Toda baixinha tem seu gigante perfeito - Nova Versão

Duda

Alguns dias se passaram eu e o Lucas continuamos a nós encontrar, cada vez que nos vemos as coisas começa a esquentar, estou fazendo meu dever de casa quando recebo uma mensagem do Lucas.

Bom dia baixinha;-)
    Lucas.

Bom... Tudo bem?
     Duda

Sim, quer sair comigo agora?
Vou visitar minha mãe
    Lucas.

O que houve com sua mãe?
    Duda

Ela foi internada as pressas!
Ela quer muito ver você...
    Lucas.

Tá bom, estarei lhe esperando..
    Duda.

Paro de digitar, já tem alguns dias que dona Eloisa não está bem, da última vez que eu a vi, ela estava bem debilitada e precisou ser internada várias vezes, mas ela sempre recebia alta, pelo que entendi ela está internada de novo.
Coloco uma roupa, pego minha mochila que do hospital possa ser que eu vá direto para escola, estou na sala esperando o Lucas, não demora muito ele toca a campainha, abro a porta e dou um abraço nele.

— Como você está? — pergunto preocupada.

— Se eu falar que estou bem você acredita em mim?

— Não, eu imagino quão mal você deve estar Lucas, sua mãe é tudo para você.

— Sim, bom não vamos pensar em coisa ruins, agora é a hora de pensar positivo.

Pelo menos ele é muito otimista, vamos até o carro o caminho todo foi em silêncio, quando chegamos vamos até a entrada, eu estou observando cada movimento no hospital, meu pai trabalha nesse hospital, solto um suspiro e vamos até o quarto onde dona Eloisa está.

— Que bom que vocês vinheram — dona Eloisa fala com a voz falha.

— Dona Elo, como a senhora está? — pergunto.

— Só um pouco fraca, mas bem — ela fala — Lucas, você cumpriu sua promessa.

— Por você mãe eu faço de tudo — Lucas responde.

Dona Eloisa sorri, ficamos conversando com ela até que meu pai adentra do quarto, ele abre um sorriso e fala.

— Olá minha paciente favorita, é bom ver vocês todos juntos, vamos fazer mais uma seção de quimioterapia?

Dona Eloisa sorri, mas o sorriso é triste, meu coração sente um aperto, ficamos conversando com ela por um tempo até que acaba o horário de visita.
Precisamos sair, eu estou me despedindo da dona Elo quando ela fala em meu ouvido.

— Meu filho está feliz, isso me deixa feliz, você é tudo o que eu sonhei para ele, obrigado de verdade Duda.

Ela está com um sorriso verdadeiro em seu rosto, fico feliz em ouvir isso, saímos do quarto e vamos para a pracinha mais próxima, estamos tomando sorvete olho no relógio, já estou muito atrasada para aula.

— Nossa eu estou muito atrasada — falo — será que você pode me dar carona até a escola?

— Porque você não falta hoje, assim podemos ficar mais tempo juntos — Lucas fala.

— Querendo que eu cabule?

— Se você quiser é claro...

— E o que iríamos fazer?

— Alguns amigos vão se encontrar mais tarde, você quer ir comigo? Nós vamos só jogar conversa fora.

— Claro, melhor você me levar para casa, será rápido só vou trocar de roupa.

Assim fazemos quando chegamos em frente a minha da minha casa, vejo um carro diferente, desço do carro do Lucas e faço sinal para ele me esperar, eu reconheço esse carro e não posso acreditar que ela está aqui, abro a porta de casa, como eu já havia imaginado é ela, minha mãe está aqui.

— Duda como eu senti sua falta — ela fala.

— Eduarda o que faz em casa essa hora? — meu pai pergunta assustado — pensei que estivesse na escola.

— Eu não fui para escola hoje — respondo — eu não senti sua falta mãe, para ser sincera eu já havia me esquecido que tinha uma.

Subo as escadas correndo, pego uma muda de roupa e me troco, lá embaixo esta o maior silêncio, me olho no espelho vejo que estou bem arrumada, solto um suspiro desço para sala, meu pai esta me olhando, ele  pergunta com tom de bravo.

— Onde você vai Eduarda? 
— Vou sair com o Lucas — respondo.

— Você deveria estar na escola.

— Não estava afim de ir a escola hoje, enquanto essa mulher estiver aqui, eu vou ficar com o Lucas.

Abro a porta e algumas lagrimas cai sobre minha face, seco as imediatamente e vou até o carro, Lucas me analisa com um olhar meigo e compreensivo.

— Ei baixinha o que houve? — ele pergunta. 

— Nada, onde vamos encontrar os seus amigos?

— Você vai ver, eles são diferentes, mas são legais.

Percebo que estamos nos afastando da cidade, quando chegamos em um lugar muito afastado, percebo que tem dois carros e uma  moto encostado, nossa com toda certeza esses amigos do Lucas devem ser muito influentes.
Lucas abre a porta do galpão e algumas garotas me puxam para perto delas, fico observando Lucas com uma latinha na mão e prestando atenção na conversa dos seus amigos, as garotas estão falando de seus parceiros e do nada eu e o Lucas viramos assunto.

— E você Duda, a quanto tempo está com o Lucas? — uma Loira peituda pergunta.

— Algumas semana — respondo.

— Até a onde já chegou? — uma morena pergunta — eu ouvi dizer que ele é de outro mundo na cama.

— Bom, acredito que oque eu e o Lucas fazemos entre quatro paredes, não lhe diz respeito.

— Nossa que grossa.

Eu não sou obrigada a ficar aqui e ouvir essas vadias dando em cima dele na minha cara, peço licença me levanto, vou até onde Lucas está, percebo que eles estão falando algo muito serio que o Lucas fica com cara de bravo, todos eles tem uma tatuagem no pescoço como se fossem uma gangue, pego a latinha da mão do Lucas, tomo um gole dou um beijo em sua boca, fico na ponta dos pés me aproximo do seu ouvido e fala.

— Estou te esperando no carro.

— Está bem, eu já estou indo.

Saio indo para o carro, será que aquilo que o John disse na festa é verdade? O Lucas é mesmo um bandido? Eu não acredito nem um pouco nessa historia, só conversando com o Lucas para ter certeza.