Vampire (Harry Styles)

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Notei que aqueles lindos olhos verdes brilhavam. Parei instantaneamente; estava congelada. Seu sorriso se abriu, mostrando seus dentes pontiagudos. Aproveitando meu estado de choque, ele se aproximou, sussurrando algo que novamente não entendi. Comecei a ouvir barulhos estranhos e sentei-me na cama, abrindo os olhos.

" Ufa" - pensei, passando a mão na testa.

" Foi só um sonho. De novo." - Sim, de novo. Já era a terceira vez naquela semana que eu sonhava com o aluno novo. Como era mesmo seu nome? Ah, é. Harry, Harry Styles.

Cheguei na escola e lá estava ele, novamente, sentado debaixo de uma árvore lendo um livro.

Era o fim de Outubro e, obviamente estava muito frio em Portland, onde moro, mas Harry parecia não se importar. Pelo contrário: ele parecia adorar dias frios e, principalmente... Os nublados e chuvosos.

-- vai arranjar encrenca se continuar me olhando desse jeito. Me apaixono fácil. - Harry sussurrou, aparecendo ao meu lado derrepente. Ele era rápido. Estremeci: estava dura como pedra.

-- Relaxa, foi só uma brincadeira - fiquei observando sua boca se mover, mais ele falava rápido e não mostrava os dentes. Nem quando sorria. Ele arqueou uma sobrancelha.

-- O que foi? .

-- Nada - respondi, balançando a cabeça.

-- Você é o Harry, certo? O aluno novo que veio da Dakota do Norte...

-- Sim - ele riu -- bem vamos? O sinal já tocou.

Ele estava em praticamente em todas as aulas. Tipo, literalmente. Eu o via quase a manhã inteira, todos os dias. Então não foi muito difícil tê-lo por perto. Além do mais, ele era meu parceiro de Química, graças a senhora Pillsburry, e essa era a aula que eu mais tinha nessa quarta-feira.

A janela estava aberta e o vento entrava por ali, balançando e bagunçando os curtos e cacheados cabelos castanhos de Harry, trazendo seu delicioso perfume para mim. Ele era, realmente, muito cheiroso.

-- Você pega outro Bécker, pra mim, por favor? - Ele pediu, interrompendo meus pensamentos e devaneios. consentindo, levantei e fui até o pequeno armário no fundo do laboratório.

Eu não fazia idéia do projeto que estávamos... Ok que Harry estava fazendo, mais ele não parava de tagarelar sobre isso enquanto caminhávamos para o refeitório ao fim das aulas.

Dormi bem naquela noite, mais ainda sim sonhei com o Harry. Isso acontece durante a outra semana inteira que se seguiu. E também nas outras três...

-- Vai na festa da Karmen? - Perguntei em uma sexta durante o almoço.

-- Provavelmente não, pois não curto festas. Ele deu de ombros, mordendo um grande pedaço de seu sanduíche predileto; de peito de peru com cheddar.

-- Você vai? - Perguntou depois de engolir.

-- Acho que não - respondi, enrolando meu macarrão com o garfo.

-- Prefiro muito mais ir ao cinema do que em festas.

-- Então você quer trocar a festa de hoje por um cinema comigo? - Sua voz parecia animada.

-- Acho que vai ser legal, por que não? - Sorri, fazendo-o sorrir também.

Sete horas da noite, Harry passou em minha casa para me buscar, íamos assistir um filme ação\comédia.

Nas partes engraçadas, óbvio que ele ria, e foi em uma das suas gargalhadas que vi seus dentes pontiagudos. Enrijeci.

-- Oque foi,? - Ele perguntou, percebendo minha mudança. Meus olhos estavam arregalados, observando sua boca.

-- Você ta bem? - Ele se aproximou e eu fui para trás, ainda o encarando assustada. Harry notou que meu olhar estava fixo em seus dentes, então tampou a boca com a mão.

-- Droga!! - Foi a última palavra que ouvi. Quando me dei conta, estava correndo para fora do cinema. Eu estava desesperada, assustada e com muito medo.

" droga" - resmunguei mentalmente -- " Ele é..." - não isso não devia esta passando pela minha cabeça.

-- Eu posso explicar - disse Harry, saindo do cinema e se aproximando de mim. Ele parecia mais calmo do que sua voz expressava.

-- Não - disse, com minhas mãos esticadas tentando afasta-lo.

-- Fique longe de mim.

-- Não faz isso comigo - ele suplicou, sua voz era de dor .

Ele devia ter algum magnetismo pois estava Indo em sua direção, parando poucos centímetros antes de esbarramos. Ele dá um passo a frente diminuindo o espaço entre nossos corpos.

-- Não tenha medo de mim - ele sussurrou, passando as mãos por minha cintura, me puxando mais para si.

-- Mais eu tenho - sussurei de volta. Meu coração estava acelerando.

-- Nunca lhe farei mal, eu prometo - seu hálito doce acariciava minhas bochechas e ele beijou minha testa.

-- Você me atrai de um jeito novo, estranhos, mais ainda especial. E isso acontece desde a primeira vez que te vi, há três anos.

Franzi as sobrancelhas descansando minhas mãos em seus braços, que estavam entrelaçados em meu quadril. Eu estava confusa.

-- Quando te vi pela primeira vez, você estava indo para casa da sua Tia em Seattle, passar o Natal com ela, você estava tão linda - ele sorriu, com os olhos brilhantes.

-- Você promete que não vai ter mais medo? - Tenho certeza que meus olhos mostram o medo que estou sentindo, mais confesso que é até um Medo gostoso de sentir.

-- HARRY... - Ele penetrou seus olhos verdes nos meus. Desviei o olhar por alguns segundos. Mais logo volto a encará-lo - Eu... Quero ficar com você, ser como você - sussurei, e seus olhos arregalaram.

-- Tem certeza? - Ele parecia ter medo, estar preocupado e inseguro. Consentir com firmeza.

Creio que meus olhos expressaram minha certeza, pois Harry se aproximou lentamente. Ele beijou meu pescoço.
Aquele beijo fez meu pescoço arder. Não era uma dor insuportável, era delicado, suave, pra dizer a verdade. Isso só significava uma coisa : estava feito. Agora eu era como o Harry.

Imagines and Preferences (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora