Parei por um momento e fiz com que a limusine parasse bruscamente. Quando me virei para olhá-lo, era o homem de preto com quem eu havia esbarrado na pista do clube.
Fitei-o com os olhos cerrados.
- Diga ao seu patrão que eu volto sozinha.
Ele insistiu descendo do carro:
- Senhorita, por favor, entre, eu a levarei em segurança, essas ruas são muito escuras e a senhorita vai levar uma hora até chegar lá.
- Eu agradeço sua preocupação senhor... - Inclinei meu corpo para ver seu nome bordado no terno, que por sinal era de um bom corte fino. - Pierre. - Dei-lhe um sorriso sarcástico e continuei minha longa caminhada.
Vinte minutos caminhando e pensando como burra eu fui em não perceber que o meu Deus grego era o tal famoso Phillip Santolli. O homem que me fez delirar, que me tirou do meu estado normal, como ele podia ser tão nojento, sem escrúpulos, novamente senti meu estômago se revirar dentro de mim. Fui desperta de meus pensamentos com um carro entrando em minha frente, no mesmo momento senti todo meu corpo gelar.
Quando ele desceu bruscamente do carro deixando a porta aberta e vindo ao meu encontro, mais uma vez não tive reação alguma. Que ódio eu sentia de mim quando se tratava do meu Deus grego, não conseguia esboçar uma palavra, ficava totalmente hipnotizada por sua beleza, e depois daquela noite, por todo seu corpo. Ele com movimentos bruscos pegou no meu antebraço e com seus olhos duros me fitou.
- Por que você é tão mal criada? - Tentando cerrar os olhos como os dele me virei e disse:
- Pergunte aos meus pais.
Pegando-me pelo braço, me levou até o lado do passageiro, me acomodou, colocou-me o sinto, fechou a porta e se acomodou ao meu lado. Ele parecia muito irritado, com certeza pela desfeita que eu havia feito pelo cheque e pela carona que ele pediu que seu motorista me desse. Andamos por cerca de cinco minutos, de repente ele parou o carro bruscamente que me fez ir com o corpo pra frente. Fitou - me com aquele olhar acolhedor, passou suas mãos sobre meu rosto, eu engoli em seco sentindo o efeito que ele causava em mim, fechei os olhos e fiquei sentindo suas mãos sobre minha pele, vulnerável ao seu toque senti meu sexo se contrair. Num golpe certeiro, ele se aproximou de mim enfiando sua língua em meus lábios me fazendo chupa-la. Ele arrancou o cinto que me prendia ao banco e me colocou sentada sobre seu colo com seu sexo duro, acariciou meus seios que estavam rígidos ao sentir sua mão me tocar. Com uma mão ele me acariciava e com a outra subiu meu vestido tocando meu sexo úmido, que o fez gemer.
- Quero você, senhorita Carter.
Meu sexo se contraiu ainda mais ouvindo aquele tom de desejo vindo do meu Deus grego. Num impulso, abri sua calça pegando seu sexo, tão grande e grosso, acariciando com minhas mãos. Puxei minha calcinha de lado para o sentir penetrar no meu sexo tão úmido e excitado, e no mesmo instante em que olhei em seus olhos, os senti cerrados e com o mesmo golpe que ele me levou em cima do seu colo, ele me devolveu ao meu acento.
Ele é louco ou o quê? Quer me enlouquecer, só pode.
Irritada com aquela situação e me sentindo usada, me arrumei, virei meu rosto pra janela e fomos o resto do caminho sem dar uma só palavra. Quando chegamos ao Clube Night, desci rapidamente de sua limusine sem olhar para trás e nem agradeci a carona. Apressei-me para me juntar aos meus amigos.
Encontrei Heloise sentada sem Dchek e Kate.
- Onde estava? - Disse Heloise ao me aproximar dela.
- Quero uma bebida forte.
- Ok! - Ela fez sinal para o garçom, que em passos largos já estava próximo á nós.
- Senhoritas.
- Um whisky duplo, por favor. - Heloise me olhou com um ar de espanto.
- Aconteceu algo, Katherine? - Com os olhos cerrados, fitei seus olhos.
- Acho que fiz a maior burrada da minha vida. - Apesar da pouca idade, Heloise era muito madura.
- Seja lá o quê foi que tenha feito, não se arrependa, tudo é aprendizado. - Chegou mais perto e me deu um abraço muito carinhoso. Logo o garçom trouxe meu whisky.
Virei - o num gole só.
- Vamos dançar. - Puxei Heloise pelo braço que veio cambaleando comigo para o centro da pista. Senti a bebida fazer efeito, me senti um pouco zonza. Quando minha perna estremeceu, senti uma forte mão me pegar nos braços. Virei-me para agradecer a gentileza, e meio sem jeito, pude ver aquele homem tão sensual que algumas horas atrás eu estava dançando.
- Você se machucou? - Olhei seus olhos tão expressivos e fiz sinal de negativo com a cabeça. - Posso fazer companhia á vocês? - Heloise toda simpática querendo me arrumar um par, disse:
- Claro, eu vou até á mesa tomar uma bebida e já volto, faz companhia pra minha amiga. - E se retirou de nossa presença às pressas. Parecia que o DJ sabia muito bem à hora de deixar uma pessoa numa saia justa. E ao som de Titanium mais uma vez, estava eu lá dançando com aquele belo homem, que nem de longe passava perto do meu Deus grego. Mas ele tinha sua beleza e elegância. Fechei meus olhos e logo como um filme se passou em minha mente a minha noite agitada, uma mistura de desejo, e nojo ao mesmo tempo. Senti aquele belo homem de cabelo bagunçado tocar meu rosto lentamente e aproximar seus lábios dos meus.
No mesmo instante com movimentos bruscos, me soltei dele e sai dali com passos acelerados.
Juntei-me aos meus amigos que já se encontravam na mesa.
- Olá. - Disse-me Kate com um sorriso no rosto, joguei a cabeça pra trás franzindo o rosto em sinal de que tinha entendido sua saudação de ironia. Ela bateu a mão no sofá ao seu lado pra eu me sentar. Aconchegando-me ao seu lado, recostei minha cabeça em seus ombros, fechei os olhos e senti uma lágrima rolar em meu rosto. Ela virou-se de frente pra mim, pegou meu rosto com suas mãos e me fitou nos olhos com um ar de assustada.
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Um Louco Desejo
RandomUm Louco Desejo Uma única pergunta... Você acredita que um verdadeiro amor pode transformar a vida de uma pessoa? Katherine Carter acredita que sim. Completamente envolvida por Phillip Santolli, um homem controlador, possessivo, fora dos padrões...