Essa sensação de felicidade permaneceu durante a semana, a Silvia até estranhou o meu bom humor, eu não disse nada, mas também não neguei. O Felipe agiu normalmente nos treinos seguintes, sem rejeição, sem cara feia. A única mudança foi que as encaradas que ele me dava cresceram exponencialmente e ele o fazia sem ser discreto e sem disfarçar.
Na época eu achava que eu conseguia disfarçar muito bem, que ele era só um aluno com promessa de virar atleta e eu colocava panos quentes toda a nossa situação, mas o Felipe não, ele não conseguia. É claro que nenhum de nós dois sabia o que estava fazendo, mas ele parecia que queria gritar para todo mundo os recentes acontecimentos. Ele era bem desinibido não tinha vergonha de me tocar, de falar comigo ou de me olhar, ele flertava comigo, daquele jeito amigo hétero, que passa a mão na sua bunda mas, aperta com vontade e no fundo quer é te comer, era cheio de brincadeiras com malícia aparente. Todo mundo levava aquilo na brincadeira e sem aparentemente desconfiar de nada. Eu apenas me contentava em receber toda atenção dele e ora ficava puto da vida, ora extremamente excitado.
Da minha parte, as brincadeiras maliciosas e a mão boba aconteciam quando estávamos sozinhos. Provocava ele nos treinos da noite, tirava minha camisa, trocava minha bermuda larga por um bem apertada e colada, fazia questão até mesmo de golpeá-lo quando ele ficava com a guarda baixa e distraído olhando pro meu corpo e o safado só ria e revidava quando conseguia. Era um acordo mútuo e silencioso, eu roçava nele sempre que possível, beliscava os mamilos dele, falava no ouvido, essas coisas. E assim três semanas se passaram e nós não fizemos mais nada de fato, ficamos somente na provocação e eu sei que isso foi exclusivamente por falta de oportunidade.
Nos horários que o Felipe treinava a academia sempre estava cheia, gente entrando e saindo do tatame, vestiário lotado e as aulas eram seguidas, com intervalos curtíssimos entre cada uma. Treinávamos sempre no tatame, que era um espaço amplo e com o pé direito alto. Tínhamos um ringue num canto e vários sacos e torres pendurados no outro, o que conferia um grande espaço livre. Porém, por conta das aulas muito cheias isso sempre nos obrigava a recuar nosso espaço de treino um dos cantos. Ele roçava no meu corpo quando podia, passava a mão discretamente nos meus braços, barriga e pegava as vezes no meu pau, e em uma das vezes ele me deu uma patolada que me deixou duro feito uma rocha, o shortinhos colado só evidenciava meu pau que apontava para o Felipe, que engolia a risada.
Eu sentei no chão para disfarçar, mas antes sussurrei no seu ouvido:
"Hoje você vai me mamar de novo, até aprender a parar de me provocar, de hoje você não escapa".
Ele deu um daqueles sorrisos safados e não disse nada, apenas continuou a série de chutes, que era já era a final. Fiz um alongamento pós treino com ele e disse:
"Quer ir na minha sala ver uns formulários de treino?" - eu falei, enquanto olhava descaradamente para seu pau e lambia os lábios.
"Claro que eu quero!" - ele respondeu já se levantando.
Eu o segui, igual um cachorrinho, apenas joguei a camiseta por cima do ombro e deixei ele andar na frente. Sim eu estava seminu, somente com a bermudinha agarrada, suado e com as bandagens nas mãos e punhos e eu sabia que a visão era boa, além do mais porque meu pau estava meia bomba. Para ir na minha sala tínhamos que passar por dentro da musculação e no corredor das salas de aula, ou seja, atravessar a academia inteira em um dia de lotação. Obviamente todo mundo encarou e as marias-whey-protein da época, pararam para espiar nossa andança, passamos por uma aula de Zumba que era dada pela Silvia – que fingiu que não nos viu e continuou os movimentos – e as garotas e alguns caras também nos encararam com cara de fome. Durante minha breve caminhada até minha sala, o Paulo-safadão foi despertado durante o desfile pelos corredores. Confesso que eu queria mostrar meu corpo, causar reações, bater no peito e dizer que eu era o foda, muito parecido com o Paulo que eu fui quando adolescente. Mantive o carão de mau e isso me excitou ainda mais.
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Meu Lutador
RomanceHistória homoerótica em que todos são bem vindos a acompanhar! ------------------ E se aquele que você sempre procurou, estivesse lá, do seu lado ao tempo todo? Paulo é um professor de Educação Física, campeão de Muay Thai e proprietário de uma acad...