Bad Twins

Invasão

O reencontro foi emocionante para todos lá.
- Léo... Como você sabia que ela era a minha tia? - perguntou ao menino que deu os ombros.
- Eu não sabia Johis... Foi uma coincidência! - ele sorriu e Johanna se abraçou ainda mais forte à tia.
- Eu estava tão preocupada bebita... Eu senti tanto medo por você!
- Eu queria voltar Tititi... Mas meu pai poderia estar me esperando... Eu tenho muito medo.. Eu estou com muito medo! - soluçou no colo de Anahi, que a ninou.
- Agora já está tudo bem princesa.. Vou te levar para sua mãe...
- Você e ela....? - deixou a pergunta no ar e Anahi lhe sorriu.
- Sim.. Nós somos amigas de novo!
- UFA!!!!! Que bom... Aí vou poder ter você de novo comigo...
- Sim bebita... Para sempre!

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- Anabelle??? - Anahi perguntou já entrando na casa da irmã, após ter se identificado com o segurança.
- Sim Annie.. Estou saindo do banho... - ela gritou de uma das portas e Anahi sorriu para Johanna que segurava sua mão.
- Estou na sala te esperando...
Anabelle saiu um tempo depois, de pijama e com uma toalha enrolada no cabelo. Fungando levemente e com os olhos cabisbaixos.
- Mamãe! - Johanna falou e Anabelle prontamente ergueu os olhos já cheios de lágrimas.
- JOHANNA!!!!! - gritou e foi ao encontro da filha, que prontamente subiu em seu colo. - Meu amor... Eu estava tão preocupada... Com tanta saudade.. Você está bem? Onde você estava?? Está machucada???
- Calma Belle... - Anahi sorriu. - Johanna estava no porão do orfanato... Havia feito amizade com o Léo... E por coincidência do destino, Léo acabou falando sobre el.. E a encontramos...
- Oh meu Deus... Eu não tenho como te agradecer... Obrigada Annie... Obrigada por trazer o meu bebê de volta!
- Não precisa agradecer Belle.. - sorriu e piscou o olho, tocando o ombro de Poncho em seguida. - Vamos... Elas precisam ficar sozinhas...
Poncho concordou e deu-lhe um beijo na testa.

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Anahi e Poncho caminharam de braços dados e um sorriso enorme no rosto até o carro.
- Perai Baby... Meu celular! - Poncho falou já tirando o celular do bolso e atendendo. - Alô?
- Poncho! - era Ruby. Sua voz estava entrecortada, parecia nervosa.
- O que houve Ruby? - ele perguntou e Anahi o encarou.
- Entraram no seu apartamento Poncho... - ele estancou no lugar. - Não sei como... Mas quando cheguei em casa vi que sua porta estava entreaberta... Achei que vocês tinham esquecido, mas o apartamento estava todo revirado... Vem pra cá rápido... Por favor! Estou com medo!
- Calma Ruby... Já estou indo para casa... Fica dentro do seu apartamento e se certifique de que todas as portas e janelas estão trancadas...
- Ok Poncho.. - ela respondeu e desligou em seguida.
- O que houve??? - Anahi perguntou preocupada.
- Entraram no nosso apartamento.. - ele sussurrou e Anahi tapou a boca com a mão. - Vamos rápido pra lá.. Ruby está assustada! Liga pra polícia!
Anahi assentiu e Poncho já logo dirigiu correndo para casa.

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- Ruby! - gritou batendo na porta dela.
- Poncho! - falou assustada de dentro e abriu a porta, abraçando o irmão de consideração. - Meu Deus.. Eu fiquei com tanto medo!
- A polícia está chegando.. Fique calma.. - Anahi abraçou Ruby de lado e ela lhe abraçou de volta.
A polícia chegou instantes depois e todos foram ao apartamento de Poncho para entender o que havia ocorrido.
Os policiais entraram primeiro, para verificar se o apartamento estava mesmo vazio e quando constataram isso avisaram que os demais podiam entrar.
Anahi sentiu um enorme mal estar assim que entrou no apartamento, vendo as coisas todas reviradas, copos quebrados, tudo fora do lugar.
- Meu Deus.. Quem pode ter feito isso? - Poncho perguntou chateado.
Anahi sentia náuseas e ela sabia porque, ela sabia quem havia feito isso.
Poncho foi verificar como estavam as coisas em seu escritório e Anahi rumou para o quarto deles, sentando na cama e chorando.
Virou para o lado e um pedaço de papel branco, embaixo do travesseiro, lhe chamou a atenção. Ela estendeu a mão e tirou, abrindo em seguida.
"Já sei que está escondida aqui... Já sei do seu romance com ele... Saiba que eu vou te caçar, até o fim do mundo se for preciso, mas eu vou te achar, e vou te fazer pagar por tudo, Anahi! Você vai ser minha!"
Ainda segurando o papel, com as mãos tremulas, Anahi correu para o banheiro e vomitou boa parte de tudo que havia comido no dia.
- Não! Não! Não pode ser! - saiu do quarto segurando o papel nas mãos a fim de entregar aos policiais. Mas se deteve quando viu Poncho em seu escritório, também com um papel em mãos, lendo-o.
Um frio correu-lhe por toda espinha quando Poncho se virou e a encarou com os olhos cheios de lágrimas.

