Capitulo 21 Ashley

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Meu estado piorava a cada dia. O medico me visitou todos os dias, sem falta. No segundo dia em que estivesse aqui, ele me trouxe noticia na qual nenhum parente possa ser meu doador, e que minha única esperança seria um doador anônimo. O que é ótimo, pois a fila de espera varia de um ano para frente, embora ainda não saibamos quanto tempo eu tenho.

Não tenho mais noites dormidas, a febre e as dores impedem. A ultima visita de mamãe me fez chorar, mas ela ainda tem esperança, assim como Naithan. Ele sempre trás palavras novas para me motivar, agradeço o esforço dele, mas nessa situação, acho difícil eu sair dessa.

Nesse momento, estou deitada sobre efeito do remédio, mas mesmo assim não consigo dormir. Ouço uma batida na porta e em seguida ela se abre, Colin aparece. De todos que conheço, só faltava ele aparecer.

- Oi, boneca- ele entra e beija minha bochecha.

Sorrio fraco.

- Oi, gato.

- Como se sente? Pronta para pular de paraquedas? - brinca ele.

Dou risada.

- Pronta para entrar em um prédio em chamas.

Ele da risada e passa a mão na barba por fazer.

- Sabe que não vamos perder você, não é?

Eu não queria voltar naquele assunto, então pensei em qualquer coisa para mudar de assunto.

- Como vai Jeci e você?

- Bem, eu acho- seu olhar fica preso no meu- ela é muito importante para mim.

Não consigo esconder o sorriso, sempre quis ver minha melhor amiga feliz, com alguém que realmente a amasse. E agora, estou presenciando isso.

- Você é muito bom para ela, Colin. Tenho certeza que vocês serão muito felizes.

Ele sorri, mas sua expressão muda rápido.

- Nem sempre fui bom para ela.

- O que quer dizer? - o olho desconfiada.

- Nada... Esquece.

Ele balança a cabeça. E muda de assunto. Eu queria muito saber o que aconteceu entre ele e Jeci, mas alguma coisa me dizia que ele não falaria absolutamente nada.

Ficamos um bom tempo conversando antes de anunciar que iria embora, se despediu e saiu. Mais ninguém apareceu no resto do dia, a não ser minha enfermeira com o almoço e remédios, por sorte consegui dormi umas 2 horas.

Não sei ao certo que horas eram quando ouvi uma batida na porta, ela se abriu e sorri ao ver Naithan com flores em uma mão e uma sacola na outra.

- Oi meu amor. -ele me beija.

- Oi - abro um sorriso- não precisava trazer flores.

- Precisava, não seria um encontro sem flores.

Olho confusa.

- Bom, estou no hospital, a não se que nosso encontro seja aqui.

Ele da risada, o tipo de risada que nunca me canso de ouvir e o tipo de risada que me faz rir junto.

- Sua boba, você vai poder sair... Mas depois você volta.

Claro que vou... Pelo menos vou ter a oportunidade de sair.

- O que tem na sacola?

Sua mão vai até ela, a carrega para mim e sorri. Seguro a sacola e a abro.

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