Familia

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- Cheguei Baby!  - Poncho falou assim que entrou na casa de Anahi, que saiu da cozinha, esfregando as mãos, ansiosa.
- E aí? Pegou o resultado??? - perguntou.
- Sim! - ele balançou o envelope grande diante dos olhos dela, que suspirou.
- E aí??? - perguntou ansiosa.
- Não abri ainda... Queria que você estivesse comigo!
Anahi sorriu minimamente, tomou ele pela mão e sentaram juntos no sofá. Poncho respirou fundo algumas vezes antes de romper o lacre e tirar papel de dentro do envelope.
Anahi segurava uma de suas mãos, acariciando o tempo todo, quando viu os olhos dele, correndo pela folha e se enchendo de lágrimas.
- E então? - perguntou apertando a mão dele um pouco mais forte.
- Positivo Baby! - ele falou já com algumas lágrimas escorrendo e um sorriso radiante no rosto. - Eu sou mesmo o pai do Léo!
Anahi o abraçou forte e permitiu que suas próprias lágrimas escorressem.
- Você não está chateada né? - ele perguntou no ouvido dela e ela negou com a cabeça.
- Vocês são os meus melhores presentes! E depois de tudo o que conversamos não tem porque eu ficar com medo... Nós seremos uma família, Poncho!
- Sim Baby! Nós seremos uma família!
Poncho já logo se soltou do abraço e colou sua boca sobre a dela, iniciando um beijo acelerado e cheio de vontade. Ele já logo a deitou sobre o sofá da sala, ficando por cima dela e subindo sua blusa, quase a arrancando.
- Pon-cho... - falou entre beijos. - O Léo está no quarto...
- É cedo.. Ele não vai sair! - falou e voltou a atacar o pescoço dela, que soltou um gemido.
- Vamos para o quarto então!  - Anahi falou entorpecida e ele a olhou, sorrindo malicioso. - Safadinho!
- Eu quero comemorar, com a minha mulher!
Anahi corou pelas palavras dele, e ele já logo a tomou no colo, indo em direção ao quarto com ela nos braços.

-/-

Uma semana depois, Poncho conseguiu correr com todos os trâmites legais para assumir a paternidade do Léo, porém não deixava que Anahi se metesse nisso, o que estava deixando a morena muito chateada.
- E eu falei pra ele que isso ia acontecer... Ele nunca vai me ver como a mãe do Léo, Belle...
- Fica calma, Annie... Ele está se acostumando com isso de ser pai e tal... E outra, ele não falou que vocês o adotariam juntos?
- Exato Belle... Ele falou, mas não deixa nem eu chegar perto dos trâmites legais... Quer dizer, ele não me quer, de verdade, na vida do Leonardo... Eu disse que eu seria apenas uma madrasta.. E nunca a mãe de verdade dele...
Anahi soltou um muxoxo já sentindo as lágrimas chegando.
- Annie.. Você está chorando? - Anabelle perguntou vendo a irmã ficar com o nariz vermelhos e os olhos cheios d'água. - Por Deus,  Annie! Você nem sabe de verdade o que ele está planejando... O que está acontecendo? Por que está tão emotiva?
- Você sabe que quando se trata do Léo, eu fico assim! - ela exclamou fungando.
- Exageradamente né! - Anabelle revirou os olhos.
- Ele disse que vai pegar o Léo hoje no orfanato e levar lá pra casa... Contar toda a questão da paternidade, e como os documentos já devem estar todos Ok, amanhã já vamos pegar todos os pertences dele para ele se mudar de vez!
- E você não devia estar feliz por isso Anahi Giovanna?
- Eu estou feliz por isso Belle... - ela falou fungando de novo. - O que eu estou com medo é de o Léo não me veja como a mãe dele agora que sabe que tem uma mãe e um pai de verdade..
- Anahi.. O Léo te ama.. E se tem uma coisa que eu sei é que ele já te vê como a mãe dele!
- Será Belle? - ela perguntou.
- Tenho toda certeza!
Anahi abraçou a irmã forte, derramando mais lágrimas no ombro da loira.

