Cap.7

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Estava na minha casa sentada no terceiro degrau da escada, passei o dia inteiro no hospital, expliquei tia Lorrany sobre Lindsay. Possivelmente ela iria receber alta amanhã.

Fui tomar banho, vesti minha calça jeans e uma camiseta qualquer. Penteei meu cabelo, calcei meu All-Star, coloquei meu óculos e fui dar uma volta. Já era noite e a rua estava mais que deserta, nem os esquilos que vivem correndo por aqui não estavam presente. Estava ventando bem forte e eu já estava começando a ficar com medo. Pude ouvir alguns passos pesados, olhei para traz e vi um homem de capuz andando apressadamente, voltei a andar mais rápido, e conforme meus passos aumentavam os dele também seguiam o mesmo ritmo dos meus. Olhei de novo e ele estava de aproximando, quando fui correr- como a sorte estava super do meu lado- tropecei no meu próprio pé e caí. Senti alguém me virar rapidamente e quando achei que era alguém me salvando, não, era o homem.

-Oi gracinha- sua voz era grossa e além disso cuspiu enquanto falou

-Me solta! SOCORRO

Tentava me desvencilhar mas parecia que o pânico havia sugado toda força de meu corpo.

-Cala a boca porque se não vai ser pior!

-Não, sai- abri meus olhos e percebi que meu óculos havia caído

-Credo!- ele se levantou - Que praga você é?- ele gritou enquanto corria, tomou um tropeção que daqui eu vi seu nariz batendo com tudo no chão, mas no mesmo instante ele se levantou e voltou a correr.

Me sentei no chão e comecei a chorar, soltando soluços altos, assim como também começou a chover. Peguei meu óculos no chão, os coloquei e comecei a ir correndo no meio da rua em direção a minha casa, até ouvir uma buzina e sentir uma pancada forte na região da cintura. Fui emburrada com força para frente e caí batendo minha cabeça no asfalto molhado. Tentei me levantar mas a dor estava mais.

-Meus Deus, moça você está bem?- um rapaz tentava falar mais alto que o som da chuva

-Tirando a parte que fui atropelada, estou sim- falei ainda deitada e com a mão tampando meu rosto sobre o asfalto, doía muito.

-Vou ligar para a ambulância

-NÃO, NÃO LIGA

-O que você quer que eu faça então?

-Primeiramente!? Me ajude a levantar- assim que falei, o senti me puxando delicadamente, até me virar para cima e eu ver que era o garoto dos olhos azuis, o Christophe Irvine- AI AI AI

-Onde dói?

-Na cintura- coloquei a mão no local para ele vê- e na cabeça

-Vamos para o carro, a chuva está aumentando- ele falava enquanto eu colocava o braço ao redor de seu pescoço e ele me segurava delicadamente pela cintura me levando ate o lado carona do carro, mas antes de entrar eu parei

-Como vou saber se posso ou não confiar em você?

-Só vai saber se arriscar- ele me deu um sorriso torto e sem dizer nada  entrei no carro

Ele fechou a porta e foi correndo até o lado do motorista, quando entrou ligou o carro e o aquecedor.

-Olha, me desculpe, mas o que você estava fazendo no meio da rua?

-Fugindo

-De quê?

-Um cara tentou me agarrar, mas eu fugi

-Sério?

-Porque eu iria mentir?

-Sei lá, como vou saber se posso ou não confiar em você?- ele deu aquele sorriso torto de novo. Olhei para ele até perceber que eu havia falado aquilo minutos atrás.- Vou te levar ao hospital

A Garota dos Olhos NegrosOnde histórias criam vida. Descubra agora