Nós ficamos prontos, então me despedi de minha mãe.
- Use camisinha - ela disse me olhando e em seguida olhando Antônio - coloquei seu anticoncepcional na bolsa, não se esqueça de tomar!
E fiquei com um pouco de vergonha, mas eu assenti e lhe dei um abraço. Antônio fez o mesmo, e nós fomos para o carro.
- Onde nós vamos? - perguntei o encarando.
- Você vai ver - ele disse, e deu o sorriso que eu mais amava.
O celular de Antônio começou a tocar, ele não atenderia devido ao trânsito, mas seja lá em era estava insistente. Resolvi olhar no visor, olhei e ali estava escrito, Paola, quem era Paola?
- Quem é Paola? - perguntei o encarando.
- Uma amiga minha da faculdade - ele disse e deu um sorrisinho mole.
Eu o encarei.
- Não vai atender? - perguntei.
Por fim, seu celular apitou chegando uma mensagem. Eu abri a mesma.
"Temos que marcar de nos encontrar. Paola."
Senti uma pontada de ciúmes, resolvi abrir a foto para ver quem era, e ela era simplesmente linda. Fiquei um pouco acanhada.
- Quem é na mensagem? - ele perguntou.
- Paola - eu disse.
Ele não respondeu ficando em silêncio.
São 3 anos de relacionamento, nunca tive qualquer tipo de problema, será, que agora irão aparecer?
O celular dele começou a tocar novamente. Ele olhou no visor e atendeu rapidamente.
- Oi tia... Sim, já estou a caminho... Merda! Não acredito... Tudo bem, não tem problema! Nós vamos mesmo assim - ele desligou e guardou o celular.
- Vamos conhecer a minha família hoje - ele disse e sorriu de lado.
Eu assenti. Não tinha o que dizer, eram sim 3 anos de namoro, mas nunca tive nenhum tipo de contato com a sua família.
- Vamos ter que mudar a rota, e ir pro sítio dos meia avós - ele disse e me olhou com um olhar triste - estragou meu final de semana.
- Oportunidades não faltarão - eu disse tentando reanimá-lo.
Nós fomos o caminho todo conversando sobre nós, sobre o nosso relacionamento, sobre o nosso futuro.
Com quase uma hora, nós chegamos ao sítio dos avós dele.
Assim que Antônio estacionou o carro nós descemos, reparei que o local estava um pouco cheio. Antônio abraçou minha cintura e me encarou.
- Ninguém vai te morder - ele disse sorrindo e eu assenti, nervosa.
- Isso não vai dar certo Antônio! - eu disse, convicta de minha palavra.
Nós fomos caminhando em direção à casa, os olhares foram direcionado a nós, até que meu olhar se cruzou com o da mãe de Antônio que veio rapidamente em nossa direção.
- O que ela faz aqui? - ela disse com um tom de voz um pouco alterado.
- Eu trouxe minha namorada para conhecer minha família - ele disse com o mesmo tom de voz que ela.
- Desde quando as meninas que você transa com frequência é sua namorada? - ela perguntou gritando, ela me olhou com desprezo.
- Não fala assim com a minha mulher, estou cansado disso! - ele disse, percebi a raiva em seu olhar.
- Você não vê? - ela me olhou - você está estragando a minha família, separando a nossa únicas, uma menina nojenta como você, não devia nem pisar no mesmo chão que nós!
Aquilo me atingiu de uma forma, que eu não tenho palavras. Senti meus olhos lacrimejarem.
- Não mãe, não é ela que está desfazendo nossa união, é você mesma! - ele disse.
E então, minha ficha caiu, a mãe de Antônio estava certa, quem sou eu?
- Chega! - eu disse, friamente - já estou cansada da birra que a senhora tem por mim, para de me me julgar. Você não me conhece, não sabe da minha história, nem muito menos quem eu sou! Eu não sou essas meninas que estão acostumados a lidar - eu disse mantendo a firmeza em minha voz - eu só tenho 18 anos, mas tenho mais cabeça que você e muitos outros que me julgam, eu não sou obrigada a aturar os seus dramas, nem preciso que você me aceite. EU ME ACEITO DO JEITO QUE SOU E NÃO PRECISO DA SUA ACEITAÇÃO PRA ISSO! Eu posso não tem dinheiro, posso ser pobre sim, mas eu tenho algo que você não tem, caráter! Só pensa na sua própria figura, no que vão pensar de você, não se preocupa com quem você é realmente!
Dizendo isso, eu virei as costas saindo dali, não sabia para onde eu estava indo, eu sabia que precisava chorar, mas não na frente deles. Fui caminhando rapidamente até um canto afastado do sítio, onde eu me sentei em uma pedra que havia ali e chorei, chorei tudo que eu não chorei com toda essa pressão.
Senti uma mão tocar o meu ombro, era um homem, de cabelos grisalhos e com os olhos claros, devia ser o pai do Antônio.
- Se o senhor veio me humilhar, tudo que já ouvi em três anos já bastou! - eu disse, secando minhas lágrimas.
- Na verdade, eu vim pedir desculpa pela minha esposa! - ele disse e suspirou - posso me sentar?
Eu assenti, e ele se sentou ao meu lado. Soltou um longo suspiro.
- Nem sei por onde começar - ele disse, e me encarou.
- Não precisa falar nada - eu disse, olhando.
- Preciso sim, minha esposa não tem limites. Ela não vê o bem do nosso filho, só vê o seu próprio bem - ele dizia.
Aos poucos ele foi se desculpando, e ele me mostrou sem o oposto da mãe de Antônio, e eu já sei de onde meu namorado puxou seu jeito doce.
Antônio se juntou a nós, ele encarou seu pai e em seguida me encarou.
- Não vai dizer que vocês brigaram também? - ele perguntou e nós rimos.
Ficamos um tempo ali conversando, até que uma mulher, linda por sinal, apareceu ali e nos encarou.
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O melhor de nós.
RomanceJá nem sei o que dizer, lembra quando tudo começou? Seu olhar beijou minha boca, e quando dei conta, o amor estava aqui dentro de mim! Relataremos a história de um casal, que terão que passar por vários obstáculos que a vida irá impor em seu relacio...