Bad Twins

Famílias

Poncho dormiu debruçado sobre o travesseiro de Anahi novamente naquela noite.

A cada suspirada mais profunda, ou movimento dela, ele acordava e acariciava seus cabelos até que seu sono ficasse novamente tranquilo.

Na manhã seguinte, o doutor chegou para visitá-la e Poncho prontamente o encheu de perguntas.

- Doutor, ela está demorando muito para acordar! – ele suspirou. – Ela pode ter entrado em... – ele balançou a cabeça, se recusando a dizer aquelas palavras.

- Fique calmo! – o doutor bateu em suas costas. – Ela está bem, os sinais vitais estão normais. Ela teve um trauma forte nesse tempo sequestrada, e ontem demos calmante a ela.. É normal ela dormir mesmo.. Fique tranquilo.. Em breve ela acordará!

- Tudo bem doutor! – Poncho suspirou novamente sentando ao lado dela e tocando sua mão, assim que o doutor saiu do quarto.

Então ele se lembrou daquilo que disse para Leonardo e Johanna no dia anterior. Que conversar com ela seria bom.

Acariciou a mão dela, sorrindo.

- Ei princesa.. Você já pode acordar viu.. Eu estou com tanta saudade de você.. Quero olhar seus olhos.. Ouvir a sua voz.. Receber o seu abraço.. Beijar seus lábios.. O pesadelo acabou, minha Annie, tudo o que você passou acabou.. Agora seremos uma família completa, sem medo, sem ninguém para nos atormentar.. Nossa família, princesa..

Beijou suas mão e deitou novamente a cabeça no travesseiro dela.

- Eu sempre estarei ao seu lado.. Para todo sempre!

-/-

- E por que não acertaram o tiro logo no meio da minha cabeça? – Thomas perguntou na sala de interrogatório. Estava algemado, com um curativo no braço, onde havia levado o tiro.

- Seria mais fácil para você, não é mesmo? – Ian perguntou.

- Claro que sim! – ele zombou.

- Bem típico.. Covarde até no momento do seu julgamento! Preferir a morte a enfrentar tudo de errado que já fez! Covarde! – Ian falou e Thomás o encarou, furioso.

- Quem você pensa que é para dizer isso de mim? Você nem me conhece, seu policialzinho de merda!

- Isso é o que você acha! – ele sussurrou. – Enfim, me dá nojo de olhar para a sua cara, porém eu tinha que vir aqui.

Ian tirou de dentro de uma pasta um papel com algumas coisas impressas, e colocou na frente de Thomás.

- O que significa isso? – perguntou correndo os olhos pelas letras.

- Seu divórcio! Para você assinar agora! – Ian falou simplesmente.

- E quem você pensa que é para me pedir que assine o meu divórcio? – ele perguntou.

- O homem que vai pedir Anabelle em casamento assim que esse papel for validado.

- O QUE??? – ele gritou batendo as algemas na mesa.

- Está querendo assustar quem com esse barulho e essa gritaria? – perguntou cinicamente. – Não há nenhuma mulher nessa sala que precise temer você. Eu não tenho medo de covardes como você, Thomás! Ahh, tenho mais esse papel aqui para você assinar! – ele pegou dentro da pasta e estendeu para ele.

- Mudança de paternidade? – ele exclamou com raiva.

- Sim.. Não quero que Johanna tenha o trauma de um pai bandido, então eu assumirei a paternidade dela também!