Tive que mudar algumas palavrinhas rsrs
***- Calma, o médico chegará já - falei tentando acalmar Lorenzo que não parava quieto um minuto.
Eu que dirigir o carro, ele ficou o caminho todo pensativo. Sabia que os amigos eram praticamente seus irmãos, e aquela notícia era muito devastadora.
Também estava sentida, tinha pegado uma amizade com Carol nas poucas vezes que nos vimos. Ela era uma moça tão linda, encantadora e cheia de brilho. Doía o meu coração só de pensar que aquela luz toda tinha sido apagada por um momento.
- Senhor Lorenzo? - a enfermeira o chamou.
Assim que chegamos o Lorenzo fez um barulho para ter notícias, o médico apareceu dizendo que ele teria em breve.
- Alguma notícia? - perguntou nervoso.
- Senhor, a paciente Carol se encontra no quarto e passa bem. Já o seu irmão, o senhor Matheus, ele foi mantido em coma.
Visivelmente Lorenzo suspirou, como se um peso fosse tirado de suas costas.
- Posso vê-la? - perguntou aflito.
- Só alguns minutos, ela tomou um remédio e está sonolenta, logo dormirá - ele assentiu - Me acompanhe.
Lorenzo se afastou e eu sentei ali. Com as mãos na cabeça, eu suspirei frustrada.
Por que tudo tinha que ser tão difícil comigo? Por as coisas complicavam?
Esperaria Lorenzo sair do quarto para contá-lo tudo. Não aguentava mais.
- Alicia? - a voz do Derick chamou minha atenção.
- Derick? - pergunto assustada por sua presença ali.
- Como eles estão? - perguntou também aflito.
- A Carol está se recuperando e o Matheus em coma induzido - sussurrei.
- Merda - disse com raiva - Como isso aconteceu?
- Não sei ainda, Lorenzo entrou no quarto da Carol agora. Como você soube?
- A Judh contou assim que vocês saíram.
Óbvio, como eu não desconfiei. Ela tinha nos visto sair transtornados e ficou preocupada, então contei por alto o que havia ocorrido.
- Lorenzo estava destruído - disse cabisbaixa- nunca tinha o visto assim.
- Meu filho os trata como irmãos - explicou - desde criança ele é Matheus são amigos, e agora Carol chegou o trio virou inseparável.
- Percebo o quão a Carol gosta dele.
- Pois é ele fazia tudo por ela na adolescência - ele riu com a lembrava - Era uma relação possessiva para uma criança.
- Ele deve está sofrendo muito - falei - Eu iria contar que queria terminar o namoro. Mas quando subir, ele estava chorando e pediu para eu ficar com ele.
- Você não pode mais fazer isso!
- Como assim?
- Terminar agora, logo no momento que ele está passando.
- Você tem noção do que está pedindo, Derick? - perguntei espantada.
- Lógico, nunca pensei que faria isso. Mas deixe as coisas se acalmarem um pouco- pediu tristemente.
- Vou fazer isso - disse derrotada- Mas não me sinto bem, deixando bem claro. E isso tudo virou uma bola de neve, só cresce.
- Vai ficar tudo bem.