Dupla Identidade

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Poncho levou Leonardo, ainda dormindo, para a casa de Anabelle e logo já seguiu para a delegacia, onde Ian já estava a postos, com o número desconhecido da mensagem em mãos, rodeado de computadores e alguns arquivos.

- Não acredito... Não pode ser... – sussurrou para si mesmo.

- Ian! – Poncho chegou o chamando e Ian prontamente o recebeu. – Alguma novidade?

- Na verdade sim.. – Ian coçou a cabeça. – Poncho, você já ouviu falar de Jackson Lobos?

- Que??? – Poncho falou estranhando. – Ian, você não deveria estar procurando por Thomás?

- Estou com uma suspeita... – ele disse misterioso. – Você tem certeza de que nunca ouviu esse nome antes?

- Sim.. Tenho certeza! – Poncho falou quase sem paciência. – O que ele tem a ver com Thomás?

- Tenho grandes motivos para suspeitar que Thomás Lagos e Jackson Lobos são a mesma pessoa! – ele falou parando de analisar os papéis e mirando Poncho.

- O QUE? – ele exclamou.



-/-

- Querida... – Anahi ouviu a voz de Thomás na porta do quarto.

Ela se tremeu inteira quando viu a maçaneta girando devagar, mas ela devia fingir que dormia.

Assim que a porta começou a se abrir, ela fechou os olhos novamente, soltando um suspiro.

- Oh querida... Está dormindo? – perguntou passando a mão pelo cabelo dela.

Anahi apenas suspirou de novo.

- Mas que droga... Queria matar a saudade desse seu lindo corpo... – ele sussurrou passando a mão pelas curvas de Anahi, que teve que morder o lábio para não gritar. – Você sempre teve um sono tão pesado, Meg! Que bom que você voltou para mim, meu amor!

Ele beijou delicadamente o cabelo dela e cheirou profundamente.

- Boa noite, Meg! – falou antes de sair do quarto, deixando Anahi respirar novamente.

Passou a mão por seu corpo, como se quisesse tirar o toque de Thomás de lá. Enojada por ter que aceitar algo assim.

Mas ela tinha um motivo maior agora. Nunca teve medo de discutir com Thomás antes, não se importava de levar uma bofetada ou uma surra.. Mas agora tinha um motivo pelo qual lutar.

Não podia correr o risco que Thomás machucasse seu bebê, ele ainda devia ser muito novinho e por isso corria mais risco. Ela temia por seu filho, temia que se respondesse para ele, como o mesmo merecia, nunca mais voltasse a ver Poncho e Léo.

- Nem tivemos tempo de ser uma família... – ela sussurrou para si mesma, deixando que as lágrimas escorressem de seus olhos.

Tomou os dois travesseiros da cama e os abraçou, um de cada lado, pousando as duas na própria barriga. Era como se aqueles travesseiros representassem Poncho e Léo abraçados com ela. E por um momento, Anahi se permitiu imaginar que eram os mesmos que estavam com ela, a abraçando de volta e comemorando a família que cresceria com esse bebê em seu ventre.

Abriu os olhos e encarou sua realidade. Sozinha, sequestrada, sem esperança... E se permitiu chorar, derramar todas as lágrimas presas como um nó em sua garganta.



-/-



- O que você quer dizer com serem a mesma pessoa??? – Poncho perguntou.

- Esse número que enviou a mensagem para Anahi é de Jackson Lobos. Quando vi isso, sabia que conhecia esse nome de algum lugar, então fui procurar nos arquivos. Ele foi o principal suspeito da morte da esposa, Margareth Reynolds, que faleceu há 6 anos.

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