Era a sua oportunidade, Rafael se levantou da mesa e foi pro corredor dos banheiro esperar por ela. Quando ele percebeu que ela levantou da mesa pra ir ao banheiro, Rafael fez questão de não tirar os olhos dela, ele sentiu como se tivesse levado uma pontada no coração quando ela o viu. O choque, o susto, a incredulidade, e sim, ele tinha visto dor nos olhos dela. Talvez a mesma que ele estava sentindo nesse momento.
Tudo que ele achava que estava se curando aflorou depois que a viu essa noite, acompanhada de outra pessoa. Ela era jovem e linda, tinha todo direito de seguir a vida. Mas eles não tinham terminado de forma tranquila, o sentimento, da parte dele, não tinha acabado, percebendo agora, que não acabou. Depois de uns minutos a porta finalmente se abre e ela sai do banheiro, cabeça baixa, antes que ela passase direto ele fala.
- Talita... - ela parou e se virou pra ele - não sabia que tinha chegado.
Rafael parecia que tinha corrido uma maratona, estava tentando se manter calmo. Mas sua vontade era de agarrá-la ali mesmo e acabar com o sofrimento dele. Mas ela estava fria, distante, apesar de não encará-lo, não era o momento.
- Rafael... eu... eu voltei tem uns dias... - ainda de cabeça baixa.
- E não podia ter me ligado? - antes de terminar a frase Rafael já estava arrependido.
Talvez, essa provocação era o que precisava pra Talita reagir.
- Pra quê Rafael, já não temos mais nada - apontando um dedo indicador no meu peito continuou com a fúria, apesar de controlada. - eu segui minha vida e pelo o que estou vendo, você também...
Rafael fez o que estava com vontade há cinco meses, não aguentava ver aquele fogo dela sem fazer nada, a puxou de encontro a ele e a beijou, sem delicadeza, somente desejo, ânsia de aplacar aquela fome que ele tinha dela. Ela ainda protestou uns instantes antes de agarrá-lo de volta. Rafael sentiu um triunfo por dentro e a apertou mais ainda contra ele.
- Você ainda me quer Talita - disse sussurando pra ela. - e eu quero você também...
Talita, ofegante, vermelha e descabelada se soltou dele nesse momento.
- Pra você tudo se resume a sexo né Rafa? - disse baixinho, e se afastando - meu corpo pode dizer uma coisa. Mas o que eu quero, o que eu mereço quem decide não é ele... - se virou e foi embora.
Rafael, ainda um pouco aturdido com o que ela falou, entrou no banheiro para se recompor.
-
Talita não tinha mais condições de continuar ali, sabendo que ele estava lá também, pegou a sua bolsa e falou pra Marcos que queria ir embora. Ele ainda tentou um protesto, mas ela não estava nem um pouco disposta a ceder. Quando ele viu que ela iria embora com ou sem ele, a acompanhou até a saída.
Eles foram em silêncio no carro. O único som que se ouvia era do rádio, chegando perto do seu apartamento Marcos perguntou se estava tudo bem, ela só fez um sinal positivo com a cabeça, depois ele perguntou se ela sairia com ele na noite seguinte novamente.
Talita suspirou, exausta de homens naquele momento.
- Olha Marcos, eu não sei o que você está pensando, mas na boa, não estou afim de me relacionar com ninguém nesse momento. Pelo contrário, eu quero distância de qualquer rolo... desculpa a sinceridade, não tem nada a ver com você, espero que me entenda...
Marcos estacionou na frente do prédio e pegou a sua mão e beijou.
- Tudo bem Talita, quem sabe um dia.
Ele se aproximou pra dar um beijo, Talita mal teve tempo de virar o rosto, quando percebeu a intenção dele, o beijo pegou nos cantos dos lábios dela.
Saindo mais que rapidamente do carro, ela se despediu e partiu.
-
Rafael já estava um pouco alterado, quando saiu do banheiro, viu Talita indo embora e ficou furioso com ela, ela realmente achava que ele era um moleque, que só queria saber de sexo. Isso o deixou arrasado.
Começou a beber pra tentar aplacar os pensamentos. Seus amigos estavam felizes, comemorando, e ele queria estar na mesma vibe que todos.

VOCÊ ESTÁ LENDO
✈
القصة القصيرةRomance baseado no casal mais querido do BBB15, é tudo ficção, aproveitem Protegido pela Lei de direitos autorais (lei 9.61). Portanto é expressamente proibido sua reprodução total ou parcial para qualquer fim que não seja da própria autora.