Lucas/Duda

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Lucas On

O dia já estava amanhecendo eu continuo sentado esperando uma resposta, essas algemas estão apertadas, solto um suspiro como será que a Duda está? Espero que ela já esteja segura na casa dela.
A porta da sala se abre, me viro para ver quem é, com toda certeza deve ser o delegado, ele me olha de cima a baixo.

— Por que eles está algemado? — o delegado pergunta para um policial — soltem ele agora.

Um policial vem em minha direção, retira as algemas, passo a mão em cima do pulso massageando levemente, está um pouquinho roxo por conta das algemas.

— Será que agora vão me contar por que eu estou sendo mantido aqui? — pergunto.
— Senhor Marchetti peço desculpas pelo ocorrido — o delegado fala — me chamo Otávio Medeiros, sou o delegado que estava investigando o caso da sua irmã Violetta Marchetti.
— Esse caso foi arquivo a algum tempo.
— Sim, mas eu reabri o inquérito, descobrimos três culpados pelo o que aconteceu com a Violetta, só  estávamos esperando a chegada do último suspeito.
— Ele chegou?
— Sim, acabou de chegar — o delegado fala  — Lucas eu tenho protocolos a seguir, eu vou deixar você ver eles, mas você não pode fazer nada.
— Eu não vou fazer nada.

Sigo o doutor até outra sala, os três suspeitos estão de costas, quando começa a se virar vejo que dois são paus mandados do Felipe, mas a minha raiva brota quando eu vejo Paulo, seu olhar é frio sem medo de nada.
Eu sabia que ele estava estranho desde a minha última viagem, Paulo fez tudo de mal para minha irmã, depois teve a audácia de continuar a fingir ser meu amigo.
Sorte dele que tem um vidro de proteção para ele, porquê com toda certeza se não tivesse, o Paulo iria estar fundido na minha mão.

Duda on

Voltar para São Paulo sem o Lucas foi horrível, eu quero estar em seus, quero seus beijos, entro em casa está um silêncio profundo, vou direto para o meu quarto.
Desfaço minha mala, preciso de um banho, minha mente está tão cheia, espero que o Lucas esteja bem.

— Duda você está aí cima? — ouço meu pai me chamar.
— Sim pai, já estou descendo.

Vou para sala e o abraço, ele devolve o abraço, meu pai ele é um pouco meio chucro, ele não gosta muito que eu fique o abraçando.

— Como foi a viagem? — ele pergunta.
— Bom foi ótima -— respondo.
— Pensei que você só iria voltar daqui alguns dias!
— Lucas precisou resolver algumas coisas na cidade, por isso voltamos antes.

Fico em silêncio, meu pai também não parece muito afim de conversar, decido ir para o meu quarto, me jogo na cama, poxa o Léo ainda aí me deu nenhuma notícias do Lucas, será que ele está bem? Será que o prenderam mesmo sendo inocente? São tantos pensamentos que acabo cochilando.
Acordo com meu celular tocando, levanto passo a mão no criado mudo, pego meu celular, olho para tela vejo o número do Lucas, esfrego meu olhos atendo percebendo que não é uma alucinação.

— Lucas — falo meus olhos se enchem de lágrimas — como você está?
— Duda meu anjo, não chora não — Lucas responde — eu estou bem, mas eu quero saber de você? Como você está? Chegou bem?
— Sim, a viagem foi longa o Léo disse que era melhor virmos de carro, mas e você Lucas o que aconteceu?
— Foi engano, mas isso não importa, agora os culpados da morte da Villu vão pagar pelo que fizeram a ela.
— Lucas do que você está falando?
— Prenderam o Paulo porque ele estava envolvido com o homicídio, aquele desgraçado frequentava minha casa, se eu pudesse o mataria.
— Não fale nem de brincadeira Lucas — o repreendo — quando você volta?
— Duda eu vou ficar uns dias aqui, você se importa? Eu preciso por minha mente no lugar.
— Tudo bem Lucas, leve o tempo que precisar!
— Obrigada Baixinha, saiba que eu te amo muito.
— Eu te amo Lucas.

Desligo o celular com meu coração aflito, espero que esse momento em que o Lucas quer ficar sozinho passe logo.

Toda baixinha tem seu gigante perfeito - Nova VersãoOnde histórias criam vida. Descubra agora