Capítulo 53- Macarronada

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Esse negócio de surfar, até que não me sai tão mal. Cai umas milhões de vezes da prancha e em cada uma delas Piter me levantava e mandava eu tentar de novo, e depois quando eu finalmente consegui ter um pouco de sucesso nós ficamos rindo como bobos. Com certeza esse foi um dos melhores dias da minha vida e Piter e responsável por isso.

-Eu amo essa música! -digo quando toca na rádio Chains do Nick Jonas e aumento um pouco o volume.

-Você vai me fazer bater o carro se continuar cantando feito louca! -gargalha e eu lhe dou um tapinha no braço.

-O que vamos almoçar amor? -pergunto, pois as bolachas que levei já foram digeridas faz tempo- Não é sempre que isso acontece, mas dessa vez eu estou mesmo com fome.

-Não é para menos -ele fica sério- Você mal tem comido nos últimos meses, está até um pouco mais magra Amanda.

-Graças a Deus -digo um fio de voz.

-O que você disse?

-Nada -minto- É só que com tudo que tem acontecido, não sinto muita vontade comer, minha garganta parece se fechar.

-Precisamos tratar disso amor, você pode ficar doente.

-Eu estou bem -garanto.

-Mas....

-Eu já disse que estou bem! -falo mais agressiva do que realmente pretendia.

-Tudo bem. Não está mais aqui quem falou.

Ficamos em silêncio durante uma parte do trejeto e depois eu volto a falar, admitindo que a culpa de estarmos calados, foi minha.

-Nós poderiamos ver um filme também -sorrio.

-E o que você quer assistir? -Piter retribui o sorriso com o mesmo entusiasmo que eu.

-Não sei, poderíamos ver algum de ação.

-Ótimo, acho que tenho uns filmes de ação legais.

-Qualquer coisas vemos na internet.

-Pode ser também.

Quando chegamos Piter estaciona o carro em frente a sua casa e me dá as chaves da sua casa.

-Vá entrando, estou logo atrás! -diz Piter.

-Mas eu vou em casa....

-Não precisa, sua roupa está aqui. Não precisa ir lá.

-Mas... -fico sem entender.

-Vá! -sorri frustado e eu entro.

Piter entra com a minha bolsa nas costas.

-Acho melhor você ir tomar banho -diz e me dá selinho- Eu vou esquentar nosso almoço!

Subo até o banheiro do quarto de Piter e pego minha roupa limpa. Tomo um banho longo com os shampoos que encontrei, e como não trouxe meus cosméticos, uso o desodorante e a colônia de Piter, acho um creme de pele no armário e me hidrato. Lembro que o creme para cabelos de Piter é o mesmo do meu, mas masculino e uso um pouco nas minhas madeixas.
Vou até a cozinha e percebo que Piter também está no banho, como não tinha mais nada o que fazer pois o almoço já estava na mesa, fui até seu quarto e deitei na sua cama esperando ele vir.

-Amanda? -chama.

-Estou aqui! -digo.

Ele entra no quarto vestindo um calção e secando os cabelos no toalha. Deita do meu lado e me abraça, passando as pernas por cima de mim.

-Você cheira a mim! -ele evidência e eu rebolo os olhos.

-E você cheira a mim, que cheiro a você! -sorrio feito louca pelo que disse.

-Você é doidinha! -constata.

-E eu estou com fome -pego na mi há barriga que já está roncando a horas.

-Vamos comer! -chama.







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-Amor, sua macarronada estava uma delícia! -digo.

-Não parecia que estava assim tão boa.

-Por que? -pergunto enquanto lavo o último prato.

-Porque você mal comeu -se irrita.

-No fim, não estava com tanta fome quanto imaginei que estava -sorrio, mas ele continua sério.

-Amanda....-chama baixinho segurando a voz.

-Shh...-me aproximo e coloco um dedo sobre seus lábios- Não vamos discutir sobre isso novamente.

-Tudo bem, só estou preocupado.

-Não há motivos para isso -tranquilizo- Vamos ver o filme.

Subimos e Piter e eu escolhemos um filme qualquer. Mal o filme chega na metade e já estamos nos pegando. Piter me beija de modo intenso e lento, fazendo com que cada fio de cabelo meu fique arrepiado. Ele passa as mãos pelas minhas costas e eu pelas dele. Nossas respirações se alteraram e Piter me puxa para seu colo e eu fui sem nem mesmo protestar, eu estava hipnotizada, o toque dele, o beijo dele as mãos dele pelo meu corpo, tudo isso me faz sair de si e sem querer solto um gemido e chamo seu nome baixinho.

-Piter....

-Não faça isso -sorri, mas é evidente que ele também está sentido o mesmo fogo que eu.

Suas mãos vão para debaixo da camisa que eu estava usando e seus dedos brincavam com a parte de trás do meu sutiã. Uma de suas mãos foi até minha barriga e ele passou a acaricia-la enquanto a outra deslizava pelas minhas coxas me fazendo estremecer. Nossos beijos não pararam por um segundo. Pus minhas mãos no seu abdômen definido e passei a sentir cada músculo deste, assim como em seus braços. Sinto suas mãos subirem até meu tronco e minha camiseta ser puxada para fora e faço o mesmo com a sua. Piter distribui beijos pelo meu pescoço e na região acima dos meus seios o que me faz arrepiar ainda mais. No momento em que percebo as mãos de Piter no fecho do sutiã para tentar abrir, o empurro e me afasto com a blusa sobre o corpo e com lágrimas ameaçando cair dos meus olhos.

-Eu fiz algo de errado?-Piter se assusta- Me desculpe Amanda, não foi minha intenção...

-Você não tem culpa de nada Piter -tranquilizo- Está tudo bem.

-Então por que você não parece estar bem? Não quer que sua primeira vez seja comigo?

-Não, não é isso, você é o cara certo...É só que eu tenho medo.... -começo.

-Medo? -pergunta frustado- Medo de que?

-Nada meu amor, esquece.

-Não, agora eu quero saber -diz- Tem algo a ver com o que Taylor te fez?

-Não! -quase grito- Tem a ver comigo. Nem pensei em Taylor.

-Você tem medo de mim Amanda?

-Não, nunca, eu te amo Piter.

-Eu também te amo -se apressa em dizer- Medo que seus pais saibam do que nós íamos fazer?

-Não, também não tenho medo disso -as lágrimas começam a rolar.

-Eu não entendo. Por que você está chorando?

-Porque tenho medo de mim! -solto sem querer.

-Você me deixou confuso. Do que exatamente você tem medo em você?

-Do meu corpo! -grito e começo a soluçar, cada vez mais frustada.

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