Capítulo 42- Reveillon

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Uma semana se passou desde a noite de Natal. Ou seja hoje é noite de Reveillon. Meu primeiro ano novo com Piter Hutcherson. As vezes me acho uma total imbecil por fazer dele o centro do meu furacão, o centro da minha vida e atenção, mas eu sinto que ele precisa mesmo disso -mais do que qualquer outro- pois ele só tem a mim.

As datas comemorativas tem uma atenção redobrada na vida das pessoas, principalmente as de fim de ano, então já é provável imaginar o que metade -ou mais da metade- da cidade está fazendo nesse exato momento: viajando ou se preparando para a festa.

Particularmente amo o Reveillon por ser a festa que mais trás esperança a todos nós. Esperança de que o ano que segue seja melhor do que o que se passou, esperança de melhorar a vida, esperança de encontrar um novo amor, ser feliz. Mas o que me dói é saber que são apenas esperanças, nós não temos a mínima ideia se estás coisas irão acontecer. A vida basicamente vai continuar do mesmo jeito de sempre, apenas vamos envelhecer. Afinal só envelhecemos, fomos feitos para isso -na minha vasta e desnecessária opinião.

Estava na cozinha preparando algo saudável para eu comer, não tenho comido muito bem, mas sinto que estou apenas engordando. Merda de corpo...

-Eu também quero! -diz Matheus roubando uma maçã das minhas mãos.

-Pega uma pra você! -digo puxando-a de volta- Essa já é minha.

-Chata...-provoca.

-Não, não. Você é um idiota e chato!

-Não. VOCÊ! -grita e sai correndo com a minha maçã.

Começo a correr atrás dele, mas sou surpreendida por sua queda inesperada em cima do tapete.

-Porra de tapete! -quase grita e eu desmancho-me a rir- Vai a merda Amanda. Caralho para de rir.

-Olha. Olha. Vou lavar tua boca com sabão! -provoco.

-Foda-se! -resmunga.

-Ahh... Não estou com a mínima vontade! -continuo com as gargalhadas e ele me lança um olhar ameaçador e vem na minha direção.

Recuo devagar na tentativa de mantê-lo longe, mas este volta a se aproximar. Encosto na parede. Encurralada. Ele me lança um sorrisinho malicioso.

-Agora vai rir com vontade! -diz.

-Não Matheus... por favor...-digo baixinho.

Suas mãos vão diretamente até minhas costas e cintura me fazendo cócegas, me jogo no chão de tanto rir e ele continuar até eu não aguentar mais.

-Para. Para -peço com a respiração acelerada- Desculpa ter rido da sua cara... Desculpa.

-Muito bem -diz se afastando- Boa garota.

Assim que ele vira as costas mando-lhe o dedo e a língua.

-Imbecil...-murmuro.

(...)

São quase meia noite e estávamos todos na praia esperando a queima de fogos de artifícios.

Eu estou usando uma saia e uma camisa branca, nesse exato momento estou com as sapatilhas nas mãos e com os pés descalços. Papai e mamãe estão abraçados bem perto de mim, Alex e Bruna -que também decidiram vir conosco- estão logo a minha frente, e até Matheus e Ashley estão aqui, não como namorados, pois foi apenas um acaso nossas famílias terem vindo para o mesmo lugar. Piter está com um dos braços a volta dos meus ombros.

-Vamos molhar os pés? -chamo.

-Ok! -assente.

Caminhamos em meio a multidão ali presente e logo estamos bem perto da água.

-Lembra daquela tarde com a prancha de surf? -pergunta Piter.

-Sim...

-Eu fiz aquilo de propósito -admite e eu olho-o. É impressão minha ou ele está corando?

-Ahh... Você sabia que não ia dar certo, mas mesmo assim fez -evidêncio observando o mar.

-Sim... Parece que foi a tanto tempo atrás.

-As coisas passaram muito rápido.

-Sim... Muito mesmo!

-Agradeço por ter sido com você! -diz e começa a me puxar para si.

-Eu também Piter. Pela primeiro vez na minha vida eu vou poder dizer, que a pessoa que amo, foi a última e a primeira pessoa a me beijar.

-Comigo também princesa.

-Somos tão lamechas...-solto uma gargalhada.

-Ahh... Posso estragar isso num minuto! -diz e chuta água na minha direção.

-Caralho! Todos tiraram o dia para me provocar -quase grito e chuto água nele.

Continuamos nisso até ouvir o primeiro fogo de artifício estourar nos céu. Era azul. Logo depois vermelhos, amarelos e vários e vários em seguida.

Nos beijamos intensamente e logo em seguida saio correndo na direção da minha família. Damos um abraço coletivo e damos nossas felicitações uns aos outros.

Papai abre uma garrafa de Champagnat e todos pegamos um copo e fazemos um brinde:

-Ano novo, vida nova! -diz papai.

-Ano novo, vida nova! -dizemos todos em uníssono.



INFINITES DOUBLE UPDATE!
Isso está uma merda. Acho que não tenho tanta inspiração para fazer capítulos comemorativos. Além de curtos, são chatos e sem animação. Eu acho que estou caindo na escala de escritora. Isso tá ruim... Mas espero que esteja tudo bem, porque foi o que saiu.
Estou com raiva de mim, mas eu queria dar mais a vocês. Vocês merecem!

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