Tragédias

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- Ei... Calma! Aconteceu algo com sua irmã, ou com o bebê? - ele perguntou sentando ao lado dela, a tomando nos braços.
Anahi não agüentou e voltou a derramar lágrimas grossas, molhando a camisa dele.
- Aconteceu algo Baby? Está me preocupando!
- Na-na-não... - ela sussurrou.
- Então por que choras? - ele perguntou carinhoso tirando a franja de seu rosto.
Anahi engoliu em seco, perdeu a coragem de contar-lhe toda a verdade, está certo que realmente seria melhor que ele soubesse de toda essa história podre pela boca dela, mas ao mesmo tempo, pensou na possibilidade dele nunca saber nada sobre isso. Afinal, Thomas não sabia que Poncho era o seu namorado, portanto, não teria como contar... Anabelle estava "fora do jogo" afinal também não sabia que eram namorados... Se ela desse sorte de mantê-lo longe desse lixo todo, jamais precisaria confidenciar à ele essa parte de sua vida da qual sentia tanta vergonha.
Fungou, limpando o nariz, e o encarou.
- Acho que estou em choque.. - sussurrou baixinho. - Muita coisa aconteceu em tão pouco tempo... Eu não tive tempo de chorar de preocupação... E agora que a poeira baixou, realmente percebi como isso me atingiu... - mentiu agarrando-se à ele.
- Eu bem sei como foi difícil... Mas agora está tudo bem princesa! - ele sorriu, beijando sua testa carinhoso. - Nós vamos ficar bem!
- Sim... Nós vamos sim! - sussurrou com um sorriso de lado, deitando a cabeça no peito do namorado.
- Aliás, preciso conversar com você sobre algo muito sério...
Um arrepio percorreu o corpo de Anahi, que não teve coragem de levantar os olhos e encara-lo. Temeu que ele desconfiasse de seu olhar culpado por estar mentindo.
- O que houve?
- Eu quero adotar o Léo.. - disse rápido e direto. Anahi levantou a cabeça, soltando-se dele, um tanto quanto ultrajada.
- O QUE DISSE? - sibilou.
- Que quero adotar o Léo! - ele falou sem entender esse ataque repentino.
- Você não pode estar falando sério... - ela sussurrou. - Eu amei esse menino a vida inteira dele, fiz todos os planos para adota-lo como manda o figurino, só não consegui por conta da prisão... Estava disposta a procurar tudo para que ele pudesse ser meu, e apenas meu! E você me vem com uma idéia dessas? Quem você pensa que é para tirá-lo de mim, Alfonso??? - exclamou com lágrimas nos olhos. - Você sabe o quanto eu amo esse menino... Não faça isso comigo!
- Baby! - ele falou segurando o riso. - Acho que você não entendeu..
- Eu entendi sim! - ela sussurrou limpando as lágrimas que escorriam. - Você não me acha saudável mentalmente o suficiente para ser mãe do Léo... Por isso quer tirá-lo de mim... Oh meu Deus... Maldito dia que apresentei vocês dois... Eu esperava tudo de você, menos isso.. Juro por Deus! Você vai me destruir se fizer isso Alfonso! - ela falava tão rápido que ele não conseguia uma brecha sequer para falar.
- ANAHI! - ele chamou a assustando. - Entendo que está em choque por todos essas situações, mas pense um pouco! Por Deus!
- Pensar no que Alfonso? - exclamou com mais lágrimas descendo.
- Pensar! Somente, pensar! - ele disse calmo, e tomou suas mãos, ela quis soltar-se dele, mas ele a segurava forte. - Pare de tentar fugir de mim, mulher! Por Deus! - disse rindo e ela se aquietou. - Eu não quero adotar o Leonardo sozinho... Quero que nós dois adotemos o Léo, quero que eu e você sejamos seu pai e sua mãe... Eu, você e o Léo, como uma família!
Anahi piscou várias vezes, olhando-o como se nunca o tivesse visto antes. As lágrimas voltaram aos seus olhos, que escorreram livremente, por ela estar com as mãos atadas.
- Vo-vo-você está falando sério? - ela perguntou ainda temerosa.
- Por que não estaria, Bobinha? - perguntou soltando aos mãos dela, e tomando-lhe o rosto. - Você aceita formar uma família, comigo e com o Léo?
- Não é muito cedo pra isso? - ela perguntou baixinho, com medo.
- Annie, não estou te pedindo em casamento... Apesar da idéia ser bem tentadora.. - ele sorriu e ela o acompanhou. - Mas eu realmente quero que o Léo tenha uma família, eu quero ser a família dele...
- Eu também! - ela sussurrou sorrindo.
- Então, você aceita?
- Cla-cla-claro que sim! - ela se lançou contra ele, abraçando-o pelo pescoço e beijando seus lábios e seu rosto repetidas vezes. - Você não existe, meu amor... Não existe... Eu te amo tanto tanto tanto tanto!
- Ai.. Ai.. Eu também te... Ai.. Amo! - ele sorria, enquanto recebia os beijos que ela espalhava por seu rosto de bom grado.

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