《Part 4》

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Foi uma noite fria, sem sonhos, com chuva, raios, trovões e calafrios.

Abri os olhos devagar. Tudo estava silencioso. A chuva tinha parado, agora se escutava  os sons de insetos e pássaros.  Olhei para a janela a minha frente, e não tinha sol. Será que ainda é cedo demais?  Me virei pro outro lado e vi a porta aberta. Pelo vão dela entrava uma faixa de claridade. Será que só eu acordei?
Me levantei com cuidado, observei a sala ainda de dentro do quarto, não tinha mais ninguém no sofá. Será que ela foi pro quarto? Decidi não acorda-las. Mamãe deve estar exausta. Mas assim que ela acordar, vou perguntar tudo. Quero tanto esclarecer o que está acontecendo. Andei até a janela da sala. O chão frio me deu arrepios, devia ter calçado algo. Olhei pela janela e uma fina neblina deixava a floresta mais sinistra.  Droga! As lenhas devem ter molhado!  Eu queria tomar banho, sabia Sra. Chuva?

Primeiro sinal de loucura: achar que eventos da natureza podem ser seres-vivos com sentimentos e vontades.

Ótimo. Bufei e caminhei até o fogão a lenha. Tinha sobrado algumas madeiras finas, acho que vai dar. Só falta a água. Não queria sair, mas vai ser necessário. (NA: necessaurokkkk ) Abri a porta da frente e senti o clima frio. Droga de camisola. Me espreguiçei e ouvi meus ossos estalarem.

Já estou velha?

Caminhei até o poço atrás da casa, a grama gelada com certeza vai me dar um resfriado. E ainda por cima está caindo uma chuva fina. Peguei no balde que fica pendurado por um gancho ao lado do poço e o enganchei na corda.

Onde será que mamãe foi, que ela voltou mais tarde e ainda machucada. As vezes odeio ter que ser sempre a última a saber, considerando o complô entre mamãe e vovó. Se elas não fossem tão mandonas talvez eu não fosse tão curiosa. Mas as perdoo, em certa parte.

Depende do segredo, acho que concordo em mante -lo em segredo bem seguro mesmo.
Porém!
Pode ser uma coisa relevante pra mim e que mudaria minha vida, mesmo eu achando que isso é impossível. O que uma família de camponeses esconderia?

Nossa! A plantação rendeu mais, vamos esconder e comer sozinhos, sem a Rafaela saber!

Só se for isso mesmo. Rio com meu pensamento e começo a puxar o balde de volta pra cima.  Mas e se fosse um segredo bombastico? O que poderia ser?

Filha, olha! Você é filha de um soldado que me estuprou na época de guerras a 500 mil anos atrás, e hoje ele é rei e queria que você fosse visita-lo e se casasse com um príncipe chato que ele escolheu pra não ter mais guerras. Ok?

O.k. isso pode ser um pouco assustador. Eu abomino a idéia de se casar com um desconhecido. Ainda por cima se for chato. Mas acho que é exatamente isso que acontece. Se eu não gostar de uma pessoa, como posso ser agradável com ela? E se o sentimento for recíproco? Um relacionamento onde os envolvidos se odeiam e ainda tem que manter as aparências.  Nossa, seria como uma tortura.

Já dentro de casa, e com o balde com água em mãos, o coloco no fogão.  Risco um fósforo e coloco junto a algumas palhas pro fogo pegar mais rápido. Logo a palha incendiou e me sentei em uma das cadeiras mais próximas ao fogão, estiquei minhas mãos pra poder esquenta-las perto do fogo. Meus pés ficaram gelados por causa da grama.

Odeio essa época do ano, o clima não me deixa outra escolha se não ficar dentro de casa!

Minha cabeça dói e solto um espirro. São muitas meias informações. Queria ser mais bem informada, ser mais velha alguns anos. Por que não confiam em mim pra contar um segredo, que provavelmente, tem haver comigo? Não sei se eu não entendo minha família ou se ela não me entende! Outro espirro involuntário escapa. Desse jeito vou acordar elas. Droga!


[...]


Depois de tomar banho, vesti um vestido velho e um casaco quente. Coloquei meias e um cachecol. QUE FRIO!!!

Decidi ir ver minha mãe, já que ela não acordou ainda. A unica coisa que eu ouvia era meus passos e minha respiração. Passei pela porta do meu quarto e fui pro quarto ao lado do meu, onde minha vó e minha mãe dormem juntas. Bati algumas vezes na porta antes de entrar, mas ninguém respondia. Comecei a ficar preocupada.

- mamãe? Vovó? Posso entrar?- Falei um pouco alto. Nada. Coloquei a mão na maçaneta e hesitei um pouco antes de abrir a porta. Respirei fundo e pensei em coisas boas. 

Quando abri a porta, e me deparei com o quarto vazio. Meu coração disparou. Onde elas estariam? Foram embora? E me deixaram? Entrei no quarto tentando provar a mim mesma que elas estariam em algum lugar. Porém, não tinha nada. Pra onde foram? O que vou fazer. 




º-º


OE! Desculpe a demora, mas eu fiquei sem luz e sem criatividade. CU! 

Eu sou uma boston. 


Até a proxima, espero q estejam gostando e comentem! COMENTARIOS SAO FODAS 

e eu queria avisar que vão entrar mais pessoas, só não coloquei. (Ainda)


Um queijo com nutella, um punhado de canella! 


Bru^^


Medieval GirlOnde histórias criam vida. Descubra agora