-/-

- E então? - Léo perguntou assim que chegaram na casa de Anahi.
- Vamos esperar a Nany chegar.. - Poncho falou e logo em seguida a porta da frente se abriu, e Poncho a viu com os olhos muito vermelhos e inchados. - Baby, o que houve???
- Não foi nada Poncho... - ela falou fungando.
- Como nada, Baby? - ele a tomou pela cintura, a acariciando. - Aconteceu algo? Você viu alguém?
- Não... - ela suspirou abraçando ele. - Já disse que não foi nada...
- Então por que está chorando, meu amor? - ele perguntou acariciando o rosto dela.
- Estava com a Anabelle.. E contei para ela que hoje o Léo viria para casa.. E fiquei emocionada com isso... - ela decidiu falar apenas essa parte, e ele sorriu para ela.
- Sei que está emocionada com isso, Baby! Mas não precisa chorar! Nossa vida só será feita de alegrias agora!
- Você promete? - ela perguntou fazendo um bico, e enchendo os olhos de lágrimas de novo. Ele riu beijando seus lábios devagar.
- Prometo princesa!
- Droga! Por que eu estou chorando? - ela exclamou rindo e limpando as lágrimas.
Poncho ajudou limpando o rosto dela e deu-lhe mais um selinho.
- Vem amor... O Léo nos espera!
Entrelaçaram seus dedos e foram até a sala, onde Léo estava sentado balançando as pernas.
- Estavam namorando né? - ele perguntou maroto, piscando o olho. Poncho e  Anahi coraram na mesma hora, rindo do menino. Sentaram todos juntos no sofá, Léo, amoroso, deu um beijo e um abraço em Anahi.
- Bom... Léo.. Eu tenho uma coisa muito seria para te contar.. - Poncho começou.
O menino apenas piscou os olhos, interessado.
- Léo.. Lembra que eu falei que iríamos te adotar né? - Léo imediatamente baixou os olhos, Poncho e Anahi se entreolharam. - O que foi, Léo?
- Vocês desistiram de mim?  É isso? - ele perguntou e Anahi segurou a mão dele.
- Não Léo! Isso nunca!!! Nós te amamos demais para desistir de você! - ela acariciou a mão dele, que ergueu os olhos, sorrindo minimamente de novo.
- É totalmente o contrário, Léo... Na verdade, já está tudo certo para você vir morar conosco de uma vez por todas...
- SÉRIO??? - ele exclamou com os olhos brilhando. - Como uma família de verdade?
- Sim... Mas pra isso, eu preciso te contar uma coisa antes! - Léo assentiu e Poncho continuou. - Bom.. Quando fomos te adotar, descobrimos que havia uma carta que a sua mãe havia deixado junto com você, no dia que te deixou na porta do orfanato... Nessa carta estava escrito o nome da sua mãe e do seu pai... E o nome do seu pai, era o meu!
Léo arregalou os olhos e Anahi acariciou a mão dele, dando força.
- Eu tinha uma namorada e ela ficou gravida... Mas sofreu um acidente e me disse que havia perdido o bebê... E logo depois nós terminamos... E ela sumiu da minha vida... Mas era mentira, Leo... Ela não havia perdido o bebê... Ela teve o bebê e o deu para um orfanato... E era isso que ela contava na carta... Aquele dia que fomos no hospital, eles tiraram o seu sangue para fazermos um exame e termos certeza de que você era mesmo meu filho... E sim! Você é meu filho de verdade Léo!
Poncho já chorava e Léo também estava com os olhos banhando de lágrimas.
- O que eu mais quis esses anos todos foi ter te conhecido.. E quando fiquei sabendo que era você.. Eu não tive dúvidas Léo... Nós somos a cara um do outro... E eu te amei no instante que te conheci.. E te amei ainda mais quando soube que você é meu filho...
Léo se levantou do sofá, indo em direção ao Poncho, parando bem de frente para ele e soltando as lágrimas que estavam presas.
- É sério? Você é mesmo meu pai? - ele soluçou enquanto perguntava.
- Sim Léo.. Eu sou seu pai.. Você é meu filho de verdade!
No momento seguinte, Léo se arremessou contra Poncho, o abraçando forte pelo pescoço.
- Se eu soubesse de você, eu teria ido atras muito antes, Léo! - ele sussurrou no ouvido do menino.
- Você é meu pai... Você é meu pai! - falou repetidamente ainda abraçado à ele.
Anahi assistia a cena chorando.
Quando se soltaram, Poncho passou a mão pelo rosto de Léo.
- Meu menino... Meu filho... Eu te amo tanto!
- Eu também te amo...
Poncho pegou um envelope e entregou para ele.
- Aqui está... Sua nova certidão de nascimento... Com meu nome e o da sua mãe! Abre e lê, filhão!
Anahi sentiu como se uma faca tivesse arrancado seu coração. "Meu nome e de sua mãe." Era verdade. Ela nunca seria a mãe do Léo... Ela nunca seria de verdade o que ela mais sonhou em ser.
Léo rasgou o envelope e puxou o papel.
- Lê alto! - ele pediu e sorriu.
- Nome: Leonardo Portilla Herrera.
Anahi arregalou os olhos azuis, olhando de Poncho para Leonardo, sem entender nada.
- Perai... O que? - perguntou soluçando.
- Shiu.. - Poncho sorriu para ela. - Deixa ele continuar.
- Filiação: Alfonso Herrera Rodriguez e Anahi Giovanna Puente Portilla.
- OH.MEU.DEUS! - Anahi exclamou e Léo virou para ela sorrindo.
- Então, você é a minha mãe mesmo? Você me adotou Nany?
- Sim... - ela disse chorando. - Eu sou sua mãe agora, Léo! Poncho... Como isso?
- Era a minha surpresa para você! - Poncho sentou ao lado dela, abraçando-a pela cintura. - Apesar do Léo ter sido gerado por outra mulher.. Ele é o seu filho... É o seu nome que está em sua certidão... Você é a mãe dele.. Como tem que ser...
- OH.MEU.DEUS! - ela exclamou de novo, o abraçando. - Obrigada meu amor... Obrigada...
Léo sorriu vendo a cena e logo os abraçou juntos.
- Finalmente eu posso te chamar de "meu filho", Léo! - ela sussurrou abraçada a ele.
- Você não faz idéia do quanto eu sonhei com o dia que eu pudesse te chamar de "mãe", Nany!
- Pois agora você pode... - ela sorriu, com os olhos cheios de lágrimas.
- Mãe... - ele sussurrou tentando conter as lágrimas em vão. - Minha mãe! - abraçou-a forte e chorou em seu ombro. - Eu te amo mãe!
- Eu também te amo muito, meu filho! - sussurrou chorando também.
Léo soltou-se dela e abraçou Poncho.
- Pai! - sussurrou e Poncho sentiu como se seu coração fosse explodir de tanta alegria.
- Como eu sonhei em ser chamado assim, filho.. - falou chorando.
Léo se soltou, os segurando pelos ombros, sorrindo e chorando.
- Vocês são os melhores pais do mundo todo!
Abraçaram-se juntos e souberam que nada mais os separaria, agora ele eram uma família. 

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