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Talita ainda podia sentir uns resquícios de prazer pelo seu corpo, quando passados alguns instantes começou a se incomodar com o peso do Rafa sobre ela. Se mexendo um pouco pra chamar a atenção dele e passando uma das mãos no cabelo dele disse baixinho:
- Rafa... - ele se mexeu um pouco e dando alguns beijinhos no seu pescoço se joga ao seu lado. Talita mais que depressa fecha o roupão e se ajeita no sofá.
Rafael, muito à vontade com sua nudez solta uma gargalhada. Sem entender o motivo Talita fala:
- Queria entender a piada também.
Rafa a puxa pros seus braços e diz:
- Você é a piada, tá aí toda boba e acanhada - Rafa ainda dá mais umas risadinhas e beija meu pescoço.
- Não tô acanhada nada - fazendo bico Talita tenta se afastar, mas é segurada fortemente - só não sou exibida feito você.
Rafael continua rindo do acanhamento dela e a solta, precisava ir ao banheiro. Pegando a cueca que estava no chão, ele veste no caminho pro banheiro. Talita fica olhando praquele bumbum durinho e observando o quanto Rafael era um homem bonito.
Normalmente os caras com que se envolvia eram bem apessoados, mas isso nunca foi uma qualidade super valorizada pra ela, gostava de ficar com quem a fazia se sentir segura. Segurança era uma qualidade essencial pra ela se entregar pra alguém. Rafa a fazia sentir querida, e alguma outra coisa que ainda não tinha identificado.
Levantando se encaminhou pro seu quarto pra usar seu próprio banheiro. Quando saiu encontrou Rafael vestido olhando algumas fotos que tínhamos num mural na parede, fotos minhas e da Vivi de várias épocas da nossa vida, éramos amigas de infância, ou seja, tinha muitas fotos pra queimar o filme ali naquele mural, sorrindo se aproximou dele e disse:
- Assustado?
Rafael se virou e sorriu:
- Um pouco talvez, até que não era muito feinha.
- Ahh tá - gargalhando, falei pra ele:
- Eu era só joelho, senhor, ainda bem que a gente cresce né.
- Agora você tá toda gostosa.
Disse me abraçando.
- Tô sem comer não lembro desde quando, sou capaz de comer um boi inteiro
Olhando no relógio viu que eram pouco mais de 20 hs.
- Vamos comer?
Talita que tinha planejado um filminho e comida na cama praquela terça, não estava muito animada pra sair. Mas foi se arrastando trocar de roupa, gritou do quarto, perguntando onde eles iriam.
Rafael imaginando o dilema da roupa a tranquilizou, dizendo que uma calça básica seria o suficiente.
Dez minutos depois estavam entrando pela lateral do seu bistrô. Apesar de não abrir durante o dia de hoje, tinha certeza que encontraria o seu gerente e o chef testando algumas receitas.
Depois das apresentações, Rafael leva Talita pro bar enquanto esperam a comida que pediu pra fazerem. Fez um drinque pra ela e ficaram se atualizando da semana que passaram longe.
Ele se pegou distraído olhando pra boca dela, admirando as sombras das luzes que brincavam no rosto dela. Era tão fácil conversar com ela, parecia que era uma amiga, além de amante. Sem ir fundo nesse sentimento que estava crescendo cada vez mais nele, percebeu que Talita tinha parado de falar e tava encarando ele.
- Desculpa, viajei agora, repete por favor.
Talita conteve uma irritação q ameaçou brotar, sabia que era temperamental, e precisava trabalhar isso, mas não gostava de está falando e não prestarem atenção nela, mais calma repetiu:
- Perguntei como foi esses dias iniciais do restaurante.
- Ah sim - empolgado Rafael começou falando dos dois finais de semana de trabalho intenso que tiveram e da equipe sensacional que trabalhava com ele.
Mostrou no celular uma nota de um crítico sobre o lugar e estava muito satisfeito com tudo.
O jantar deles chegou e o assunto girou em volta de comidas e receitas. Ambos sabiam cozinhar e arriscavam receitas novas na cozinha, Talita percebeu a paixão dele ao falar do restaurante e da área de gastronomia.
Depois da comida deliciosa eles ainda foram tomar uma água de côco na praia. Rafael no caminho para o carro perguntou se ela dormiria com ele essa noite.
- Ainda preciso me redimir mais com você - disse a agarrando por trás na rua.

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