Prisão e Sequestro

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Matt e eu passamos a tarde toda juntos, sem ao menor se preocupar com o amanhã e depois de muito insistir deixei que ele me contasse a verdade. E eu não sabia o me dava mais raiva, saber que minha mãe mentiu pra mim, ou saber que o filho da puta do Kevin tinha feito mal a ela. Acho que fico com a segunda opção.

A noite ia caindo e ouvimos o barulho do carro de Jesse chegando, ele na verdade tinha sido um bom amigo...

- Não consigo gostar desse cara – Matt diz com desgosto-

- Ele tem sido muito legal...

- Mas já colocou as mãos em você, ele teve o que eu tenho

- Matt, ninguém jamais teve o que você tem, o que sou com você, nunca fui com ninguém

Dizendo isso consegui arrancar um sorriso de seus lábios enquanto ele me tomava em seus braços para um último beijo...

_*_

- Promete que não vai me deixar? – perguntei receosa-

- Eu prometo, isso vai acabar, eu vou dar um jeito de ele confessar, envio a gravação pro FBI e ai vamos ficar juntos.

Foi uma das coisas mais difíceis que já fiz, ao me despedir dele.... Parecia que uma parte de mim estava ficando, enquanto me distanciava com Jesse...

- Só você mesmo... – Jesse ria de alguma piada interna enquanto pegávamos a interestadual-

- O que foi?

- Tinha que ser você, a única mulher capaz de transformar um gay em hetero – ele ria-

- Não foi bem assim

- Pra falar a verdade eu sempre desconfiei que isso ia acontecer

- Ah jura? Sempre desconfiou que eu ia me apaixonar por um cara gay e fazer ele virar homem? – disse ironicamente, sem conseguir conter o riso-

- Não eu desconfiei de que você ia virar a cabeça desse cara quando conseguiu o papel, no dia em que te levei pra jantar, o jeito que ele te olhava, eu vi desejo, admiração e por mais que eu dissesse pra mim mesmo que o cara era gay, tinha alguma coisa que me falava que tava prestes a mudar.

Eu simplesmente não consegui responder Jesse, eu queria gostar dele no fundo, mas ele descobriu que me queria de verdade tarde demais, quando meu coração não pertenceria a mais ninguém.

_*_

(Narração Matt)

Nora agora sabia e entendia tudo que eu fiz, e com isso um peso enorme estava fora das minhas costas, mas agora eu tinha um desafio na minha frente, enfrentar Kevin com um gravador escondido... Fazê-lo confessar, e colocá-lo onde ele deveria esta á muito tempo, desde quando eu matei meu pai.

Assim que abri o portão da garagem notei algo estranho, a escuridão tomava conta da casa, nem as luzes do jardim estavam acesas. Aquilo estava cheirando merda, e das grandes. Sai lentamente do carro e contornei a casa pelos fundos. Com o canto do olho vi uma arma pousada em cima do balcão da cozinha e ouvi passos dentro da casa.

O filho da puta agora tinha resolvido me matar?

Voltei para o carro e peguei minha arma recém adquirida no porta-luvas e caminhei até a porta da frente.

Assim que abri me movi para o canto e tateei o interruptor, mas a casa estava sem energia. Eu teria que subir as escadas no risco.

Empunhei a arma na minha frente enquanto subia as escadas. Eu não ouvia mais as vozes, agora estava tudo em silêncio total. Podia ouvir meu próprio batimento cardíaco.

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