Capítulo quatro.

8.5K 678 41
                                    

Acordei com um peso sobre mim. Abrindo os olhos deparei com o Lorenzo e seu sorriso enorme me encarado. Baixando a cabeça beijou meu pescoço me fazendo sentir sua ereção matinal.

- Bom dia - disse entre os beijos.

- Preciso levantar - respondi rapidamente - Sai Lorenzo!

- Se fazendo de difícil?

- Lógico que não - omitir- Preciso fazer minha higiene pessoal!

Relutante ele se afastou, deixando amostra sua ereção sobre sua cueca branca. Levantei rapidamente, sem olhá-lo. Tirei minha camisola, vesti o conjunto de sutiã e calcinha, escovei os dentes. E sair do banheiro olhando para cama e vendo Lorenzo encarar o teto.

Ao me ver só com peças íntimas, ele se levantou e enlaçou minha cintura puxando para ele.

- Não vai fugir por muito tempo - engoli em seco.

Não queria fazer sexo com ele, depois de tudo que vinha acontecendo nos últimos dias. Quando eu fiz com ele, eu nem sabia quem ele era direito, muito menos não sabia de que família fazia parte.

- Eu sei - murmurei derrotada.

Ele riu de lado, e puxou meu pescoço, trazendo sua boca para minha. Me beijou forte, encostando nossos sexos, mas sem nenhum movimento. Eu correspondi relutante, mas dei passagem para a sua língua entrar.

Um barulho nos fez saltar, olhando para porta vimos seu pai nos observando com uma sobrancelha arqueada. Corri para traz do Lorenzo, por causa dos meus trajes, ouvi o mesmo resmungando.

- Papai! - exclamou.

- Desculpa, não sabia que ia encontrar vocês assim. Só passei para dizer que vamos ao clube hoje!

Clube?

- Ok, vamos descer - Lorenzo falou.

Ouvir a porta ser fechada e o Lorenzo se afastar.

- Vou tomar banho, pode descer e começar a tomar café com o papai e a Judh. Vamos para o clube jogar golfe.

- Ok.

Vesti um short de cintura alta, um casaco preto de lã e um tênis da mesma cor. Coloquei mais um casaco grande em minha bolsa e desci. Mesmo com o sol do lado de fora, em Toronto fazia frio. E nas ruas da cidade não tinha aquecedores como tinha na casa do Lorenzo.

- Bom dia - disse ao chegar na cozinha e encontrar o Derick sozinho lendo um jornal.

- Bom dia - respondeu seco.

Não olhei para a sua cara, sentei na mesa pegando um pouco de suco e uma fatia de bolo. Minutos se passaram e a gente ficava em uma bolha esquisita. Ele me ignorando completamente, e eu forçando a não olhá-lo.

- Pensei que não ia aceitar - quebrou o silêncio.

- Aceitar o quê? - Dessa vez o encarei.

- O pedido de namoro!

- Oh, como você sabe? - perguntei espantada.

- Meu filho é meu amigo também, contou-me que tinha feito o pedido e estava esperando sua resposta. Fiquei surpreso em ver vocês dois juntos hoje, pensei que não aceitaria - a sua voz estava contida, mas eu sabia que ele estava com raiva, o calor dos seus olhos não negava.

- E-u... Eu - gaguejei.

- O ama?

A sua pergunta me pegou em cheio, com certeza fiquei branca.

- Pelo menos é apaixonada por ele?

- Derick...

- Do que você foge tanto, Alicia? Conte-me, posso ajudá-la.

Pecadores.Onde histórias criam vida. Descubra agora