Capítulo 24

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1 mês depois

Mano, minha vida está uma bosta. Eu não aguento mais viver na casa da Mel. Os pais dela quer me controlar, sem contar que é muito chato viver na casa dos outros. Imagina, esses dias o Henrique foi lá, e eu contei que era meu namorado, e quando eles ficou sabendo de onde ele era começaram a me encher e eu não vou aceitar isso. Eu sei que tô morando de favor mas não sou obrigada a ouvir sermão deles. A Mel não quer nem saber do Bernardo. Ele me diz que gosta dela, mas nos bailes pega todas e todo dia tá com uma diferente.

Meus problemas só aumentam. O Gabriel foi na boca esses dias e eu tava lá sozinha. Ele ficou com uns papos pra cima de mim e por sorte o Henrique chegou. E sim, agora eu tô ficando no escritório da boca ajudando Henrique a fazer algumas coisas quando não estou na escola. Infelizmente, tive que voltar a estudar. É um inferno, mais só falta 2 meses para acabar o ano e eu me livrar daquela escola. Não suporto mais olhar pra cara a Karina, Sabrina e as pau mandado delas, ultimamente elas estão mais insuportável que o normal.

Agora é só eu, a Mel e a Lore. Matheus foi embora para Nova York, e nos deixou. Não quero perder jamais o contato com ele, apesar que não nos víamos mais frequentemente, ele é meu grande amigo, e já tô sentindo uma falta imensa dele.

Henrique teve que viajar pra São Paulo e eu que tô "tomando conta" das coisas da boca. Tô aqui sentada olhando pro nada e pensando na minha vida. Me assustei com um barulho de foguete e me levantei pra saber o que estão comemorando. Sai na boca pra e tava uma correria.

Nanda: Ei - Chamei um vapor que ia passando correndo com uma arma

Vapor: Fala ai dona

Nanda: O que que tá acontecendo que soltaram foguete?

Vapor: É invasão. Os verme tão botando pra quebrar - pisquei algumas vezes tentando assimilar o que ele me disse já que não sabia quem é esses verme que ele fala, ele parece que entendeu por que me olhou e riu- os vermes são as polícias que quer combater tráfico e tá tentando invadir o morro - completou e saiu e eu voltei correndo pra dentro.

Henrique me disse poucas coisas sobre o morro. No meu ponto os policiais estão certos né, mas nessa vida que eu estou vivendo agora, o bem e o mal se misturam e eu não sei mais nem o que é certo e errado, então não posso dizer nada. O jeito é ficar do lado do Henrique e defender um tal de A.D.A até a morte. Ainda não sei muito bem dessas coisas, mas não tenho tempo a perder, peguei um radio que ele me deixou e chamei o BW.

Início da ligação

BW: Manda o papo Nanda

Nanda: Corre aqui na boca agora BW

BW: Nanda, a gente tá no meio de um combate e você quer que eu vá na boca?

Nanda: Anda logo BW, do 5 minutos pra você aparecer aqui

Desliguei e fiquei andando de um lado pro outro enquanto ele não chegava. Parecia uma eternidade, mas enfim ele apareceu na porta.

BW: Fala logo Nanda

Nanda: Me explica o que tá acontecendo e o que eu tenho que fazer - olhei pra ele séria e ele deu uma gargalhada.

BW: Você tá de brincadeira né?! O que você tem que fazer é trancar a porta e ficar quieta aqui dentro

Nanda: Fala logo BW, eu não tô brincando

BW: Você não vai Nanda

Nanda: Eu vou sim. Você não manda em mim. E vai falar ou eu vou ter que descobrir sozinha?

BW: Eu não vou me responsabilizar por nada. - eu balancei a cabaça positivamente e ele continuou. Não sabia que ele tinha tanto medo do Henrique assim. Ele me explicou tudo e eu ouvi pegando os mínimos detalhes.

Entre o bem e o malOnde histórias criam vida. Descubra agora