Capítulo 22

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Nanda: Eu não tenho nada a ver com o que meu pai te fez

Rogério: Tem sim. E muito.

Eu não entendi quando ele olhou para minhas roupas me olhou sério. Foi até elas e pegou as chaves e o papel que estava no meu bolso.

Rogério: Aonde você encontrou isso?

Nanda: Não te interessa

Rogério: Isso aqui iria levar você a toda a verdade, sobre todas as pessoas ao seu redor

Nanda: Por que iria?

Rogério: Por que não vai mais

Ele veio até a mim e se abaixou e quando levantou-se apontando uma arma para minha cabeça.

Rogério: Acabou Fernanda.

Fechei meus olhos e chamei por Deus. O único que me protege e nunca me abandona.

*****

Senti uma angústia e abri os olhos em um pulo. Rosa estava do meu lado desesperada. Então isso não passou de um sonho? Aliás, um pesadelo. E um dos piores que já tive em toda a minha vida.

Rosa: Nanda, você tava gritando que deve ter acordado o prédio inteiro. O que aconteceu meu amor?

Nanda: Tive um pesadelo Rosa.

Rosa: E pelo jeito foi horrível. Olha como você está suada

Passei a mão na minha testa e estava muito suada. Minhas pernas tremiam e me deu uma vontade de chorar ao lembrar do pesadelo horrível.

Nanda: Rosa, meu pai me abusou sexualmente, me torturou e me matou. Eu fiquei desesperada

Rosa: Meu deus.

Ela me abraçou e eu me controlei mais um pouco. Minha cabeça está a mil. É tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo. E por qual motivo ele falou que com as chaves e o papel eu iria descobrir tudo? Tudo o que? Será que os sonhos realmente são verdadeiros? Será que eu devo acreditar?

Eu sempre fui alheia a essas coisas. Nunca acreditei em signos, em sonhos e nada do tipo. Não vou me preocupar com isso. Sonhos não tem nada a ver e eu não vou acreditar. Por que isso não vai acontecer de verdade. Foi apenas um sonho e já acabou.

Rosa: Vou pegar um copo de água pra você

Nanda: Não precisa. Vou para meu quarto

Rosa: Tem certeza?

Nanda: Sim. Obrigado Rosa

Sai da cama e fui pro meu quarto. Peguei meu celular e liguei pro Henrique.

Início da ligação

Henrique: Nanda?!

Nanda: Henrique por favor, vem aqui pra casa - Falei com a voz de choro e meio tremendo, pois meu choque ainda não passou.

Henrique: O que aconteceu? Você ta chorando? - perguntou preocupado

Nanda: Eu tive um pesadelo horrível Henrique.

Henrique: Ah Nanda, você me acorda as 4 horas da manhã pra dizer que teve um pesadelo?! - falou irônico. Mais que idiota. Nem se quer perguntou o que foi - Por favor Nanda. Vai dormir

Nanda: Então é isso que você me diz? Tá bom Henrique. Tchau!

Desliguei na cara dele e meu sangue ferveu. Ele nem se quer perguntou se eu estava bem. Não sou mais criança para ter pesadelo besta. Se eu liguei era por que era sério e eu tô com medo mesmo. Nem quando eu era pequena eu tive pesadelos dessa forma. E ainda tem coragem de mandar eu ir dormir que foi só um sonho. Depois não sabe porque eu fico com raiva. Eu sou extressada mesmo.

Entre o bem e o malOnde histórias criam vida. Descubra agora