Um jovem guerreiro aparece

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Assim que saímos do palácio fomos na vila, compramos ítens para acampar, aproveitei e comprei uma adaga e uma espada, logo logo eu queria aprender a usar.
-ei, sobre aquelas aulas, eu não vou poder ter mais né?
-claro que você vai ter, olha.
Ela pegou o cartão e falou:
-aula de magia.
Na mesma hora uma imagem apareceu em cima do cartão, era uma mulher, ela começou a falar algumas coisas mas logo a friz virou o cartão e ela sumiu.
-Você podia ter aulas ao vivo no castelo, mas nós saímos então teremos que fazer dessa forma.
-legal, bem vamos para onde agora?
-eu estava pensando em ir para a vila da água, lá tem umas termas muito boas.
-ótimo, eu nunca tomei banho em termas, existem poucas no meu estado, e as que existem são muito caras.
-bem, você vai gostar.
Andamos até o fim da vila, na saída havia uma floresta.
-você sabe a direção?
-ahh...não.
Ela riu e andou em direção ao nada entrando na floresta. Após algum tempo eu me sentia desconfortável em andar pela floresta, nos filmes de terror era sempre uma floresta que os personagens entravam, ou era uma casa toda acabada, eu quase gritei quando escutei um barulho vindo de um arbusto, a friz também parou.
-você também escutou?
-silêncio.
Fiquei calado, o som apareceu de novo, a friz apontou o dedo para o arbusto e falou:
-guki.
Uma bola de fogo se formou e foi lançada na moita, um animal parecido com um macaco saiu de lá, ele tinha uma cauda de serpente, ele estava queimando.
-um trino.
-um o quê?
-trino, monstro animal que tem semelhanças com uma quimera. Já já ele morre, vamos continuar a andar.
Eu fiquei meio perturbado com o que ela disse, como assim "já já ele morre" essa garota deve ter algo errado, eu não conseguia ficar calmo em quanto escutava aquela criatura gritar. A friz continuou andando, estava começando a ficar com medo dela, ela podia me matar a qualquer momento, mas continuei andando atrás dela.
Estava escurecendo, entao paramos em uma clareira, era exatamente na divisa entre a floresta e um pequeno trecho de areia, parecia um pequeno deserto, não havia vegetação, só areia. Arrumei as barracas e ela foi pegar folhas secas e madeira para fazermos uma fogueira.
-voltei.
-como a gente vai acender a fogueira?
-fácil. Guki.
uma bola de fogo apareceu e foi jogada no pequeno montinho de gravetos, esse feitiço era tão útil.
-Vamos comer.
Disse ela feliz. Pegamos alguns marshmallows e dois pedaços de carne, eu só tinha acampado uma vez, mas sabia esquentar as coisas direitinho sem queimar, ensinei a friz.
-olha, você não pode colocar muito perto do fogo e deve virar de vez em quando, não fique irritada, logo logo estará pronto.
Ela fez da mesma forma que eu ensinei.
-você já acampou alguma vez?
-ah não, eu nunca saio da vila, muito menos do reino.
-eu achei que a vila fosse o reino, tem mais coisa?
-claro, o nosso reino vai até o fim dessas árvores, onde estamos é o reino do sol.
Olhei em volta, de um lado tinha árvores, do outro um deserto.
Assim que acabamos de comer ficamos conversando.
-obrigada por me ajudar na comida.
-ah não foi nada, na verdade eu que deveria agradecer, você me salvou daquele trino.
-você gostou de hoje?
Ela falava de uma forma tão gentil.
-sim.
-eu gostei muito de ficar com você.
Senti meu rosto ficar meio vermelho, mas como estava de noite talvez ela não percebesse, estava escuro, olhei para cima, as estrelas estavam muito brilhantes, o céu estava lindo.
-Duncan.
-sim?
Ela fechou os olhos e se aproximou, eu Fechei os meus e nos beijamos, mas dessa vez foi diferente do que da outra vez, foi mais intenso.
Quando nós saímos do beijo eu fiquei meio desconcertado, a luz da fogueira me fez ver levemente que a friz estava vermelha também, ela estava muito bonita. "Ah o que eu estou pensando? Eu mal conheci ela. Mas...ah deixa para lá"
-thau friz.
-thah dan.
-dan?
-seu apelido, não gostou?
-ah sim, mas é que ninguém me chamou assim.
Ela riu e foi para a cabana dela, quando eu estava indo para a minha eu vi um homem à distância, ele mancava, chamei a friz.
-friz, rápido vem aqui.
-o que foi?
-tem um homem mancando, provavelmente machucado vindo.
-vamos ajudar ele.
Corri até ele, mas pouco antes de eu chegar ele caiu, virei ele, estava usando armadura, era azul e prata, mas havia uma imperfeição, marcas de garras, ele sangrava.
-calma, eu vou te ajudar.
-quem é você?
-meu nome é Duncan, agora pare de falar, irei lhe levar até o acampamento.
Ele parou de falar, é difícil carregar ele, o peso da armadura não ajudava em nada. Com muito esforço levei ele até a cabana da friz, ela cuidou dos ferimentos dele, arrumei a outra cabana.
-ta vendo que era uma boa ideia comprar coisas a mais.
-tá bom, foi uma boa idéia.
-quem são vocês?
-eu sou friz, ele é o Duncan, mas quem é você?
-eu sou um guerreiro, mas...mas meus amigos foram mortos por um dragão, só eu sobrevivi, me chamo Kurt, obrigado por me ajudarem.
-você precisa descansar.
Ele voltou a fechar os olhos, eu e a friz saímos.
-então, como ele está?
-ele tem uma ferida feia, mas ficará bem. Eu sinto muito pelos amigos dele, mas foi burrice enfrentar um dragão, eles são criaturas muito fortes, até hoje só um grupo de heróis matou um.
-eles deviam ser bem fortes.
-sim eles eram, foram os mais fortes que existiram, existe uma lenda dobre eles, que outros heróis aparecerão com o mesmo poder.
-o que eles fizeram? Só por matarem um dragão teve tudo isso?
-Não, eles sozinhos enfrentavam um exército.
-quem eram esses heróis?
-eram os fundadores dos sete reinos.

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