Fiquei olhando Alex parado na entrada da porta segurando o celular dele, não conseguia pensar em como ou no porque ela estava com o celular dele.
- Nora – Matt sussurrou apreensivo – não é o que você esta pensando.
De repente eu me senti fraca, me senti sem forças, como se um caminhão passasse por cima de mim. Eu tinha uma carreira, um filho pra criar, não podia ficar nesse jogo. Alex me olhava com uma cara divertida, ela estava adorando o que via. Eu não tinha forças pra gritar e ia desabar a qualquer momento.
- Sai da minha casa – Eu disse baixo – Os dois
Matt veio e colocou a mão no ombro, eu não me soltei.
- Nora – ele disse com a voz cheia de dor-
- Só por favor saiam, me deixem em paz – eu dizia o mais baixo possível, se eu falasse alto as lágrimas viriam de encontro-
Por um momento eu vi um traço de sentimento nos olhos de Alex, e então ela se virou e saiu. Matt saiu logo atrás, mas parou na porta.
- Nora, eu e a Alex não temos nada, nunca tivemos, ela me ligou, disse que... – e eu não deixei que terminasse fechando a porta –
Matt ainda bateu me chamou... Mas por fim desistiu.
Eu subi pro meu quarto e abracei o travesseiro, eu não podia viver assim. Eu estive disposta a perdoa-lo, eu mesma fracassei, mas não podia fazer disso meu lamento eterno. Eu estava cansada, era isso, toda a dor, todo o amor que eu sentia por Matt, estava me consumindo e eu não podia deixar que isso acontecesse.
10 dias depois...
Não voltei a falar com Matt, ele ligava para Nick e vinha busca-lo aos fins de semana. Também não voltei a ficar com Tom, Saímos às vezes e conversávamos a noite inteira. Ele entendia que eu estava me recuperando e não tentava nada.
Chegava o dia de viajar para Londres e gravar o Filme. Hoje eu teria que ver Matt, pois teria que deixar Nick com ele. Meu coração estava partido, não queria ficar tanto tempo longe do meu filho.
- Mamãe, mas você vai me ligar não é? – Nick estava parado na minha frente com os olhinhos vermelhos e eu tinha que me segurar pra não chorar-
- ah e você pensa que não? Mamãe vai te ligar a todo minuto e segundo e todo o tempo que tiver- Peguei ele nos braços e joguei na cama, fazendo cócegas, e então ele riu, uma risada gostosa.
Quando eu levantei, senti um calafrio percorrer minhas costas, me virei e vi que Matt estava parado, encostado no batente da porta, seus olhos azuis estavam marejados, se ele piscasse com força ia ser fatal. Nos olhamos pelo o que parecia uma eternidade. Se eu fechasse os olhos podia ouvir os nossos batimentos cardíacos. Nick estava sentado na cama nos olhando como se não entendesse o que fazíamos separados.
- Oi...
- Oi
Foi tudo que conseguimos falar e Matt desceu para colocar as coisas no carro, respirei fundo e fui logo atrás. Havíamos combinado por torpedo que ele me levaria ao aeroporto e eu ainda não estava muito confortável com a situação.
Foi um longo caminho até o aeroporto, Nick não parava de falar com Matt, que dava a mesma atenção. Eu ainda estava apreensiva, não conseguia dizer nada. A dor de ter Matt ao meu lado e a dor de deixar meu filho por três meses me fazia enjoar.
- Chegamos – ele disse tirando os óculos de sol e arrumando aquele cabelo maravilhoso, por um minuto fiquei boquiaberta.
- Que injusto – falei baixinho, mas acho ele ouviu, porque logo deu um sorriso de matar-
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DESEJOS PROIBIDOS
RomanceMatthews era absolutamente resolvido sobre ser gay. Mas vê tudo isso desabar quando conhece Nora. Sempre que está com ela, tudo que consegue pensar é em rasgar toda a sua roupa e fodê-la em cima da mesa do trabalho. Ele era casado e sabia que amava...