Meu estado piorava a cada dia. O medico me visitou todos os dias, sem falta. No segundo dia em que estivesse aqui, ele me trouxe noticia na qual nenhum parente possa ser meu doador, e que minha única esperança seria um doador anônimo. O que é ótimo, pois a fila de espera varia de um ano para frente, embora ainda não saibamos quanto tempo eu tenho.
Não tenho mais noites dormidas, a febre e as dores impedem. A ultima visita de mamãe me fez chorar, mas ela ainda tem esperança, assim como Naithan. Ele sempre trás palavras novas para me motivar, agradeço o esforço dele, mas nessa situação, acho difícil eu sair dessa.
Nesse momento, estou deitada sobre efeito do remédio, mas mesmo assim não consigo dormir. Ouço uma batida na porta e em seguida ela se abre, Colin aparece. De todos que conheço, só faltava ele aparecer.
- Oi, boneca- ele entra e beija minha bochecha.
Sorrio fraco.
- Oi, gato.
- Como se sente? Pronta para pular de paraquedas? - brinca ele.
Dou risada.
- Pronta para entrar em um prédio em chamas.
Ele da risada e passa a mão na barba por fazer.
- Sabe que não vamos perder você, não é?
Eu não queria voltar naquele assunto, então pensei em qualquer coisa para mudar de assunto.
- Como vai Jeci e você?
- Bem, eu acho- seu olhar fica preso no meu- ela é muito importante para mim.
Não consigo esconder o sorriso, sempre quis ver minha melhor amiga feliz, com alguém que realmente a amasse. E agora, estou presenciando isso.
- Você é muito bom para ela, Colin. Tenho certeza que vocês serão muito felizes.
Ele sorri, mas sua expressão muda rápido.
- Nem sempre fui bom para ela.
- O que quer dizer? - o olho desconfiada.
- Nada... Esquece.
Ele balança a cabeça. E muda de assunto. Eu queria muito saber o que aconteceu entre ele e Jeci, mas alguma coisa me dizia que ele não falaria absolutamente nada.
Ficamos um bom tempo conversando antes de anunciar que iria embora, se despediu e saiu. Mais ninguém apareceu no resto do dia, a não ser minha enfermeira com o almoço e remédios, por sorte consegui dormi umas 2 horas.
Não sei ao certo que horas eram quando ouvi uma batida na porta, ela se abriu e sorri ao ver Naithan com flores em uma mão e uma sacola na outra.
- Oi meu amor. -ele me beija.
- Oi - abro um sorriso- não precisava trazer flores.
- Precisava, não seria um encontro sem flores.
Olho confusa.
- Bom, estou no hospital, a não se que nosso encontro seja aqui.
Ele da risada, o tipo de risada que nunca me canso de ouvir e o tipo de risada que me faz rir junto.
- Sua boba, você vai poder sair... Mas depois você volta.
Claro que vou... Pelo menos vou ter a oportunidade de sair.
- O que tem na sacola?
Sua mão vai até ela, a carrega para mim e sorri. Seguro a sacola e a abro.
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Imperfect Way
RomanceDepois de sofrer um acidente de carro, Ashley se vê perdida por não se lembrar de nada, a aparição de sua família, ex namorado a faz temer em voltar para sua antiga vida. Naithan continua completamente apaixonado, e esta disposto a tudo por sua amad...