Segunda, 26 de agosto
Seis dias antes da Lua azulAcordei no outro dia ainda com o pensamento e a dúvida na minha cabeça: Porque meus tios me dariam uma chave de presente, e ainda mais uma que não servisse pra nada?
Depois de tomar café, fui arrumar uma ocupação pra passar o tempo; andar pela floresta.
Meus tios não gostam muito que eu faça isso, mas não teria mal nenhum, afinal, vivo nessa floresta desde pequena, a conheço mais que qualquer outra coisa.
Não muito longe de casa, eu parei um pouco e percebi que a árvore na minha frente era a árvore que tinhas as marcas.
Outro fato misterioso na minha vida: desde que eu tinha 7 anos, e já tinha o costume de caminhar pela floresta, eu encontrei uma árvore diferente; ela tinha marcas no tronco, eram como se fossem letras, ou algo parecido com uma escrita antiga. Algumas partes estavam gastas, como se o tempo a tivesse tirado.
VËL Ê - DË N - LU Z
Eu nunca realmente entendi o que era aquilo ou que significava, mas também não me importei desde então, até agora.
As marcas que estavam na árvore não eram apenas exclusivas delas, eu já as tinha visto em algum lugar e sabia onde era.
Peguei a chave no meu bolso. Mesmo a chave sendo velha ainda se conseguia ver as marcas nela, eram as mesmas na árvore, mas, os lugares onde, na árvore, pareciam ter sumido com o tempo, estavam visivelmente claros na chave. Apenas por impulso eu, com uma pedra, completei os traços que faltavam na árvore.
VËLLIÊ - DËNN - LUÕZ
Ficou bem igual á chave, mas mesmo assim não fazia sentido. Porque eu teria ganhado aquela chave? Porque essas marcas na árvore? Que ligação essa árvore e a chave têm? Tudo estava confuso, até que...
Algo parecia estar riscando o casco da árvore por dentro, que começou a rachar. Então o desenho de uma porta começou a surgir rente á arvore e a terra.
Logo, lá estava, uma rachadura do tamanho de uma mínima porta se abrindo na árvore. Eu pensei em correr, pensei em gritar, mas também pensei em olhar o que era. Então eu fiz. Empurrei a "porta" com o pé e me abaixei para espiar. Dentro não se via nada apenas que um clarão branco intenso.
Não sei se o que eu fiz foi o certo, se foi errado, só sei que entrei e tudo então mudou.************************
Dentro da árvore o dia estava iluminando tudo á vista. Notava-se, primeiramente, o grande castelo que, mesmo estando longe e no cume de uma montanha, percebia-se o quão antigo era.
Logo a minha frente se encontravam inúmeros vilarejos tanto quantas inúmeras pessoas. Todas elas pareciam ter sido vindas de uma era medieval antiga, onde usavam longos vestidos, xales e saias longas em tons pastéis.
Via-se também barracas, humildes vendedores com potes e panelas, velas e incontáveis objetos diferentes e especiais, podia-se ouvir o barulho das moedas de ouro sendo trocadas entre os comerciantes e os cliente por esses objetos.
Ao longe encontrava-se um rio que se estendia á imensidão daquele lugar aproximado com mais casas, campos, vilarejos e pessoas.
Era como se fosse uma cidade antiga, dos tempos desconhecidos onde as pessoas viviam em harmonia como se não houvesse nada além da li, como se aquela árvore que eu entrei tivesse muito mais que raízes e folhas.
Comecei a me aproximar mais das barracas e da população, inspecionando cada coisa, cada lugar, cada pessoa. Tinha que saber onde estava, tinha que saber o que era aquilo.
-O que uma bela moça tão desorientada faz por aqui? -Soou uma voz masculina atrás de mim.
Me virei e vi um menino um pouco mais alto que eu, praticamente quase da minha idade, vestido de acordo com o resto das pessoas. Ele me olhava em dúvida, como um fraco sorriso no rosto.
-Eu estou... Acho que estou perdida. Quero dizer, que lugar é esse? Onde eu estou?
Ele sorriu como se eu estivesse falando algo completamente sem nexo.
-Perdão, a senhorita não sabe onde está?
-Hum, não.
Ele abriu os abraços designando que eu olhasse em volta do local e mostrando a imensidão que estava diante dos meus olhos.
-Ora -Falou ele com os braços vastos ao céu. -Você está no Vale da Lua, é claro!!
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Princesa da Lua
FantasyLuna não é uma menina de 16 anos comum, ela tem algo especial. Toda noite em seu aniversário algo surpreendente sempre vem a acontecer; a Lua fica azul. Mas só ela consegue ver. Ela nunca soube o real motivo disso, até uma noite de aniversário em...