A Garota dos Olhos Negros

Cap. 5

A encontro se debatendo no chão, e então ela desmaia

-Meu Deus, tia- digo me sentando ao seu lado e colocando sua cabeça em meu colo- Tia, fala comigo por favor- a sacudo, mas nada. Minhas lágrimas logo começam a chegar, comecei a me desesperar. Peguei seu celular que estava no bolso de sua calça e liguei para a Emergência.

-Centro de Emergência de Oglane, boa noite- falou uma mulher com a voz delicada.

-M-moça, minha tia está desmaiada no chão da cozinha da minha casa, e n-não sei oque fazer- digo entre soluços- Por favor me ajuda, eu só tenho ela

-Calma moça, olha vou te pedir que você me passe o endereço e vou mandar uma ambulância okay?

-Está bem- passei as informações necessárias

-Em 10 minutos a ambulância irá chegar a sua residência,mas por favor mantenha a calma

-Tá, obrigada- falo e desligo o celular- Tia fica comigo.

Coloco sua cabeça no chão com cuidado e vou a procura do meu óculos. Eu olhei na minha mochila, nada, subi ao meu banheiro, nada, em baixo da cama, nada. A sirene da ambulância já se aproximava, droga. Comecei a apressar, mas não achava. Fui encontra-lo ao lado da TV, mas não me lembro de ter colocado ali.

Ouço alguém bater na porta, deve ser os médicos. Coloco meu óculos e a abro.

Um homem loiro com a barba por fazer e com roupa de enfermeiro já ia bater novamente na porta quando eu a abri.

-Foi você que ligou para a Emergência?

-Foi sim- abro espaço e então eles entram. Depois de examina-la, eles a colocaram na maca e a leva para a ambulância. Na rua já tinha alguns olhares curiosos.

-Você vai acompanha-la?

-Vou sim- entro na casa correndo, pego sua bolsa que com certeza lá está sua identidade e tudo mais. Tranco a casa e me sento ao lado de sua maca no carro.

Quando chegamos no hospital, eles a levaram para a sala de exames enquanto eu fui fazer sua ficha.

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Eu estava sentada na sala de espera  que tinha só eu e um casal chorando, quando um médico mais brancos com os cabelos  já brancos vem até mim.

-Srta.Kestley?

-Sim- digo me levantando

-Sou o Dr.Augusto, tenho notícias da Sra.Kestley

-O que ela tem Doutor? Ela já está bem?

-Por favor, mantenha a calma. Fizemos uma porção de exames, ainda estamos esperando resultados

-Mas ela já acordou?

-Não, ainda não. Se você quiser pode ficar de companhia com ela no quarto.

-Quero sim

-Venha, vou te levar até lá

Sigo o doutor, passamos por corredores, subimos alguns degraus de escada, nossa esse hospital não parece ser tão grande por fora. Finalmente o doutor me mostrou a porta, então eu entrei. Ele me deixou lá e saiu fechando a porta. Ela estava tão branca com alguns tubinhos de soro em sua veia. O único som que ali havia era o bip dos aparelhos.

-Tia, não me deixe, por favor acorde- falo pegando em sua mão enquanto sinto lágrimas escorrerem sobre minhas bochechas. Ela não teve nem uma reação. Saí do quarto,me escorei na parede ao lado da porta e fui escorregando até me sentar no chão. Abracei meus joelhos e deixei que as lágrimas descessem.

-Moça?- ouço uma voz de criança me chamar- Porque você está chorando?

Levanto a cabeça e me deparo com uma garotinha

-Não é nada- digo colocando meus dedos entre o óculos e limpando as lágrimas.

-Mas ninguém chora a toa. Tudo tem um motivo

-Você tem razão. É a minha tia, ela não está muito bem

-Entendi, meu irmãozinho ficou igual você quando nossa mãe morreu

-Sinto muito

-Não sinta- ela se aproximou de mim e sussurrou em meu ouvido- eu ainda converso com ela, tem tanto tempo que não vejo meu irmão

-Como assim você ainda conversa com sua mãe? E porque você não vê mais seu irmão?- Ela ia me responder, mas duas enfermeiras passaram por mim e entraram no quarto em que tia Lorrany estava. Me levantei rapidamente e entrei no quarto.

-Está tudo bem senhora- ouço a enfermeira falar com minha tia que já estava sentada na cama

-Tia- digo me aproximando e pegando em sua mão

Ela deu um sorriso

-Isabelle

-Sra.Kestley nos vamos ir avisar o médico que a senhora acordou- as duas enfermeiras sai

-Nossa que susto tia- digo enquanto me sento em uma poltrona ao lado da cama- o que aconteceu?

-A única coisa que me lembro é que umas vozes começaram a sussurrar algo em minha cabeça, aí eu senti uma dor na cabeça e caí. Aí eu acordei aqui

-Vozes? O que elas sussurravam?

-Não me lembro- um silêncio invadiu o quarto

-A menininha- digo me levantando e indo até o corredor, mas ele estava vazio, então voltei para o quarto

-Que menininha?

-Tinha uma menina conversando comigo antes de você acordar, mas aí eu vi as enfermeiras entrando aqui e vim correndo sem nem me despedir.

-E como ela era?

-Tinha os cabelos castanhos que batia até o ombro, era clarinha, parecia ter uns 7 anos, usava um vestidinho parecido com camisola. Ela era uma gracinha

-Entendi. Isabelle porque você está de roupão?- Minha tia me olha dos pés a cabeça tentando segurar o riso. Olho para meu corpo e arregalo os olhos

-Meu Deus que vergonha- falo começando a rir- quando fui vê oque estava acontecendo eu tinha acabado de tomar banho, eu sai rápido de casa, nem me lembrei de trocar de roupa.

Ela respirou fundo tentando controlar a vontade de rir

-Você tem que ir para casa, tem aula amanhã

-O que? Lógico que não vou te deixar aqui sozinha, e nem sei o caminho do colégio

-Ei, eu estou em um hospital, eles vão saber cuidar de mim, e eu vou ligar para uma amiga minha e pedir para que ela te pegue em casa e te deixe no colégio

Quando eu iria abrir a boca para me defender, a porta de abre

-Olha só quem acordou- Dr.Augusto fala enquanto entra no quart0

-Olá doutor, Isabelle aqui está o dinheiro para você pegar um táxi- pego as notas e saio de cara emburrada.

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Cheguei em casa e fui limpar o chão da cozinha- tia Lorrany caiu, mas saiu puxando algo, que caiu e sujou o chão. Depois de limpar, fiz um sanduíche e comi. Como já estava tarde, subi para meu quarto, vesti meu pijama e dormi.

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Oin :3

Pessoas, como minhas aulas voltaram, não vai ser possível publicar um novo capítulo todo dia /= então peço as colaboração de vocês *-*

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