Capítulo 4- A convenção vai para o "escambão"

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-Matheus quem vai a convenção? -perguntei.

-Eu, você e o Piter - ele disse enquanto mudava pela milésima vez o canal da televisão.

-E o Alex? -perguntei.

-Esqueceu que o cara está de luto? -respondeu ironicamente.

-Mas mesmo assim, ele vai? -perguntei esperançosa.

-Ah Amanda para de encher! Não. Ele. Não. Vai.

-Está bem, mas não precisa falar assim -falei- Vou me arrumar.

-Ok, também vou -disse Matheus.

(...)

Quando se fala em convenção de animes você deve imaginar um lugar onde bobocas vestidos como seus personagens preferidos. Mas não é assim, é um lugar onde se reúnem "Otomes" e "Otakus" vestidos como seus personagens preferidos, para jogar seus jogos preferidos e comprar coisas deles.

Eu estava tão animada com a ideia de irmos lá. Eu vesti meu jeans preto, uma blusa do Nirvana e meu All-Star cano médio preto. Você deve estar se perguntando é uma convenção de animes ou de rockeiros? Nunca se sabe, mas eu vou assim por que quero caralho e não preciso de um motivo ok?

Meu irmão estava vestido de...

-Sério? Ninja?

-E...? -perguntou ironicamente.

-O que isso tem a ver com animes?

-Nada. Caralho. Não posso me vestir como quero?

-Você quem sabe...

Fomos até a casa do Piter. E depois meu irmão pegou o carro do meu pai e nos conduziu até o local da convenção.

Quando chegamos lá, eu não acreditava no que eu estava vendo. A polícia estava a revirar o lugar. Jovens a caráter escondidos atrás dos banners . Bombas de efeito. Viaturas. E ainda haviam dois caras, provavelmente bandidos, deitados no chão com vários polícias a sua volta.

-Porra. Nós perdemos a festa! -disse Piter. Ele vestia uma camisa dos Beatles , uma calça jeans bem apertada e uma bota preta.

-Cara eu não gostaria de fazer parte desta... -disse Matheus.

Nesse momento uma senhora passou perto do local onde estavamos e eu a parei e perguntei:

-Senhora o que aconteceu aqui?

-Uns bandidos entraram nessa convenção de gente doida para se esconder de uma perseguição e fizeram a maior confusão na entrada, aí a polícia conseguiu apanha-los. ..

-Tá, tá, tá. Mas e a convenção?

-Foi para o escambão -ela disse enquanto saía.

-Bem acho que nosso programinha foi a merda -falei.

-Não! -disse Piter.

-Como assim? -perguntei curiosa.

-Por aqui não tem nenhuma casa de games ou algo assim? -perguntou Piter.

-Ah cara você é demais... -falou meu irmão e eu entendi o que nós faríamos.

(...)

Três adolescentes numa casa de jogos parece uma coisa normal, e cotidiana. Mas quando um deles está vestido de ninja, isso pode ser uma coisa um tanto engraçada.

-Olha mãe um ninja de verdade! -disse um garotinho de... Sei lá, 6 anos?

-Acho que primeiro deveria ter passado em casa... -meu irmão disse e eu e o Piter rimos ainda mais.

-Você está fofo assim. -disse o Piter e eu continuei a rir, enquanto todo mundo olhava para mim. Eu e a minha risada, aff...-Você chama muita atenção Amanda...

-"Ahh eu não tô valendo..."- disse e eu nem sei porque.

-Então é assim? -disse Matheus.

-Assim o que? -perguntou Piter.

-Esquece... Mas... Você topa um desafio Amanda?-perguntou o tonto do meu irmão.

-Vai manda.

-Vencer de mim no Lol?

-Mas que otário... Eu nem sei jogar essa porra. -respondi para ele como se fosse óbvio.

-Mas você disse que vencia qualquer um nesse jogo!

Como eu sou idiota! Na semana passada meu irmão estava gritando feito um louco no seu quarto enquanto jogava esse tal de Lol, e eu fazia um trabalho, quando eu cheguei no quarto dele para reclamar do barulho, ele gritou e apontou para mim:

-AH NUB, PORRA, QUEM É O MAIORAL? EU SOU...

-Foda-se! Qualquer um vence um jogo como esse...

-Qualquer um, mas você não.

-Claro que sim.

É eu disse que ganhava! Mas pra que porra ele lembrou disso? Pensei que ele esqueceria. Mas depois do meu momento reflexão eu respondi:

-Ok! Só me diz como joga isso que eu aceito...

Os próximos minutos se resumiram em: Instruções. Repeti-las. Repeti-las. E eu mentir dizendo que as entendi.

-Pronta para perder? -Zombou meu irmão.

-Mas é claro... Que não -resmunguei.

Nós estávamos indo bem, até eu cometer a burrice de ir para uma armadilha. Nesse momento Piter reage...

-Saí pra lá -ele me empurra e pega o controle da minha mão.

-EI, O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO?- gritei.

-Salvando a sua vida? -ele responde.

-Você sabe que não é de verdade né? -pergunto-o.

-Cala-te.

-Eu te mato Piter -disse e ele esboçou um sorriso.

Tá como eu posso descrever o combate de um jogo? Não sei. Por isso vamos ao que interessa: O Piter ganhou e nós dois passamos a rir da cara do Nub do meu irmão.

-Vamos comer alguma coisa. -disse meu irmão por fim.

Olá! Obrigada por continuarem a ler a história.
Não vou mentir, nem coisa do tipo, mas a parte da convenção e dos mosquitos-vampiro, tive inspiração na fic Atena de Drunkada,  me desculpem isso.

Estou aqui também para agradecer a duas de minhas leitoras: minha irmã e minha prima, obrigada.

Estou um pouco tímida para escrever por conta disso, mas não me levem a mal.

Peço que deixem sua opinião nos comentários.

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