não há amores impossíveis (parte 2)

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*duas semanas depois*

EU: Alonso! - chamei.

Ele veio logo ter comigo à sala e sentou-se ao meu lado.

ALONSO: O que é que se passa?

EU: A mãe acabou de ligar a dizer que está tudo bem e pediu para que tu ligasses ao Diego porque ele quer-te contar as novidades - expliquei, sem desviar os olhos do desenho que estava a fazer.

ALONSO: Okay, obrigada maninha - agradeceu, dando-me um beijinho na bochecha.

Nesse mesmo momento, o George e a Caterina entraram na sala e o George ficou especado a olhar para nós.

GEORGE POV

Quando vi o Alonso a dar um beijo na bochecha da Filipa, o meu coração quase que parou.
Fiquei sem reação, sem saber o que fazer.
Assim que eles repararam na nossa presença, o Alonso piscou o olho à Filipa e disse, levantando-se:

ALONSO: Bem, eu vou ter com o pessoal à cozinha.

CATERINA: Ah espera que eu vou contigo! - disse, indo logo atrás dele, deixando-nos sozinhos.

A Filipa voltou a concentrar a sua atenção em qualquer coisa que estava a fazer.
Aos poucos fui-me aproximando, até que acabei por me sentar ao lado dela.
Senti que ela ficou nervosa com a minha presença.

EU: Estás a desenhar?

FILIPA: Sim...

EU: Posso ver? - perguntei, apesar de já saber exatamente o que ela me ia dizer.

FILIPA: Sabes bem que não gosto de mostrar os meus desenhos sem estarem acabados - sorriu e eu ri-me com a sua resposta, pois já sabia que ela o ia dizer.

EU: Pois sei, mas pensei que tivesses perdido essa tua mania de só mostrares os desenhos depois de os acabares.

FILIPA: Há certas coisas que nunca mudam - respondeu, perdendo o seu sorriso perfeito que tinha há poucos segundos atrás.

EU: Já não estás a falar só dos teus desenhos, pois não? - admito que, de repente, surgiu dentro de mim uma onda de esperança.

Ela interrompeu o que estava a fazer e olhou-me nos olhos, com aquele seu olhar profundo e encantador.
Sei que ela se preparava para me responder mas fomos interrompidos por alguém que acabava de entrar na sala.