Capitulo 19 Ashley

157 17 2
                                    

Uma forte dor na cabeça faz meus olhos lacrimejarem, acabo soltando um gemido e tento abrir os olhos. Minha mente começa a funcionar lentamente. Abro os olhos, estou em um quarto no hospital, sozinha. Me apoio para tentar levantar e a dor fica aguda. A dor é insuportável e me impede de fazer qualquer som, levo ambas as mãos à cabeça... Por favor, alguém faz parar.

Ouço um barulho na porta, e gritos...

Que porra de hospital é esse? ... Se vira, Caralho... Você é pago para isso...

Fecho meus olhos e tudo reaparecem como um flash, Naithan e eu, juntos. Jeci chorando pelo Ryan... Henry e eu, em um quarto...

-Ash? - ouço a voz de Naithan.

O olho com os olhos cheios de lágrimas. Ele vem até mim e me abraça, o abraço forte e começo a chorar.

-Shhh, esta tudo bem.

Ele se afasta o suficiente para me olhar.

-Naithan... Eu me lembro agora.

-Se lembra do que? - pega minha mão.

-De tudo- tento não chorar- minha memoria voltou.

Vejo um maravilhoso sorriso aparecer. Naithan me puxa para um abraço, quando se afasta começa a beijar meu rosto.

-Isso é ótimo, amor-Naithan me beija, como se fosse a primeira vez que nos beijamos, senti borboletas no estômago e percebi que não quero, nunca deixar de amá-lo.

Ouço mais gritos do lado de fora, e percebo que é voz de Henry. Afasto-me de Naithan e seu olhar agora esta triste. Não consigo encará-lo mais, passo a língua nos lábios e olho para o chão.

-Estou morrendo, não estou?

-Não, Ashley. Você não esta morrendo.

Lágrimas escorrerem por meu rosto.

-Não precisa mentir Naithan- passo a mão no rosto- e nem dizer que vai ficar tudo bem, sabemos que não vai ficar.

Sua mão vem ao meu queixo, o levanta fazendo eu o olhar nos olhos.

-Eu vou dar um jeito, eu prometo.

Aceno mesmo não acreditando. A porta se abre e Henry entra. Ele parece furioso, mas seu rosto parece aliviado quando me vê. Naithan se levanta e Henry vem me abraçar. Ele me aperta e sussurra um "desculpa", te abraço de volta. Quando se afasta vejo o colar que supostamente era o que tinha perdido.

-Me desculpa, Ashley. Eu fiz de tudo... - ele tenta não chorar.

Balanço a cabeça e fecho os olhos.

- Do que eu preciso?- nenhum dos dois responde, olho Naithan.

Eles se olham e um doutor entra, Henry o olha.

- Acho melhor ter conseguido resolver a situação- Henry fala impaciente.

-Sr. Conner, eu tenho centenas de pacientes precisando de um transplante, estamos tentando fazer o possível.

O medico se vira para mim e posso ler o nome, Danny, em seu crachá.

-O possível não é o suficiente!

-Henry! - Naithan intervêm.

O Doutor anda até mim e pega em meu pulso.

- Como esta se sentindo?

-Minha cabeça esta doendo e estou com muito frio... Qual o meu problema?

Olho para Naithan e depois para Henry, seu olhar encontra o meu, mas ele vira as costas e sai pela porta.

-O tratamento não surtiu efeito, na verdade piorou sua situação. Ashley, você precisa de um transplante de medula, temos que achar alguém compatível com você.

Meu sangue gela e podia jurar que meu coração parou de bater por dois segundos. Começo a chorar.

-Enquanto aos meus pais?- tento falar.

-É muito difícil familiares serem compatíveis, mas como disse ao Sr. Conner estamos fazendo o possível.

Escondo o rosto com as mãos e volto a chorar, ouço um cochicho, mas mantenho as mãos no rosto. Sinto braços me envolverem e abraço de volta, Naithan mantém o abraço firme.

- Vou fazer o teste daqui a pouco, talvez eu seja compatível.

Afasto-me para olhar em seus olhos.

-E se não for? ... -limpo as lágrimas.

-Vamos encontrar alguém, eu não vou desistir, Ashley.

Abraço Naithan, e minha mente cria imagens dele sem mim o que me faz chorar ainda mais, não quero perder meu anjo loiro.

-Amo você- sussurro.

-Eu amo você, Ashley.

A porta se abre e meus pais entram, Naithan se afasta e prefere me deixar com eles. Minha mãe começa a chorar e me abraça. Posso ver que meu pai esta se segurando, mas despenca quando me abraça também.

- Quando vou poder ir para casa?

Minha mãe limpa os olhos, mas não consegue falar.

- Você não pode ir para casa filha- a voz de papai sua trémula- não podemos correr o risco de algo te acontecer.

Passo a língua nos lábios e balanço a cabeça.

-Jeci vai trazer algumas coisas para você- diz mamãe chorando.

Meus pais não puderam ficar muito tempo, mas disse que voltariam no dia seguinte. Uma enfermeira passou em meu quarto para ver se estou bem. Passei a noite inteira com febre o que não me deixou dormir, apenas tirar um pequeno cochilo. Mas não demorou ate que uma enfermeira me trouxesse o café da manhã. Faltando quinze minutos para o horário de visita o medico apareceu.

-Bom dia, Ashley... Trouxe noticias, e não muito boas.


Imperfect WayOnde histórias criam vida. Descubra agora