Capítulo 30

784 49 12
                                    

Depois de toda a bagunça que a gente fez, os meninos saíram e as meninas foram arrumar a cozinha.

Mel: Lindo pra sua cara, a gente aqui morrendo pra limpar essa sujeira toda e você ai sentada olhando pra gente

Nanda: Eu tô grávida

Lore: Gravidez não é doença meu amor - deu pra sentir o sarcasmo?

Nanda: Nossa Lorena. Vi daqui o veneno escorrendo na sua boca 

Lore: Vai tomar .. que dizer, vai pegar um rodo e ajudar a gente a tirar a água

Nanda: Ah  vagabunda - peguei o rodo e comecei a ajudar elas. Depois de ter limpado tudo, eu estava literalmente moooorta .

As meninas saíram e eu fui tomar um banho pra relaxar. Enchi a banheira que tinha no quarto do Henrique com água morna e tirei minha roupa entrando em seguida.

Minha barriga ainda estava tão pequena para dois meses que nem dava para perceber. Eu nunca vou ser para o meu filho, a mãe que eu tive. Independente de qualquer coisa, eu irei da amor e carinho.

Queria tanto ter uma mãe do meu lado, para dividir esses momentos importantes, paea me ajudar, para me da concelhos, e está do meu lado. Comecei imaginar o sexo do meu filho. Será que ele vai parecer com quem? O papai ou a mamãe?
Sorri pensando como será daqui pra frente, como será depois que ele ou ela nascer.

Estou tão nova, pensava em estudar, fazer minha faculdade e curtir minha vida de solteira ao lado dos meus amigos. Minha vida deu um giro de 360° . Tudo está diferente, tudo mudou. Mas eu não vou desistir dos meus sonhos. Estou gravida, estou morando em um morro com um dos maiores traficantes, mas isso não quer dizer que eu esteja morta, ou que eu esteja sendo impedida de ir atrás dos meus sonhos.

Não existe nada pior do que você depender de um homem para te bancar. Eu sempre tive tudo porque meus pais me davam. Hoje não tenho eles e preciso correr atrás. Não vou ficar o resto da vida sendo bancada pelo Henrique. Não que eu não queria está com ele, óbvio que eu quero um futuro com ele, mas o pra sempre nunca existiu. Eu não sei vou está com ele daqui um ano, daqui um mês, nem se quer se vou está com ele amanhã. E agora eu vou ter um filho, minha responsabilidade é dobrada.

Vivo em um mundo onde o meu namorado pode ser morto a qualquer momento.

Comecei pensar na hipótese, e cheguei a conclusão que eu preciso trabalhar. Não só pelo dinheiro, nem pela minha "garantia", mas também para ocupar minha mente. Logo vou correr atrás disso.

Terminei meu banho e vestir um vestido solto para me sentir mais confortável.

Meu telefone tocou e era número desconhecido. Resolvi não atender. Tocou mais três vezes e na quarta eu não resistir.

Ligação On

- Pensei que não iria me atender

Nanda: Meu deus do céu, não acredito. Matheus minha bicha safada - gritei de tanta felicidade que eu sentia naquele momento só de ouvir a voz dele. - Quanto tempo que você não me liga seu filho da mãe? Esqueceu das amigas, parabéns.

Matheus: Jamais iria esquecer de vocês, só que é difícil conseguir ligar para o Brasil

Nanda: Isso é motivo? Não. Isso não é motivo. A gente aqui morrendo de saudade, mas não sabemos nem se você está vivo

Matheus: Vira essa boca pra lá coisinha. Eu também estava morrendo de saudade de vocês. E as meninas, como estão?

Nanda: Todo mundo bem. A Mel terminou com o Bernardo, a Lore ainda está na mesma com o Miguel, e eu tô aqui com Henrique

Entre o bem e o malOnde histórias criam vida. Descubra agora