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ABRAHAM POV

Assim que chegámos ao hospital, dirigimo-nos imediatamente para junto do Dani.
Pouco depois chegou o médico, que veio logo ter connosco.

MÉDICO: Já fizemos análises à Regina e lamento trazer-vos más notícias...

EU: O que é que se passa doutor?

MÉDICO: Nas análises, detetámos vestígios de cancro do estômago e vamos ter que manter a Regina sob observação enquanto lhe fazemos mais exames.

Senti um aperto no coração do tamanho do mundo.
Estavamos todos em choque e não sabíamos o que dizer.
Senti os meus olhos a encherem-se de lágrimas, senti-me sem forças. O medo começou a apoderar-se de mim, tive imenso medo de perdê-la.

CATERINA: Ela vai ficar bem doutor?

MÉDICO: Acredito que sim. O cancro não está num estado muito avançado, vamos fazer-lhe mais algumas análises e depois ela irá começar com os tratamentos o mais depressa possível - explicou.

EU: Eu posso vê-la? - perguntei, tentando controlar as lágrimas.

MÉDICO: Claro, eu acompanho-o até ao quarto dela.

Caminhei pelo corredor, seguindo o médico, e poucos segundos depois parámos em frente a uma porta. O médico fez-me sinal para que eu entrasse e voltou para junto dos outros.
Abri a porta, tentando não fazer barulho, e encontrei a Regina deitada na cama, ligada a todas aquelas máquinas irritantes, enquanto chorava.

não há amores impossíveis (parte 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora