Capítulo 29

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Passados alguns dias, eu ainda não estava em mim.

Colocava a pulseira todos os dias, tinha as flores num vaso e um grande sorriso na minha cara.

Eu ainda me sentia mal por causa do Hayes mas tenho uma grande curiosidade de saber quem é este "X" e porque é que me está a mandar estes presentes todos.

- Sam? Estás a ouvir? Sam! - oiço alguém chamar. Pisco os olhos várias vezes e olho para o meu lado direito, vendo a Mikaela e a Anna a olharem para mim sérias.

- Sim.

- O que é que eu disse, então? - a Mikaela cruza os braços e cerra os olhos.

- Estás a ouvir? - respondo. Ela revira os olhos e continua a falar com a Anna.

- Nós estávamos a falar sobre quem seria o "X" - esclareceu.

- Oh. Alguma sugestão? - pergunto.

- Eu acho que é o Gilinsky - a Anna fala.

- Achas?! Eu nunca mais o vi, e acho que ele voltou para Nebraska.

- Então quem mais poderia ser, Sam?

- Não sei, não quero atirar os foguetes antes da festa.

- Deixa, nós vamos descobrir, nem que tínhamos de investigar as impressões digitais da carta.

...

A Anna, que tinha de sair com os pais, e a Mikaela, que combinou uma saída com o Nash, acabaram de sair da minha casa. Suspirei.

Sentei-me no sofá da sala e olhei para a televisão, agora apagada.

De repente comecei a pensar nas palavras que o Hayes me disse.

Sam... - começa.

Eu e o Cam fizemos as pazes.

Foi uma aposta, Sam. Só isso.

Abanei a cabeça negativamente e uma pequena lágrima caiu do meu olho esquerdo.

Eu amo-te

Foram as últimas palavras antes de algumas lágrimas caírem dos meus olhos. Subi os meu joelhos para junto do meu corpo e chorei ainda mais até ser interrompida pelo telemóvel.

Fungo e limpo as minhas lágrimas com as costas das mãos s atendo a chamada.

- Es-estou? - gaguejo, sem querer.

- Sam, querida? Estiveste a chorar? Está tudo bem?

- Mãe... Preciso de falar contigo, urgentemente.

- Mas está tudo bem? Sam, estás a preocupar-me...

- Não, não está tudo bem. Achas que consegues vir cá hoje, depois do trabalho?

- Posso ir agora, filha. Adoro-te e até já.

- Adeus, mãe - despeço-me. Deixo o telemóvel cair ao meu lado e encosto a cabeça no sofá ao mesmo tempo que fecho os olhos calmamente.

...

A campainha toca. Instantaneamente abro os olhos e, de seguida, esfrego-os com as costas da minha mão.

O meu irmão vai abri a porta e entra a minha mãe, visivelmente preocupada.

- Sam? Querida? Está tudo bem? - pergunta assim que se põe a minha frente.

- Bem, eu tenho de ir à casa do Nash. Adeus meninas - o Cam intervém. Eu e a minha mãe acenamos e ele sai de casa.

- Eu tenho muito para te contar - começo.

My brother's best friendOnde histórias criam vida. Descubra agora