The new Avenger

Capítulo 14 - The God of Mischef

A luz bateu-me nos olhos. Ainda tentei resmungar com a claridade do quarto, mas vi que não valia a pena. Abri os olhos devagar. Estava a ver toda a divisão desfocada, mas mesmo assim não me lembro de o meu quarto ser assim tão claro! Os meus olhos normalizaram e ... de certeza que este não é o meu quarto nem a minha cama. Olhei para o lado e vi Fandral a dormir. As memórias da noite passada surgiram na minha cabeça. Pois, agora já percebi porquê que eu estava ali!

Sentei-me há espera que o homem que partilhava a cama comigo acordasse. Ele abriu os olhos e ia-se levantar quando me viu na berma da cama ainda sem roupa, por isso deitou-se de novo. Levantei-me devagar, procurei pelo chão a minha roupa interior para a vestir e vesti um robe de pelo que estava no puxador do armário. De um momento para o outro, como se a vida me quisesse lixar, e porque ela quer mesmo, fiquei com uma leve dor de cabeça. Deve ser pela ressaca e por ter usado os meus poderes demasiado nestes últimos dias e por ter apenas adormecido à madrugada. Eu estou a precisar de descanso!

Fandral: Bom dia. Tudo bem?

Reparei que tinha a cabeça encostada à porta do armário. Para não parecer estranho desencostei e virei-me rapidamente.

Sarah: Mas é claro.

Fandral virou-se e eu vi várias arranhadelas nas costas dele. Será que lutou com algum monstro recentemente? Oh! Acho que não foi um monstro mas sim eu! Tem muito mais lógica.

Sarah: Acho melhor cuidares das feridas das costas. Eu vou andando.

Peguei nos meus sapatos e caminhei até à porta, mas ao abri-la ouvi o Fandral a falar comigo.

Fandral: Voltas hoje à noite?

Eu sorri ao perceber que o guerreiro não tinha ficado satisfeito com uma noite. Sabem aqueles sorrisos malignos que quando se olha para uma pessoa fica-se arrepiado? Era exatamente aquele tipo de sorriso que eu estava a fazer e que assustou Fandral quando eu encarei-o para responder à pergunta dele.

Sarah: Oh querido, acho que não entendeste bem que tipo de rapariga eu sou. Mas mesmo assim não acho que estejas corado até amanhã à noite.

Mandei-lhe um beijo e com toda a dicção sai do quarto totalmente despenteada com a maquilhagem desfeita e o robe aberto. Totalmente natural para andar no meio dos corredores de Asgard, não acham? Estava tão bem a andar quando tive o lindo desejo de matar alguém. Pensando bem, eu já não mato ninguém à um mês porque os vingadores gostam mais da justiça do que ver sangue derramado. Por um lado eu concordava, a justiça o correto, mas por outro lado eu sentia como se estive-se a aprisionar uma enorme vontade dentro de mim. Não é correto matar pessoas, os amigos e a família sofreriam por muito tempo por minha causa, mas o poder que se sente ao tirar a vida a alguém, o prazer de ver uma pessoa sem sabem o que fazer, transformar-se num ser primitivo a lutar pela sobrevivência, é tão b... Não, não é ... é sim! Eu estou a dar em doida.

Bruce: S-S-S-Sarah. M-Mas o que...mas que raio!

Estava tão entretida nos meus pensamentos que não tinha reparado que o Dr. Banner tinha saído do quarto. Eu ia dar uma explicação mas foi interrompida por alguém que veio a correr na minha direção.

Fandral: Sarah, esqueceste-te do teu vestido...mau momento?

Estava eu, o Bruce e o Fandral parados no meio do corredor a olhar uns para os outros e... a coisa acabou de ficar muito embaraçosa... Tenho de acabar com isto.

Sarah: Ok. O vestido - peguei no meu vestido que estava nas mãos do Fandral - Os sapatos - peguei nos sapatos que no meio da confusão deixei cair no chão. - Bruce, deixa-me passar e tu és um cientista, por isso deixa dessa cara estupida e faz as contas!