Capítulo treze.

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A semana passou rapidamente. E a minha relação com o Derick também veio átona, não sei como, mas as meninas da loja de onde eu trabalhava ficaram sabendo. Algumas tiravam brincadeiras, soltavam piadas.

Aguentei muitas frases que para eles eram engraçadas, mas para eu era triste e dolorosa.

Hoje era o grande dia, Lorenzo tinha ido pegar o Matheus no hospital. Estávamos todos reunidos na sala da casa do Derick, esperando a chegada deles. Já que era uma festa surpresa.

Matheus fez drama para não vir, mas Lorenzo como sempre conseguiu convencê-lo.

De longe avistei Carol no meio de vários amigos e acenei. Ela estava aqui em casa desde cedo arrumando as coisas para a festa.

Muitas pessoas ali olhavam para eu e o Derick que estava ao meu lado, e não disfarçavam. Riam e fofocavam descaradamente, estava odiando tudo.

- Estão todos nos olhando e falando- falei chateada.

- Por que somos lindos- disse sem se afetar com tudo aquilo- Bebê, eles vão ter que se acostumar com a gente.

Ele puxou meu corpo para sua frente e tascou um beijo de cinema em mim. Abracei retribuindo, sabia que ele queria mostrar para as pessoas.

Seus beijos desceram para o meu pescoço e eu tive que separar nossos corpos. Ele me olhou com neblinas de desejo sem entender.

- Não comece o que não pode terminar- avisei.

Ele apertou mais ainda o meu corpo em seu braço. Alisou o meu cabelo carinhosamente.

- Bebê, dizem que grávidas são insaciáveis. Só estava fazendo o meu lado de pai.

- Eu estou grávida e não você - eu ri.

- Você não reclamou hoje antes de descer - disse beijando minha orelha.

- Derick- afastei-o - Por isso que chegamos atrasados, a Carol quase entrou no quarto de tão nervosa porque o dono da casa não estava para ela perguntar se podiam mexer os móveis do lugar.

- A garota poderia fazer tudo, não atrapalhando o nosso momento...

- Você está impossível hoje!

Fiquei de costas para ele, no mesmo estante sua mão trouxe meu corpo para o dele. Minha bunda encostada na sua virilha necessitada.

- Você que me deixa assim.

- Não acredito nisso, Derick. Você é pervertido.

Ele riu e beijou minha bochecha.

- Depois eu mostro o quão eu sou.

Rimos um pouco alto e algumas pessoas nos olharam. Derick alisou meu ventre sem olhá-los.

- Eles estão chegando- Carol anunciou minutos depois.

Ela desligou a lâmpada e correu para o seu canto. Todo mundo ficou quieto, os amigos deles estavam todos do mesmo lado.

Ouvimos o barulho de a porta ser destrancada, a risada de ambos tomou conta do ambiente. As rodas da cadeira de rodas que carregava Matheus adentraram primeiras. No mesmo momento as luzes foram ligadas e tudo mundo gritou:

- Surpresa!

Logo atrás de Lorenzo, entrou dois senhores que eram os pais de Carol e Matheus.

Carol correu até Matheus e se abaixou abraçando o irmão, Lorenzo circulou os dois, os três riam e choravam ao mesmo tempo.

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