O melhor de nós.

CAPÍTULO 3

Acordei no dia seguinte, era tarde, me sentei na cama e esfreguei meus olhos. Antônio não estava do lado, ouvi o barulho do chuveiro.

- Antônio? - gritei.

- Já vou - ouvi o mesmo me responder.

Sim, ele ainda estava em casa. Olhei as horas, e já eram meio dia, ele estava completamente atrasado para a faculdade... Quando ele voltou pro quarto, enrolado na toalha, ele veio até mim e selou nossos lábios.

- Você está super atrasado - eu disse, sorri fraco.

- Perdemos a hora - ele disse e sorriu fraco - não vai dar tempo de chegar na faculdade.

Eu respirei fundo, me sentindo culpada.

- Desculpa - eu disse e sorri de lado.

- Não amor, sem problemas - ele disse - bom que podemos fazer um programa diferente hoje. Que tal sairmos pra jantar?

- Em plena quinta-feira? - eu perguntei.

- Ué Gabriela, eu quero sair pra jantar com você, poderia ser até segunda - ele disse, e eu revirei os olhos, nós rimos.

- O.k, eu vou - eu disse e sorri - não vejo a hora de começar a trabalhar, achei o salário até muito bom.

- Não vou poder te beijar a manhã inteirinha - ele fez bico e veio me abraçando - eu já te falei, que sempre que você precisar, eu estarei aqui pra te ajudar! 

- Antônio, quantas vezes eu já falei, e quantas vezes eu vou ter que repetir? - eu o encarei séria.

-  Eu sei, mas eu não gosto de ver você e a sua mãe trabalhar assim, nesses nossos três anos de namoro, você já foi despedida de uns 5 empregos ou mais - ele me encarava sério - sua mãe, trabalha, dia e noite, pra sustentar a casa. E eu? Entro onde? 

- Você entra na parte que me apoia, me dá todo amor e carinho do mundo, me motivando a não desistir - eu disse esboçando um sorriso fraco - além do mais, eu preciso de um dinheiro pra mim, e com esse salário, eu posso ajudar minha mãe com a casa, e me ajudar. Minha mãe tem que guardar o dinheiro dela pra ela, e se eu conseguir vou tirar ela dessa vida de empregada!

- Você vai conseguir, eu sei que vai - ele disse e sorriu - tá chegando nosso aniversário de namoro em.

- Três anos e nove meses - eu disse sorrindo - como passou rápido.

- Já sei o que podemos fazer, uma data especial, com dias especiais - ele disse sorrindo, e pegou a minha mão, e encarou nossa simples aliança de prata - eu amo você, sabia?

- Eu te amo, muito mais - eu disse sorrindo, e nós demos um beijo rápido, mas cheio de amor.

Ao fim do beijo, me levantei e fui para o banheiro.

NARRADO POR ANTÔNIO:

Meu relacionamento com a Gabi, era meio conturbado, cheio de complicações. Me olhei no espelho, e acabei sorrindo, coloquei minha cueca e minha bermuda, e ajeitei meu cabelo. Meu cabelo hoje estava um pouco mais claro que o normal, assim como o meu olho.

Me deitei, e fiquei encarando o teto.

Gabriela merece as melhores coisas do mundo, porque ela é tudo na minha vida, no nosso aniversário de namoro, vou leva-la para conhecer a fazenda da família. Falta mais o menos duas semanas, e eu quero surpreende-la, preciso ligar para os meus tios que moram lá, para eles me ajudarem. Fiquei ali, pensando, planejando, dando um jeito pra fazer tudo dar certo.

Acordei dos meus pensamentos, quando eu vi a coisa mais maravilhosa entrar no meu quarto. Minha princesa. Seu corpo moreno claro, havia curvas marcantes, um corpo, meio fora da realidade, perfeito na minha opinião, e não é papo de apaixonado. Estou com a Gabi a mais três anos, completamente vi sua evolução. Seu cabelo, liso, e escuro, seus olhos escuros, eu sempre me perdia ao olha-la. 

- Antônio, acorda - ela disse me olhando.

- Oi? - eu a encarei e sorri.

- Você tá viajando ai - ela disse e sorriu, ah, aquele sorriso.

- Você me faz viajar assim - eu disse, e sorri.

- Sei - ela me olhou, e riu.

Ela trocou de roupa, e eu fiquei observando cada detalhe daquele corpo que me tirava do sério.

- O que acha de irmos na praia hoje? - eu perguntei a encarando.

- Eu topo - ela disse e sorriu - só não posso ficar um torrão.

Nós rimos, e eu a puxei fazendo com que ela se deitasse comigo, ela se aninhou em meu peito, e eu fiquei ali fazendo carinho na mesma. Ela somente se afastou de mim, quando seu estomago reclamou de fome.

- Acho melhor irmos almoçar - eu disse sorrindo.