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Johanna e Anabelle estavam deitadas na cama, agarradas uma a outra. Anabelle já havia ligado para Ian e explicado como Anahi havia achado sua filha. Ian ficou muito feliz e disse que queria conhecê-la, mas que hoje elas precisavam ficar em paz para conversar.
- Então... - Johanna perguntou.
- Lorena virou uma estrelinha princesa... Ela nasceu muito fraca e pequena... Ia sofrer muito se continuasse viva... Aí o papai do céu achou melhor levar ela para morar com ele lá na céu...
- Mas.. Isso é muito triste mamãe.. Eu queria tanto a Lore aqui...
- Eu também meu amor.. Eu também fiquei muito triste, mas entendi que esse era o melhor para sua irmã...
- Eu queria ter conhecido ela...
- Eu também não pude conhecê-la princesa.. - Anabelle falou e abraçou a filha mais forte. - Mas o papai do céu me trouxe você de volta.. E eu não poderia ficar mais feliz, meu amor!
- E o meu.... - Johanna baixou os olhos. Não podia continuar.
- Seu pai? - Johanna assentiu. - Eu conversei com a polícia, que me disse que ele não pode bater em mulher e muito menos em criança... Ele nunca mais vai fazer mal para nenhuma de nós duas.. Eu te prometo!
- Eu não quero que ele volte para cá, mamãe! - ela sussurrou.
- Eu te prometo que ele nunca mais vai pisar nessa casa, minha princesa.. Ele nunca mais vai nos deixar tristes...
Ficaram em silencia um tempo. Uma brincando com o cabelo da outra.
- Mas me conta.. O que você fazia lá no orfanato?
- Ficava sozinha a maior parte do dia.. Quando as crianças iam pra escola eu subia pra pegar comida na cozinha... Um dia estava muito frio e eu subi para um dos quartos para pegar um cobertor... Aí vi o Léo... Ele virou o meu melhor amigo... Sempre conversávamos por um radinho que ele me deu... Ele não me deixava sozinha, e sempre que eu estava com medo, ele conversava comigo!
- Hm... Esse menino.. Não nega o sangue! - Anabelle riu pensando em como Poncho havia conquistado a irmã.
- O que foi mamãe?
- Nada bebê... Nada!
- Mamãe... - Johanna começou e Anabelle a olhou. - Léo me contou que é muito triste não ter uma mãe... E eu percebi mesmo que é a pior coisa do mundo ficar longe de você.. - Anabelle sorriu com os olhos cheios de lágrimas. - Você promete que nunca vai me deixar mamãe?
- Nunca minha princesa.. - ela beijou sua testa enquanto algumas lágrimas escorriam de seus olhos verdes. - Você é a minha jóia mais preciosa!
Johanna abraçou a mãe mais forte, enterrando o rosto em seu pescoço e dormindo em seguida.

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- Me diz que isso é mentira... - ele sussurrou e Anahi empedrou no lugar.
- O-o-que? - perguntou.
Poncho entregou o papel para ela que o pegou com as mãos mais tremulas ainda.
"É Poncho.. Pelo visto você não tem idéia da classe de vagabunda que abrigou em sua casa... Você sempre foi meu amigo, e por isso vou te livrar dessa culpa. Será que você sabe que, além de ex-presidiária, sua querida namorada foi minha amante? Aposto que ela ainda pensa em mim quando faz amor com você!"
Anahi amassou o papel com raiva, e ergueu os olhos para Poncho, que ainda a encarava com os olhos cheios de dor.
- Me diz que isso é mentira.. Por favor...
- Poncho... Eu...
- Não! - exclamou nervoso. - Não quero explicações... Só quero que me diga: isso é verdade ou não?
Anahi engoliu em seco, detestando Thomas acima de tudo no mundo.
- VAMOS ANAHI! - ele gritou a assustando. - É VERDADE?