Capítulo 30

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POV Hayes

- Eu nem acredito nisto! E onde arranjaste aquele dinheiro todo?!

- Soube a palavra passe da mãe e tirei de lá o dinheiro - expliquei.

- O quê?! Se a mãe descobrir, mata-te! - o Nash avisa-me.

- Eu sei, mas eu fiz isto à mulher que eu amo. Valeu a pena.

- Hayes, quando a Sam descobrir que és tu a mandar estes presentes, ela mata-te também.

- Eu sei...

- E tens de arranjar coragem para dizer que ainda a amas e que estás a enviar estes presentes todos...

- Eu sei, Nash! Mas eu ainda não consigo... Pode parecer cobarde mas não consigo.

- Tu é que sabes. E se ela descobrir antes de dizeres? Como achas que ela vai reagir?

- Honestamente, não faço a mínima ideia. Esperemos, que seja uma reação boa.

- Esperemos - disse e fez um pequeno sorriso - bem, eu tenho de ir ter com a Mikaela. Fica bem, meu.

- Obrigada e igualmente - acenou e saiu de casa.

Já nem sei o que fazer da minha vida. Só de pensar que ela odiava-me e que a nossa primeira conversa foi simplesmente a maior parvoíce de sempre...

- Olá...

- O que é que tu queres?

- Porque é que tu me odeias tanto ?

- Não te interessa.

A razão por ela me odiar...

- Se tu não me dizes nada quer dizer que gostas de mim.

- Estás muito enganado, meu caro.

- Então conta-me a verdade.

- Está bem. Eu odeio-te porque és um idiota. Não sabes o que é o amor verdadeiro e se quisesses dormias com todas as raparigas da escola cada noite. As miúdas são tão cegas, não vêm o idiota que te formaste. - e dou costas.

E o nosso primeiro beijo...

A noite em que o Cam ficou bêbado e nós ficámos a dormir lá...

O nosso segundo beijo por causa de uma blusa...

Ela de roupa interior...

O nosso terceiro beijo...

O baile...

As nossas confissões sobre o nosso amor...

Quando ela descobriu a verdade...

E a nossa discussão...

Eu nem acredito que fui tão parvo. Suspiro e subo as escadas. Vou direto à casa de banho e fecho a porta.

Olho-me diretamente no espelho.

- Como foste acabar seu idiota?! Estragaste tudo seu estúpido! - gritei contra o espelho.

- Eu amo-a e estraguei tudo... Eu amo-a e estraguei tudo... Eu amo-a e estraguei tudo... - repetia vezes sem conta. Olhei para mim novamente e uma pequena lágrima caiu-me.

Limpei-a rapidamente e desci as escadas, sai de casa e fui diretamente à casa da Sam e do Cam.

- Preciso de lhe contar...- repetia enquanto guiava até à casa daqueles dois.

Assim que estacionei o carro à frente da casa, respirei fundo e comecei a dirigir-me para a porta de entrada.

- Vou já! - ouvi uma voz feminina após ter batido na porta. Sam.

My brother's best friendOnde histórias criam vida. Descubra agora