"

"A Daisy é uma criança. Ela não quis levar um casaco ontem!" Resmungo. "O que é que ela precisa de tomar?"

"Eu tenho um amigo na farmácia mais perto daí. Explica-lhe o que se passa com a Daisy e ele ajuda-te. Provavelmente vai dizer para tomar Paracetamol ou assim; diz-lhe que queres efervescentes. Eu sei o quanto a Daisy odeia comprimidos!" Conta, também com alguma preocupação na voz. "Para baixar a febre, arranja umas toalhas molhadas e coloca-as na testa dela. O analgésico já deve ajudar com isso, mas faz isso, pelo sim pelo não."

Assinto, mesmo que saiba que ela não irá conseguir aperceber-se disso, e despeço-me, agradecendo-lhe.

Volto a entrar no quarto e encontro a minha esposa agarrada à almofada, com os olhos fechados. Pela sua expressão, consigo perceber que ela está mesmo com dores e isso faz-me ficar ainda mais preocupado. Assim que me aproximo, para pousar o telemóvel, ela abre os olhos e pousa-os em mim.

Solto um pequeno sorriso (não pelo facto de ela estar a morrer na nossa cama, mas pelo simples facto de não conseguir olhar para a Daisy sem sorrir) e sento-me à sua beira. Pouso uma das minhas mãos no seu rosto e ela aconchega-se um pouco a mim.

"Tenho de ir à farmácia, mas primeiro quero ver se baixas um pouco a febre, pelo menos." Admito. "E, depois, vou fazer-te uma canja de galinha muito saudável e tu vais comê-la toda porque adoras coisas saudáveis!" Solto uma pequena gargalhada e consigo ouvi-la fazer o mesmo.

marry you 2: drunk again // harry stylesOnde histórias criam vida. Descubra agora