- Amor, abre você - eu disse saindo de frente ao computador, com o meu coração batendo a mil.
- Pra que ter medo? - ele disse e eu sorri de lado.
- Antônio, estamos falando da faculdade da minha vida - eu disse, e lhe mostrei minhas mão, que tremiam mais que vara verde.
- Tá bom - ele disse e riu, ele acessou o link e digitando o número da minha matricula. Virei de costas, na hora.
- Gabriela - ouvi ele me chamar - vem ver.
Quando parei de frente ao computador, meu estômago fez uma reviravolta, senti uma lágrima escorrer em meu rosto, eu simplesmente não tinha qualquer tipo de reação.
- Amor - ele disse, me acordando pra realidade - você conseguiu!
Ele me abraçou, tão apertado, que parecia querer afundar o meu corpo no seu.
- Eu consegui - eu disse com os olhos lacrimejando - eu consegui.
Eu pulei em seu colo, naquele momento, eu me sentia melhor pessoa do mundo. EU CONSEGUI! Posso gritar para todos, que sou capaz.
Desci do abraço de Antônio e corri para o quarto de minha mãe, eu sabia que ela já dormia, mas eu abaixei no canto de sua cama.
- Mãe, acorda, por favor - eu disse, a cutucando.
- O que foi minha filha? - ela dizia me olhando, e eu não pude conter minhas lágrimas - ai Meu Deus, Gabi, o que houve? - ela se sentou na cama, parecendo assustada.
- Eu passei mãe, eu consegui - eu disse, com um sorriso grande, encharcado de lágrimas.
Sua primeira reação foi me abraçar, um abraço que valia a pena.
- Eu sempre soube filha, sempre soube que você iria conseguir - ela dizia, sorrindo, me apertando em seus braços.
- Oras, porque estamos chorando, não é mesmo? - eu disse e sorri de lado - isso é uma coisa boa.
Sequei minhas lágrimas, e as de minha mãe.
- Temos que comemorar - ela disse, sorrindo.
- Também acho - ouvi a voz de Antônio e o encarei.
Minha mãe se levantou, e abraçou o mesmo. Ele ficou surpreso. Mas retribuiu um abraço, com um sorriso, maravilhoso.
- Obrigada, por ter ficado ao lado da minha filha, por não ter deixado a desistir - ela disse, e pelo tom de sua voz eu percebi que estava chorando.
- Não precisa agradecer, eu estarei aqui para tudo que precisar! - ele disse, sorrindo.
Minha mãe o soltou, e foi em direção ao seu guarda-roupa, e tirou umas sacolas e veio entregando para mim.
- Mãe, o que é isso? - perguntei.
- São... São presentes - ela disse sorrindo - nós temos direito a receber herança de seu pai, o advogado nos enrolou e só agora, a liberação, eu aproveitei e comprei uns presentes pra você, com uma ajuda excelente da Marina, e umas roupinha pra mim.
- Mãe, isso é ótimo - eu disse sorrindo - agora não vamos mais passar apertadas no fim do mês!
Ela concordou me dando um abraço apertado, eu sorri.
- Agora, vamos dormir - ela disse olhando as horas - amanhã, 5h eu já estou de pé!
Dei um beijo em sua testa, e ela se deitou. Nós a demos boa noite, e fomos para o meu quarto.
- Vou dormir aqui essa noite, o momento está pedindo - ele disse, e envolveu seus braços em minha cintura.
- Acho que podemos aproveitar da situação - eu disse sorrindo, e mordi meu lábios.
Ele me envolveu em um beijo feroz, me fazendo sair do chão. O toque de seu celular nos interrompeu, ele olhou no visor e atendeu.
- Oi... Tudo... Sim, onde vamos nos encontrar?... Tá bom... Boa noite - ele desligou e me olhou.
- Preciso ir - ele disse me encarando.
- Quem era? - perguntei encarando o mesmo, com uma expressão séria.
- Uma amiga - ele pausou - uma amiga faculdade me ligou pra gente terminar nosso projeto!
Ata! Aham!
- Tá bom - eu disse e me sentei na cama.
- Amanhã eu volto - ele disse, veio até mim e selou nossos lábios.
- Boa noite, minha futura médica - ele disse, sorrindo e saiu do meu quarto.
Eu permaneci ali, sentada, encarando o nada. Resolvi ligar pra Marina, liguei e contei a novidade, ouvi a mesma contar para sua mãe, e nós três vibramos juntas! Marina disse que viria dormir aqui em casa, que eu poderia me preparar.
Eu ajeitei o meu quarto, que estava uma verdadeira zona! Olhei as horas, eram 21h, me sentei na sala e fiquei esperando a campainha, que quando tocou eu corri para atender, e fui recebida por um abraço, um abraço protetor, que a minha melhor amiga sempre pode me dar.
- Ai Meu Deus - ela disse sorrindo - parece que você está com um ar de mais responsável, espera! - ela respirou fundo - ai minha amiga, minha bebezinha.
Marina, era apenas 2 anos mais velha que eu, e se sentia uma idosa. Ela era responsável, e fazia faculdade de engenharia, ainda estava no seu primeiro ano. Ela era cheia de compromissos com a clínica de sua mãe, ela a ajudava em tudo! TUDO!
VOCÊ ESTÁ LENDO
O melhor de nós.
RomantizmJá nem sei o que dizer, lembra quando tudo começou? Seu olhar beijou minha boca, e quando dei conta, o amor estava aqui dentro de mim! Relataremos a história de um casal, que terão que passar por vários obstáculos que a vida irá impor em seu relacio...