CAPITULO 4

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O restante da semana passou o mais rápido que o esperado, e lá estava eu, me dirigindo ao campus da UFRJ onde eu faria a prova, nervosa? Sim, muito! Mas eu estava confiante, estudei um ano inteiro. Quando Antônio estacionou e eu desci do carro, nós fomos caminhando de mãos dadas até o portão, quando chegamos, olhei a minha volta, o que eu estava fazendo ali? Travei logo na entrada, e encarei o Antônio.

- O que houve? - ele perguntou me encarando.

- Estou nervosa - eu disse, digamos que um pouco tensa.

- Calma amor, você vai conseguir - ele disse e sorriu, segurou meu rosto e selou nossos lábios.

Eu o abracei, bem forte.

- Boa sorte minha princesa, estou torcendo por você - ele sussurrou.

Nós nos soltamos, e eu fui a procura do meu prédio, e de minha sala. Haviam pessoas que aparentavam ser bem inteligente, digamos com a aparência meio nerd. Outros muito engomadinhos, me sentia um pouco deslocada.

Ao achar minha sala, eu entrei e me sentei, no fundo. Abaixei minha cabeça, e fiz minha oração, simples e singela, pedi a Deus que me desse forças para conseguir colocar em prática tudo que eu aprendi. O supervisor passou todas as coordenadas, e entregou as provas.

Comecei a ler as questões, com toda a atenção do mundo [...]

- Boa sorte - disse o supervisor ao me ver entregar a prova.

- Obrigada - eu disse me retirando da sala.

Fui uma das ultimas a sair, com a minha saída, ficou apenas 4 ou 5 pessoas ali na sala. Eu estava com uma sensação boa. Sai do campus, e o Antônio estava me esperando ali, havia umas meninas de olho nele. Ao me ver, ele veio até mim, e me deu um abraço tranquilizador.

- Oi meu amor - ele disse, escondendo seu rosto no meu pescoço e depositando um beijo em meu pescoço - como foi a prova?

- Foi... Bem, eu acho - eu disse e sorri de lado - não estou muito confiante.

- Vamos esperar né? - ele disse, me olhou e eu assenti - vamos dar uma volta na praia?

Ele olhou as horas, e eram duas horas da tarde.

- Vamos amor - eu disse e sorri.

- Vamos passar em uma loja e comprar um biquíni pra você - ele disse me olhando.

- Mas eu tô sem dinheiro pra comprar biquíni - eu disse fazendo caretas.

- Amor, presentinho - ele disse, e segurou minha mão, me puxando para o carro.

Nós entramos no mesmo, e fomos até a primeira loja que vendia biquínis, ele escolheu, ele não tinha um gosto ruim. Ali mesmo eu vesti o biquíni, e nós fomos para a praia [...]

Antônio comprou um óculos pra mim, eu estava deitada na areia o observando, enquanto ele me colocava o óculos.

- Já disse que não precisa gastar seu dinheiro comigo - eu disse revirando os olhos - me sinto, incapaz, na verdade me sinto mais pobre do que sou.

- Pobre não - ele disse me olhando - você é perfeita, e merece tudo isso.

Eu me ajeitei na areia, e deitei minha cabeça no meu braço. Antônio pegou seu celular, e tirou uma foto minha. Eu resmunguei, mas acabei gostando (foto acima). Passamos o dia ali, e eu estava mais tranquila.

- Amanhã eu já começo a trabalhar - eu disse quando estávamos entrando em casa.

- Ainda não me adaptei com a ideia - ele disse, e nós rimos.

Fechamos a porta, minha mãe estava sentada no sofá, vendo televisão.

- E ai filha? Como foi? - ela perguntou, se levantando e vindo até mim.

- Mãe, não sei se dar uma resposta certa... Tão imprevisível - eu disse, e sorri de lado.

- Mas, eu confio em você... E sei que será minha futura médica - ela disse e veio me abraçando.

- Mãe, eu tô molhada - eu disse retribuindo o abraço, nós rimos.

- Ah, e filha, esqueci de te falar... Mas agora eu consegui um emprego fixo - ela disse sorrindo.

- Sério? - eu disse vibrando - onde?

- Em uma casa, bem chique por sinal, vão me pagar bem, e tem uma foto do Antônio na sala - ela disse sorrindo. 

- Ai, não - eu disse e revirei os olhos.

- O que filha? - minha mãe perguntou, me olhando, e olhando para o Antônio, que respirou fundo.

- A mãe dele não gosta de mim - eu disse, e sorri fraco - por favor mãe, se quiser manter esse emprego, ela não pode saber que eu sou sua filha, não por enquanto.

- Você não tem vergonha de mim, né? - ela me olhou cabisbaixa.

- Não mãe, jamais, é que ela sente vergonha de mim com o filho dela - eu disse, e suspirei.

- Pode ficar tranquila filha - ela disse e sorriu - vai ser só por um tempo ok?

- O tempo que precisar mãe - eu sorri, e nós nos abraçamos.

Antônio se juntou ao abraço me abraçando por trás. Nos soltamos, e minha mãe encarou o Antônio.

- Agora vou cuidar de você - ela disse e nós rimos - e vão logo tomar um banho, estão imundos.

Nós fomos para o meu quarto, eu corri para o banheiro e tomei um banho deliciosamente delicioso, voltei para o meu quarto enrolada na toalha, Antônio passou por mim me dando um tapinha na minha bunda. Eu ri.

Coloquei um pijama, e reparei um uniforme sobre a minha cama. Era meu uniforme de trabalho. Estava ansiosa para o dia seguinte.

Não demorou muito, Antônio voltou para o meu quarto, já vestido, e se deitou ao meu lado.

- Estou pensando em morar aqui - ele disse, e sorriu.

- Gostou do meu barraco é? - sorri quando senti ele me abraçar por trás.

- Barraco amor? - ele perguntou distribuindo beijinhos no meu pescoço me fazendo arrepiar - eu amo estar com você.

- Humm, que meloso - eu disse rindo, me virando de frente pra ele.

- Bem gay né? - ele disse, e nós rimos...

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